Saiba quem são os afilhados de Beth Carvalho

"Se não fosse a Beth Carvalho eu nao seria o Zeca Pagodinho". A frase de um de seus diletos afilhados resume bem a importância da artista, que morreu no fim da tarde de terça-feira (30).

Assim como Zeca, Beth foi responsável pelo surgimento da maioria dos bambas do Samba. 

"Ela botou muita gente lá em cima. Eu sou só um compositor e virei um Zeca Pagodinho por causa da Beth. Meu negócio era compor. Ela me pôs pra gravar Camarão Que Dorme A Onda Leva e virei esse Zeca Pagodinho que o Brasil hoje aplaude", destacou ele durante o velório, nesta quarta-feira (01), na sede do Botafogo, na Zona Sul do Rio de Janeiro.

Também abençoado por Beth, Dudu Nobre expressou sua gratidão.

"A Beth deixa um legado maravilhoso. Ela descobriu e deu oportunidade para muitas pessoas. Eu, quando conheci a Beth, tinha 4 ou 5 anos de idade. Era amiga de todos os sambistas da década de 70, 80 para cá".

Sombrinha, que começou a carreira no Fundo de Quintal, fazia parte do séquito de afilhados. Assim como Arlindo Cruz e o saudoso Almir Guineto.

Frequentadora assídua das rodas de samba do Cacique de Ramos, Beth começou a ser chamada de madrinha em 1978, quando convidou uma turma àquela época nova, que fazia um som diferente, para tocar no disco que lançaria naquele ano. Eram amadores e não tinham carteira de músicos e, portanto, não poderiam receber pelo trabalho. Resolvida a questão com uma "vaquinha" eles participaram do LP De Pé no Chão, que se transformou num marco da música brasileira. Ali nascia o pagode carioca, consolidado como o maior movimento musical do país depois da bossa nova. 

Tudo graças à Madrinha do Samba.