Saiba tudo sobre a nova novela da Globo, Amor Eterno Amor – Cenografia

Por - 01/03/12 às 17:15

Divulgação/TV Globo

Os cenógrafos, Anne Bourgeois e Fabio Gomes, parceiros da autora desde Escrito nas Estrelas, contam que “o ponto de partida é uma sintonia bem afinada entre os cenários, personagens e a trama”. A modernidade tem lugar importante na novela e está presente, até mesmo, nos cenários mais tradicionais, como na mansão de Verbena Borges (Ana Lúcia Torre) com objetos contemporâneos. Estão retratadas também características típicas do interior de Minas Gerais e do Pará, locais por onde o protagonista passa durante sua vida. “Em ‘Amor Eterno Amor’, tudo é detalhado. O cenário da venda de Carmem (Vera Mancini) e da cabana do Carlos (Gabriel Braga Nunes) foi pensado para ser, exatamente, como são nas pequenas vilas de Marajó”, conta André Soeiro, produtor de arte.

O circo chegou!

Um verdadeiro circo, típico de interior, foi armado, em duas etapas, na Central Globo de Produção e em locação externa, tudo para gravar as cenas nas quais Carlos se apresenta no picadeiro. A estrutura de 330 m² foi coberta por uma lona confeccionada pelo ateliê de costura da  Globo e a arquibancada comporta um público de até 300 pessoas. Além disso, o trabalho da produção de arte foi minucioso. O objetivo é transportar o público para um espetáculo com direito a palhaços, malabaristas e o menino domador de feras – como Carlos (Caio Manhente) é conhecido na infância passada no interior de Minas Gerais. Estruturas metálicas, trapézios, carrinho de pipoca e outros objetos cênicos foram, especialmente, conceituados para passar a imagem de circo ultrapassado, puído e enferrujado, mas que é a grande atração do povoado.

Cidades cenográficas

Há duas cidades cenográficas construídas na Central Globo de Produção, em Jacarepaguá, na Zona Oeste do Rio. Na primeira delas, foi erguido o edifício São Jorge, com 1.200 m², três andares e corredores voltados para uma área de convivência comum. O prédio é lar de Deolinda (Nica Bomfim), Jair (Lincoln Tornado), Ribamar (Nuno Leal Maia), Dona Olga (Camila Amado), Uilha (José Bittencourt), Gilda (Flávia Garrafa), Julinho (Igor Cosso) e Mauro (Gilberto Torres) – moradores que vivem uma vida em comum, com todas as agruras de dividir todos os passos do dia a dia. O edifício também receberá os personagens de Vila dos Milagres, que virão para o Rio, e lá será montado, por esses personagens, um ponto de encontro para que as pessoas do Norte matem a saudade da comida, das danças e costumes.

A outra cidade abriga dois importantes cenários: a venda da Carmem (Vera Mancini) e a cabana do Carlos (Gabriel Braga Nunes). Os projetos recriam, fielmente, os ambientes da Ilha de Marajó com construções de palafitas de madeira, redes e decoração típica da região, espalhados por quatro mil e quatrocentos metros quadrados. “Vimos muitos lugares lá como referência onde, especialmente para a venda, tudo fica exposto. Como aquele é o comércio mais próximo, ele tem que vender uma variedade imensa de produtos e acabamos encontrando situações engraçadas como uma linguiça defumada do lado de uma tampa de banheiro”, diz André Soeiro, produtor de arte.

No estúdio

Estão sendo produzidos 45 cenários, por onde os personagens de todos os núcleos circularão ao longo da trama. Destaque para a mansão de Verbena (Ana Lúcia Torre) e a redação da revista Cena Contemporânea, onde Miriam (Letícia Persiles) vai trabalhar. São os mais ricos em detalhes, como grandes lustres e muitas peças de decoração sóbria. O apuro nas formas está presente com diferentes propostas. “Há design mais popular nos núcleos mais simples com objetos mais coloridos e design mais sofisticado com peças mais elaboradas nas residências e no escritório da revista”, fala a cenógrafa, Anne Bourgeois.

Para decorar e ambientar a redação da revista feminina, Cena Contemporânea, com mais proximidade do universo de jornalismo, a equipe de produção de arte visitou diversas redações do mercado. O desafio foi torná-la crível e, para isso, foram criadas baias com computadores e cenografadas com blocos, canetas e outros objetos típicos de uma redação. Projetados pela cenografia e com a vivência trazida pela produção de arte, esses cenários contam a funcionalidade presente no dia a dia dessas redações. Criada a marca, foram produzidas capas fictícias da revista que foram utilizadas como decoração em uma das paredes da redação.

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