Roberta Rodrigues sobre quarentena: ‘Mix de sentimentos’

Por - 26/03/20 às 13:19

Reprodução/Instagram/@rorodrigues

Roberta Rodrigues nasceu e cresceu na comunidade do Vidigal, no Rio de Janeiro. Em uma entrevista para a Marie Claire, a atriz contou como está sendo os primeiros dias de quarentena devido à pandemia do novo coronavírus.

"É um mix de sentimentos, é a primeira vez que vamos ficar confinados. Tentei analisar como um processo de conhecimento pessoal e de aprofundamento de maneira intensiva no relacionamento com meu marido. Até mesmo a relação com a minha filha: você fica descobrindo fórmulas de entender e respeitar. Até porquê para uma criança de três anos ficar dentro de casa  é complicado", disse ela, que é casada com Guilherme Guimarães e mãe da pequena Linda Flor.

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Em seguida, Roberta refletiu sobre o processo de autoisolamento.

"Nos últimos dias, comecei a refletir sobre as questões do mundo e quase caí no choro, pensando em quando que isso vai ter um fim, quando poderemos estar de novo com familiares e amigos, fazer o que a gente ama, trabalhar. Eu sou uma pessoa muito ativa, não consigo ficar parada. Acho que estamos renovando os valores, conceitos. No final, vai ser bem importante. O planeta está pedindo para você se colocar no lugar do outro", afirmou.

Roberta Rodrigues também afirmou que se preocupa com os moradores das comunidades no meio dessa pandemia.

"Eu já estou sentindo muita dor pelo o que está por vir nas comunidades. É o início de mais uma crise periférica porque são lugares menos favorecidos. Fico triste porque vamos perder muitas pessoas, quando o coronavírus chegar nas comunidades vai ser um dominó. Através das redes sociais do meu projeto social no Vidigal, tento alertar as pessoas a olhar para o seu vizinho. Se der ruim para ele, vai dar para o resto. Mas isso na medida do possível, pois como manter a higiene se há lugares que não há água? Será que vão pensar nas pessoas como um todo no meio do caos?", questionou.

Para concluir, a atriz afirmou que também falta informação nas comunidades.

"Outra dificuldade que as moradores das comunidades me falaram é que os adolescentes não estão com medo, pois acham que só o grupo de riscos que são mais vulneráveis ao coronavírus e não entendem que eles podem transmitir o vírus aos mais velhinhos", contou.

Roberta Rodrigues estrela clipe no Vidigal

O que é o Coronavírus

 

O Sars-Cov-2 é o mais novo integrante de uma família já conhecida. Ela é formada por vírus que tiveram origem em animais silvestres. Alguns deles infectaram humanos e já causaram outras epidemias. Coronavírus é o nome de uma família desses vírus. O nome vem por conta dos mesmos terem suas estruturas em formato de coroa. Eles costumam circular entre animais, como roedores e morcegos. Mas a doença começou a afetar humanos também. O vírus causador sofre mutações espontâneas e aleatórias, por isso ainda não há uma medicação certeira para combater a doença.

São eles os responsáveis por infecções respiratórias e já provocaram outras doenças.

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Coronavírus no Brasil

 

Até esta quinta-feira (26), o coronavírus teve uma disseminação bastante rápida: já foram infectados até a data, mais de 400 mil pessoas em 164 nações, com um total de 22.020 mortes. Além disso, as Secretarias Estaduais de Saúde contabilizam 2.554 infectados em todos os estados do Brasil. Segundo o Ministério da Saúde, há, até a data, 59 mortes no país.

No país foi decretado estado de emergência na semana passada e ocorreu a recomendação do fechamento de lojas, shoppings, clubes e academias, além da conscientização e proibição do uso de praias, parques, teatros, shows, etc.

Em São Paulo, o governo do Estado recomendou o cancelamento de eventos de lazer, culturais e esportivos, com mais de 500 participantes. Também determinou a suspensão imediata das aulas em universidades públicas e em escolas da rede pública e privada.

China e Coréia do Sul

 

Na segunda-feira (23) a China afirmou ter uma queda na quantidade diária de casos novos de coronavírus. Há 4 dias foram revertidos os casos de aumento e em Pequim, capital do país, foram reforçadas as medidas para combater a quantidade de infectados vindos do exterior.

A China teve 39 casos novos confirmados no domingo (22), de acordo com a Comissão Nacional de Saúde, e estes envolveram viajantes vindos do exterior, muitos deles estudantes chineses que voltavam para casa.

A Coreia do Sul também informou que teve o menor número de casos novos, desde o pico, que aconteceu no dia 29 de fevereiro. Tal queda levou mais esperança de que, o maior surto asiático fora da China, esteja recuando. Por lá, os Centros de Controle e Prevenção de Doenças da Coreia (KCDC) disseram que ocorreram 64 casos novos na segunda-feira (23), o que elevou a cifra nacional para 9.241. O total de mortos por lá subiu de 110 para 131. O pico aconteceu no dia 29 de fevereiro, com 909 casos.

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