Rodrigo Faro: “Nunca tive vergonha nem com o collant da Beyoncé”

São 30 anos de carreira! Rodrigo Faro começou como apresentador mirim, virou cantor, dançarino, ator e, nos últimos anos, voltou a ser apresentador  conquistou um sucesso invejável. Hoje o garoto prodígio está perto dos 40 anos de idade e apresenta O Melhor do Brasil, da Record, com três horas de programação aos sábados, num horário nobre.

E grados maiores sucessos de sua carças ao Melhor do Brasil, ele descobriu uma nova faceta de sua personalidade e, com o quadro Dança Gatinho, se transformou num performer impagável, que tem garantido altos picos de audiência para a emissora. Rodrigo afirma que adora fazer este quadro onde retoma seu lado ator, que ficou bem conhecido nos tempos em que atuava em novelas da Globo.

Em entrevista ao O Fuxico, Rodrigo fala sobre sua carreira e a coragem de ser um apresentador que vai além dos moldes convencionais:

“Isso é apenas a desmistificação da figura do apresentador emblemático. Eu topei essa brincadeira de dar risada de mim mesmo, de pagar mico, de ser um cara de carne e osso que paga mico e eu faço isso na TV. Dou risada, me divirto e acho que as pessoas entendem isso, se identificam com isso e riem também”, afirma.

Rodrigo conta que nunca teve vergonha de colocar um vestido, peruca ou mesmo pintar o corpo inteiro para encarnar um personagem da música brasileira ou internacional. Em seu currículo já interpretou estrelas como Britney Spears, Elba Ramalho, Claudia Leitte, Lady Gaga, Ivete Sangalo e Amy Winehouse, todas  com extremo cuidado nos detalhes do figurino e gestos.

“Nunca tive vergonha de fazer isso. Nem quando eu botei o collant da Beyoncé nunca tive vergonha. Se eu tivesse um mínimo desde o começo da minha carreira, eu não teria feito ou teria criticado o meu trabalho e não teria rolado da forma como rolou”, garante.

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Durante estes longos anos de carreira, Faro aprendeu que ser artista, não é ser superior ou melhor que ninguém e que a humildade é fundamental para qualquer pessoa.

“Você precisa trabalhar e se dedicar muito. Isso tudo aconteceu na minha vida depois de 25 anos de trabalho. São 25 anos de batalha, de ralação e a essência não pode mudar. Hoje eu sou o mesmo Rodrigo que fazia teatro para duas pessoas, que cantava em circos pelo Brasil com o Dominó. Por dentro a gente nunca pode mudar. Minha sina é trabalho, Deus e humilde. O resto acontece”, explica.

Apresentador desde criança

Pouca gente se lembra, mas quando Rodrigo era pequeno, no final da década de 1980, ele – juntamente com outras cinco crianças – foi apresentador de um programa de televisão infantil, o ZYB Bom, na Bandeirantes. Naquela época, o grupo até gravou seu primeiro disco homônimo, que incluía a música da abertura do programa.

Relembrando o passado, o apresentador acredita que o ZYB Bom tenha sido um presságio do que faz hoje, já que sempre sonhou em estar nos palcos em frente às câmeras.

“Eu acho que sim, pois sempre sonhei em ser apresentador e o ‘ZY’ foi a primeira chance que tive de apresentar. E quando isso aconteceu, tive a certeza que era isso que eu queria para minha vida. Foi nessa época mesmo. Na época da Globo eu dizia em entrevistas que queria ser apresentador, então já tinha essa vontade”, relembra.

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Na adolescencia, o garoto showman se tornou integrante do grupo Dominó, lançado por Gugu Liberato e que alcançou sucesso nacional. Quando entrou para a turma, o grupo já era formado por Afonso Nigro, Nill, Marcos Quintela e Marcelo Rodrigues. A missão de Faro foi substituir Afonso, que resolveu partir para carreira solo.

“Na época estava escasso o trabalho e eu sempre gostei de música. Quando o Afonso – que era meu amigo pessoal – saiu, ele me indicou para entrar no Dominó. Fiz teste e entrei. Eu achei legal porque sempre quis ser um artista completo que cantasse e atuasse, que trabalhasse em todas as vertentes. Essa foi mais uma vertente que trabalhei, aprendi e uso até  hoje na minha carreira”.

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Depois disso ele se tornou ator e passou a ser um dos mais requisitados das novelas da Globo. Entre seus personagens ele colecionou sucessos como Beraldo (A Indomada), Renildo (Suave Veneno), Heitor (O Cravo e A Rosa), Neto (América) e Zacarias (Alma Gêmea). Mesmo assim ele não sente falta de atuar em novelas, pois  já exerce esta função no palco do Melhor do Brasil, na Record.

“Hoje o que me completa como profissional é realmente ser comunicador porque é como consigo fazer tudo: consigo ser ator, cantar, representar, fazer tudo o que quiser. Eu tenho um programa que me permite isso. Não dá nem para sentir saudade porque no meu programa eu exerço a função de ator também”.

Família

Além de comandar um programa aos sábados, Rodrigo também faz várias campanhas publicitárias durante o ano, apresenta o rality Ídolos, é mestre de cerimônias, viaja para apresentar eventos… enfim, ele realmente é um homem com a agenda cheia, mas ainda encontra sempre um tempinho para curtir a vida com a família formada por sua esposa Vera Viel e as filhas Clara e Maria.  

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“Eu trabalho alguns dias e nos outros eu curto muito as minhas filhas. Quando estou gravando elas vão lá me assistir… Minha família é meu porto-seguro. Minha carreira é um complemento da vida incrível que eu tenho em casa com minha esposa e minhas filhas. É fundamental porque é onde recarrego minhas energias”, finaliza.

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