Roberta Miranda desabafa sobre preconceito: ‘Já ouvi tanta besteira’

Por - 27/05/17 às 21:00

Reprodução/Instagram/@robertamiranda

Lançando novo DVD no segundo semestre deste ano, Roberta Miranda se apresenta neste  sábado (27), às 22h, no Vivo Rio, na Zona Sul carioca, adiantando parte do repertório inédito para o público, que também poderá curtir os maiores sucessos da cantora. É o show de estreia da turnê comemorativa pelos 30 anos de carreira de Roberta, de 58 anos, cujo nome de batismo é Maria Albuquerque Miranda.

"O Roberta saiu de uma música do Pepino Di Capri, que eu amo. Sou uma paraibana com nome italiano. Sempre fui metida", contou ela ao jornal Extra.

A cantora falou sobre os preconceitos enfrentados ao longo de 30 anos de carreira.

"Minha família queria que eu fosse professora, mulher cantora era mal falada. Mas não teve jeito: estava no meu sangue ser artista, amava Nalva Aguiar. Comecei como compositora. Várias canções minhas estouraram nas vozes de outros artistas, e uma gravadora me contratou só por um ano. Aí veio a surpresa: meu primeiro disco já vendeu 1,5 milhão de cópias!".

Roberta afirmou que não guarda mágoas.

"Já ouvi tanta besteira! Jurei que não faria com os novos o que fizeram comigo. Ouvia "não" sem ao menos cantar. Hoje, os artistas já chegam de jatinho. Eu dormi muito em ônibus, em motel, tomei banho em rodoviária…".

O sucesso de A Majestade, o Sabiá, musica que estourou em 1987, a alçou ao posto de Rainha da Música Sertaneja.

"Fiz essa letra dentro de um apartamento pequeno, em menos de dez minutos. Nada de rede nem natureza em volta. Lá funcionava um salão de beleza, onde eu cantava para entreter as clientes. Foi o povo que me consagrou, por isso aceito. Ouvi isso pela primeira vez em fins dos anos 80. Fiquei emocionada, mas achava que não merecia. Quis construir uma carreira, ter minha arte respeitada, não pensei em fortuna. Por isso tenho tantos sucessos na boca do povo".

Expert em canções que falam do amor de maneira doída, Roberta Miranda disse ao jornal que algumas são reflexo de experiências pessoais. 

"Levei chifre atrás de chifre, mas também coloquei muitos. Chorei lágrimas de sangue para chegar aqui. Hoje, sou louca por mim".

A cantora revelou que não está solteira e falou sobre sua sexualidade.

"Tenho um relacionamento turbulento, em montanha-russa, há um tempo.Nunca disse que não gosto de homem. Não gosto é de machismo".

O entrosamento com o público jovem, estreitado através das redes sociais, foi elogiado.

"Minha cabeça é muito 'porra louca'! Gosto de brincar. Hoje, meu público é 62% dos 18 aos 25 anos. Meu sobrinho fica envergonhado porque os amigos dizem que a tia dele é gostosa, dá um caldo. Tenho levado muita cantada".

A cantora revelou que nem sempre foi bom ser a Roberta Miranda, e guarda lembranças tristes.

"Quando desenvolvi pânico por medo de avião. E quando perdi a voz, há quatro anos. Numa viagem a Angola, peguei um vírus que me deixou com uma faringite aguda. Deu muito medo!".

Com três décadas de experiência, elas orgulhado legado deixado às novas sertanejas.

"O que fiz há 30 anos, elas estão fazendo hoje. Sempre cantei o amor e a traição. Nesse meu novo DVD, convidei todas elas para subirem ao palco comigo, foi lindo! E elas confirmaram: a sofrência vem da Roberta Miranda".

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