Roger Waters agita o Maracanã, no Rio de Janeiro

A noite de quarta-feira (24) foi épica no estado do Maracanã, na Zona Norte do Rio de Janeiro. Na ocasião, o músico Roger Waters se apresentou para uma multidão e fez uma homenagem a Marielle Franco

O roqueiro chamou ao palco, antes do segundo bis, a viúva, Monica Benício; a irmã, Anielle Franco ; e a filha de Marielle, Luyara Santos. A parlamentar foi executada no dia 14 de março deste ano. 

"Marielle está conosco, nos nossos corações. De muitas maneiras, Marielle é líder deste país", disse o músico.

Em seguida o roqueiro passou o microfone para as familiares da vereadora discursarem diante do público.

"Ele não. Marielle presente, hoje e sempre. Vão ter de aguentar a gente até o final pedindo justiça. São 224 dias sem respostas. Não há democracia enquanto o estado brasileiro não responder quem matou Marielle Franco. Juntos, até o final, e precisamos de vocês pedindo justiça", disse Anielle.

O público correspondeu com seguido de gritos de "Justiça".

O telão ainda mostrou as fotos de Talíria Petrone, nona deputada federal mais votada do Rio, ao lado de Renata Souza, Monica Francisco e Dani Monteiro, eleitas para a Assembleia Legislativa, todas amigas de Marielle e vinculadas ao PSOL.

"Elas representam as sementes que Marielle deixou. E essas sementes são muito importantes. Marielle acreditava nos direitos humanos. A maioria de vocês, também. Mas, infelizmente, nem todos", disse Waters.

No show da turnê Us+Them, Roger vestiu uma camisa com os dizeres "Lute como Marielle Franco". Apos polemica com o candidato à presidência Jair Bolsonaro, num show anterior, em São Paulo, o músico fundador do Pink Floyd exibiu em vez do nome do candidato no telão, uma tarja que dizia 'Ponto de vista político censurado'.

A turnê do cantor pelo mundo é marcada por críticas a políticos "neofascistas". Vale lembrar que m Salvador, Waters prestou homenagem ao capoeirista, ativista cultural e fundador do afoxé Badauê Romualdo Rosário da Costa, 63, conhecido como Moa do Katendê, que foi morto após declarar voto no candidato Fernando Haddad.

Na área vip, Francisco Gil, Bruno Mazzeo e o filho, João, Regiane Alves, Agatha Moreira, entre outros, se esbaldaram ao som de músicas da época de Pink Floyd e de sua carreira solo.