Saiba tudo sobre a novela A Regra do Jogo, da Globo – História
Por Redação - 27/08/15 às 12:00
Romero Rômulo (Alexandre Nero) finge ser um herói do povo, mas é o contrário do que aparenta ser. A Regra do Jogo, novela de João Emanoel Carneiro, estreia no próximo dia 31 contando a trajetória e a jornada deste personagem. As mudanças nas tramas estão relacionadas às mudanças internas deste indivíduo. Trata-se de um uma história sobre índole e ética e o questionamento: qual é o limite do perdoável? Nesta história, com direção de núcleo de Amora Mautner, o improvável conduz o desenrolar da trama, Romero se confronta com o bem e o mal, o tempo todo. Suas decisões muitas vezes contradizem os seus desejos. Ele já foi vereador e almeja voltar para a política. Atualmente mantém uma fundação destinada a reintegrar ex-presidiários à sociedade e é respeitado por esse trabalho que desenvolve. É visto pelo filho adotivo, o policial Dante (Marco Pigossi), como um herói do povo. E como muitos heróis que vivem para cuidar do próximo, Romero não tem uma vida de luxo. Mantém um apartamento bem mais ou menos na zona sul do Rio de Janeiro, dirige um carro simples e não s eveste com extravagância.
História mal contada
Zé Maria (Tony Ramos), Juliano (Cauã Reymond), Djanira (Cássia Kis), Tóia (Vanessa Giácomo) e Romero Rômulo têm seus destinos entrelaçados, quer queiram, quer não. Todos vivem – ou já viveram – no badalado Morro da Macaca, que fica na zona sul do Rio de Janeiro. Mas não é só essa animada comunidade que une esses cinco personagens. O motivo é um crime, cercado de mistério, sofrimento e algumas peças que não se encaixam.
Djanira é professora de uma escola pública, na Macaca. É mãe adotiva de Tóia, com quem mantém um relacionamento sustentando no amor maternal e no afeto recíproco. Tóia ama Juliano, que ama Tóia. Após muitos obstáculos, os noivos estão prestes a se casar.
Esposa apaixonada por Zé Maria, Djanira criou Juliano, filho de seu marido, quando Zé precisou sair de casa para fugir da polícia acusado de um crime que ele jura não ter cometido, o famoso “Massacre de Seropédica”. Na ocasião, Romero viu de perto como aconteceu esta chacina que culminou na morte de muitas pessoas inocentes, entre elas um importante cientista. Romero Rômulo foi chamado para ajudar a controlar a situação, para tentar acalmar os bandidos e promover uma negociação entre eles e a polícia. Ele endossa a acusação da polícia que coloca Zé Maria na lista dos bandidos foragidos e acredita que ele é mesmo um homem perigoso. Djanira não se conforma e vê sua vida desmoronar quando Zé Maria precisa deixá-la. A professora acredita na inocência do amor de sua vida e por isso odeia Romero. Apenas um dos motivos.
Juliano também defende Zé Maria e não tem dúvidas da inocência do pai, fazendo de tudo para manter Romero bem longe de sua vida. Ele sabe bem o peso que é carregar o estigma de ser filho de um homem que acusam de bandido. Juliano também já sentiu o gosto da injustiça. O ex-lutador de MMA ficou quatro anos preso por porte de drogas, crime que grita aos quatro cantos que nunca cometeu e alega ter sido uma armação. Ele conseguiu ter a confirmação extraoficial logo depois de ganhar a liberdade condicional. Mas aos olhos da lei e de parte da sociedade, ele continua sendo um criminoso.
O sangue ferve no Morro da Macaca
O clima na Macaca é sempre quente e a geografia do lugar ajuda. Mas o que ferve mesmo é o sangue quente de seus moradores, principalmente pela rainha do morro, Adisabeba (Susana Vieira). Foi dela o olhar empreendedor que fez dessa comunidade um lugar onde se vive com qualidade. A Macaca é um morro que deu certo. É onde muita gente gosta de morar.
Há anos Adisabeba entendeu que aquele pedaço de terra era ideal para se construir imóveis para alugar. Dinheiro não faltou para que fossem erguidas pequenas casas e espaços comerciais. Adisabeba faz questão de receber pessoalmente os aluguéis e ninguém gosta de ficar em dívida com a rainha do morro.
Mas um lugar em especial salta aos olhos de quem chega na Macaca. É o hostel de Adisabeba. E bem ao lado, está a Caverna da Macaca, a boate onde asfalto e morro se encontram e as diferenças convivem ao som de funk, rap, pop, samba, jazz. A boate é um negócio muito bem-sucedido, que nasceu da cabeça e do esforço de Tóia (Vanessa Giácomo). Foi ela quem idealizou o local e suas festas. É ela quem faz acontecer o “fervo” por lá. Tóia é uma espécie de gerente e promoter da Caverna da Macaca. Mas sonha em se tornar sócia de Adisabeba um dia.
Tóia , mulher cheia de energia, firme, lutadora e trabalhadeira, ama o que faz e vive com a mãe adotiva, Djanira (Cássia Kis), mas está a um passo de começar uma vida ao lado do amor de sua vida, seu noivo, Juliano. Ele, por sua vez, dedicava-se a ensinar artes marciais para a molecada do morro. E o objetivo não era apenas formar atletas, mas sim, afastar esses meninos do crime. Um trabalho interrompido com sua prisão, o que mexe demais com a moral de Juliano.
Quando retorna ao Morro da Macaca, ele está sem credibilidade. Afinal, como um homem é preso por porte de drogas e pretende tirar crianças do tráfico? Mas ele é firme em seus propósitos, que incluem provar que seu pai, Zé Maria, que vive foragido, não é um criminoso como a polícia e grande parte da sociedade julgam. Juliano sabe que existe uma facção criminosa que precisa ser desmantelada – a falange. Foi ela a responsável pela sua injusta prisão. Juliano tem sede de justiça.
Adisabeba é uma mulher que apresenta muita segurança quando o assunto é a sua vida amorosa. Ela namora o jovem Abner (Danilo Tavares) e não esconde esse relacionamento de ninguém. E também não esconde que foi apaixonada por Zé Maria, com quem chegou a ficar junto no passado. Esse romance só foi interrompido quando ele se encantou por Djanira e abandou a rainha do morro.
Se a Macaca tem uma rainha, o príncipe da comunidade é seu filho, Mc Merlô (Juliano Cazarré). Cantor de funk, ele é, sempre, a principal atração da Caverna da Macaca. E manda bem nos palcos, o qual divide com as dançarinas Alisson (Letícia Lima) e Ninfa (Roberta Rodrigues). O problema é que seu coração também se divide entre as duas. Uma disputa amorosa cheia de confusão, que ganha reforço por conta do ciúme maternal de Adisabeba. Para ela, Merlô ainda é o seu menininho e não deve se enrabichar com ninguém, muito menos com essas duas mulheres.
Andando pelas ruas e vielas da Macaca, é possível chegar à casa de Indira (Cris Vianna) e Oziel (Fábio Lago), onde a paixão ainda está bem viva. Ela é estilista e tem sua loja de roupas. Ele tem uma agência de turismo. Eles são pais de quatro crianças e vivem com um certo conforto. Indira é dona do próprio nariz, que se faz respeitar dentro e fora de casa. Seu contraponto, no Morro da Macaca, é Domingas (Maeve Jinkings), mulher submissa e que ainda vive sob as rédeas de um marido machista, controlador e que não a respeita. Ela é casada com Juca (Oswaldo Mil) e paga caro para não viver com o rótulo de solteirona.
Quem não te conhece, que te compre
É provável que a vida já tenha sido muito dura com Francineide (Giovanna Antonelli). Mas isso ninguém saberá. Aliás, até o seu nome é de mentira. Para todos, ela se apresenta como Atena. Segundo ela, isso sim é nome de gente rica. Linda, interesseira, sorrateira. Uma estelionatária que usa todo o seu dom e charme a favor do crime. Ela quer estar sempre com grana no bolso. O acaso levou Atena e Romero Rômulo para o mesmo bar, na mesma noite. Do encontro, saiu faísca. E tudo caminhava bem, até descobrirem que o “sujo” estava tentando enganar o “mal lavado”.
Quando o amor separa
Os Stewart têm muito dinheiro. Mas a grana da família não impediu que uma tragédia se abatesse sobre essa casa. O empresário Gibson (José de Abreu) é o dono de uma indústria farmacêutica. Ele respira o trabalho e é um excelente homem de negócios. Casado com Nora (Renata Sorrah), carregam dentro de si a dor de ter perdido uma de suas filhas, Kiki (Deborah Evelyn), vítima de um sequestro e que foi dada como morta anos atrás. A filha que “sobrou” é Nelita (Bárbara Paz), uma mulher que convive com um transtorno de personalidade. Ela guarda em si duas mulheres. Uma delas é amorosa, tímida e recatada. A outra é incontrolável e faz com que Nelita se envergonhe de seus atos sempre que ela se manifesta.
Por um lado, Nelita recebe todo o amor e o apoio de Nora, uma mãe zelosa. Por outro, enfrenta a reprovação do pai e os embates com a filha adotiva, Belisa (Bruna Linzmeyer). A jovem protagoniza ataques que, à primeira vista, podem parecer gratuitos. Mas não são. Belisa já foi, principalmente na infância, vítima do transtorno de Nelita, de quem tem medo e nem sempre reconhece como uma figura protetora e zelosa.
Césario (Johnny Massaro), esse sim filho biológico de Nelita, ainda tenta proteger a mãe. Mas Belisa tem mais vigor no embate. Ele não consegue frear a irmã, incumbência que fica sob a responsabilidade de Dante (Marco Pigossi), namorado de Belisa. Isso fica cada vez mais difícil com o passar dos anos e que ganha um ingrediente a mais com a chegada de Orlando (Du Moscovis).
Com a sutilidade e o cálculo de quem joga xadrez, esse cientista se aproxima dos Stewart com seus escusos objetivos. Rico, não tem limites para a ambição. Ele descobriu a fórmula de um novo remédio e que fez dele uma figura poderosa. Esperto, vê na frágil Nelita uma porta para a sua entrada definitiva na rica família.
Dante é um homem correto, jovem policial que entrou para a corporação para vingar a morte de seu pai biológico e acusa Zé Maria pela tragédia. Para encontra-lo, enfrenta qualquer um, inclusive Juliano, filho de Zé Maria. O policial foi adotado ainda criança por Kiki (Deborah Evelyn), quando ela ainda era casada com Romero. Dante sofreu demais com o desaparecimento e suposta morte de sua mãe. Com o pai, a relação é a melhor possível, mesmo Romero sendo um pai ausente.
Feliciano (Marcos Caruso) e Gibson são primos de sangue. Entre eles há Nora (Renata Sorrah) e muitos cifrões. Especula-se que Feliciano também tenha sido apaixonado por Nora e pode ser que já tenham até vivido um romance. Mas ela escolheu Gibson para ser seu marido. Ele e Feliciano não se bicam. Feliciano já teve dinheiro, mas nunca gostou de trabalhar e seus bens foram pelo ralo. Mas o gosto por uma vida de alto custo continua bem vivo. O playboy é viúvo e mora em uma cobertura na zona sul do Rio, o que sobrou de tudo o que ele já teve. Apesar da pressão da família, ele não abre mão de seu apartamento.
Feliciano adora ver a casa cheia com seu três filhos, Vavá (Marcello Novaes), Dalila (Alexandra Richter) e Úrsula (Julia Rabelo), que só têm uma coisa em comum: ninguém tem gosto pelo trabalho, mas todos querem ter uma boa vida. Vavá, metido a garotão, faz uns bicos como personal trainer. Casado há anos com Janete (Suzana Pires), ele se enamorou pela jovem Mel (Fernanda Souza). Janete sustenta a casa com o seu trabalho como manicure. Dalila tem um quê de deslumbre. O marido, Breno (Otávio Muller), é bancário e eles levam uma vida de classe média. Ela é dona de casa. São pais de Kim (Felipe Roque) e Luana (Giovanna Lancelotti). Ela e sua irmã, a tatuadora Úrsula, são incapazes de ficar no mesmo ambiente sem bater boca. Dalila não aceita a orientação sexual de Úrsula. Assim como não aprova o seu namoro com Duda (Giselle Batista). Dalila também implica com Vavá.
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