Saiba tudo sobre a novela Alto Astral, da Globo – História
Por Redação - 30/10/14 às 15:13
Caíque e Marcos: uma rivalidade alimentada desde a infância
Maria Inês Bittencourt (Christiane Torloni) casou-se com um rico e tradicional médico, dono do maior hospital de Nova Alvorada, cidade interiorana que ambienta a trama. A eles faltava ter filhos e como Maria Inês não conseguia engravidar, optaram pela adoção.
Retraído, Marcos (Thiago Lacerda) foi o primeiro a ser adotado, já com cinco anos de idade. Caíque (Sérgio Guizé) chegou meses depois, ainda bebê. Apesar de nunca ter havido uma distinção entre os filhos, Marcos cresceu com ódio de Caíque, disputando a atenção dos pais. Por outro lado, Caíque cresceu idolatrando o irmão mais velho.
O filho mais novo era uma criança especial. Desde pequeno tinha um dom que não era compreendido por seus pais e muito menos por ele mesmo. Por desconhecimento, sua paranormalidade era vista como uma esquisitice pela família, que redobrava a atenção com o menino. Para Marcos, Caíque não passava de um maluco que falava sozinho e que queria chamar atenção.
Apesar da sua excentricidade, Caíque, quando adolescente, fazia o maior sucesso com as meninas. Até mesmo com as namoradas de Marcos que, apesar de muito bonito, sempre as perdia para Caíque, aumentando ainda mais seu ódio pelo irmão.
Caíque nunca cultivou qualquer tipo de sentimento negativo em relação a Marcos. Às vezes o achava implicante e competitivo, mas o admirava. Orgulha-se com o fato do irmão ter se tornado um excelente e reconhecido cirurgião. Caíque também seguiu a carreira médica mesmo tendo pavor de sangue. Mas não se especializou em nenhuma área da medicina.
Ao falecer, o pai deixou-lhes de herança um grande hospital, que se tornou uma referência no interior de São Paulo. Caíque era sócio minoritário e Marcos tinha a maior parte das ações.
Caíque tem um raro talento: basta olhar para um paciente e consegue descobrir o que o aflige. Ele é especialista em dar diagnósticos por telefone sem jamais errar, para desespero da direção do hospital e principalmente de Marcos, que o considera um inconsequente.
Caíque nunca quis ser médico, e sim seguir alguma carreira de humanas ou até educação física, mas nunca conseguiu passar em nenhum vestibular. Por pressão do pai, resolveu prestar para medicina e inexplicavelmente passou em primeiro lugar sem estudar nada.
Com o passar do tempo, ele acabou entendendo que a medicina era seu destino e passou a gostar do que fazia. Por ter medo de sangue, Caíque escolheu ser clínico geral. Embora faça diagnósticos precisos e indique operações complicadas, com detalhes, ele quer é distância das salas de cirurgia. Mas não se nega a ajudar quem quer que o procure. Já Marcos apesar de ser um talentoso cirurgião não tem nenhum escrúpulo. Seu sonho é que Caíque perca sua parte no hospital, pois só aí se livraria para sempre do incômodo irmão. Seu consultório vive cheio e até clientes do exterior lutam por uma consulta com ele, mas Marcos é capaz até de enganar seus pacientes com diagnósticos falsos só para que aceitem fazer cirurgias caríssimas.
Vaidoso e ambicioso, ele quer transformar o grupo Bittencourt em uma referência internacional. Para tal, conta com a ajuda de Sueli (Débora Nascimento), sua secretária e amante, parceira de trapaças.
Insatisfeito, Caíque questiona a sua escolha profissional e resolve tirar dois anos sabáticos para viajar pelo mundo e, assim, refletir sobre o seu futuro. É quando conhece Laura (Nathalia Dill), sua grande paixão. A jovem jornalista de São Paulo e arrimo de sua família, cuida do avô Vicente (Otávio Augusto) e seus irmãos paternos Bia (Raquel Fabbri) e Gustavo (Guilherme Leicam) desde a morte de seu pai e sua madrasta em um acidente. Os irmãos são a grande preocupação de Laura. Gustavo porque desistiu da universidade sonhando se tornar um campeão de natação e, por ser ambicioso, se mete com pessoas erradas para ter um padrão de vida que não é o seu. E Bia, que tem a autoestima baixa por ser gordinha e se refugia no trabalho e nos estudos.
Laura é filha do primeiro relacionamento de seu pai, e cresceu achando que sua mãe havia morrido quando ela era bebê. Anos mais tarde, a jornalista descobre que, na verdade, sua mãe está viva e que a abandonara recém nascida, o que a deixa inconformada. Tem certeza que a ferida aberta em seu peito só vai cicatrizar quando encontrar a mulher que a rejeitou e uma explicação para isso.
Enfrentando dificuldades de emprego na capital, Laura decide aceitar uma proposta para trabalhar em Nova Alvorada, no interior de São Paulo. Além disso, ela descobre que essa é a cidade natal de sua mãe e resolve ir pra lá com sua família.
É durante uma dessas investigações, no Hospital Bittencourt, que Laura conhece Marcos (Thiago Lacerda) e ele se encanta por sua beleza. Depois das muitas investidas de e recusas por parte da moça, finalmente o médico conquista a confiança dela e se confessa perdidamente apaixonado.
Laura não se apaixona mas aceita o carinho do médico. Ele a ama, é gentil e cuida de sua família um tanto quanto problemática. Logo ficam noivos e marcam o casamento. E ela encontra, por obra do destino, Caíque. O sentimento e afinidade entre os dois são avassaladores, como se eles se conhecessem de outras vidas. Tudo seria perfeito não fosse o fato de Caíque ser irmão de Marcos, que não vai deixar barato essa aproximação e fará de tudo para separar os dois.
Os espíritos espirituosos
Além das tramas e mistérios envolvendo o mundo real das pessoas de carne e osso, Alto Astral vem com um bônus: os espíritos. Para cumprirem sua missão e evoluir, esses espíritos fazem a maior confusão na vida dos seus escolhidos e pobres mortais pupilos, promovendo situações muitas vezes engraçadas, como a tumultuada relação entre Dr. Castilho (Marcelo Médici), o espírito de um médico cirurgião, e Caíque. Castilho aparece à revelia do rapaz, que se apavora sempre que o vê. O médico-espírito ou espírito-médico tem como propósito resgatar uma missão de ambos: os dois foram, em outras vidas, médicos e parceiros. Eles trabalharam juntos em várias encarnações sendo que, na última, tinham o objetivo de construir um hospital para pobres. Por vaidade excessiva e ambição desmedida, contraíram dívidas e acabaram assassinados pelos seus credores.
Antes de Caíque reencarnar, combinou com Castilho de voltar a trabalharem juntos, numa tentativa de se retratarem pelos erros cometidos no passado. Mas, dessa vez, ajudariam os necessitados com o que tivessem à mão, sem luxos, só com boa vontade. Uma vez reencarnado, Caíque não lembra desse acordo e fica perplexo com as parições de Castilho.
Outra personagem que mantém relações com o além é Samantha (Claudia Raia). Ela, que teve um breve affair com Caíque há muitos anos, ficou famosa enquanto ele estava viajando pelo mundo. Tudo começou quando ela previu um desmoronamento de terra, salvando várias vidas. A partir desse fato inusitado, ganhou destaque na mídia. Mas Samantha quer fazer fama e fortuna através disso e, percebendo, o espírito que lhe "soprava" as premonições, começa a deixá-la na mão e em situações embaraçosas. Desesperada, Samantha se agarra ao que pode para recuperar seus poderes.
Com a ajuda de seu irmão mau caráter César (Alejandro Claveaux) e Pepito (Conrado Caputto), seu assistente peruano e fã número 1, a paranormal charlatã provoca o que for preciso para ficar em alta e recuperar seu prestígio, forjando catástrofes para que ela possa "prever". Outra aposta de Samantha é Caíque. Ela tem certeza de que unindo seus poderes ao do rapaz, serão o casal sensação da paranormalidade. Por esse motivo, aproveita que o médico está de volta ao Brasil e tenta fisgá-lo para valer. Dessa forma, Laura é uma pedra a ser tirada do seu caminho.
Samantha vem de uma família tradicional e falida de Nova Alvorada, proprietária do Clube Lagoas. Vive em uma bela casa, símbolo dos tempos áureos, com a mãe Marieta (Marilu Bueno) e com seus irmãos César (Alejandro Claveaux), um professor de natação metido a conquistador, e Suzana (Adriana Prado), uma mulher sensível e triste que teve um casamento difícil. Suzana é mãe de Gaby (Sophia Abrahão), uma princesinha romântica e estilosa, e Heitor (Fábio Audi), um jornalista que culpa a mãe pelo misterioso desaparecimento do pai.
Além de César e Suzana, Samatha é irmã de Kitty (Maitê Proença). Ex-miss Nova Alvorada, Kitty rodou o mundo, virou socialite e se casou várias vezes. Depois de mais um casamento fracassado, volta ao Brasil, decidida a buscar um fazendeiro milionário.
A família mapa mundi
Uma família muito unida, atrapalhada e barulhenta. Assim são os Pereira. Manoel (Leopoldo Pacheco) é pai de Afeganistão (Gabriel Godoy), Itália (Sabrina Petraglia), Israel (Kayky Brito), e Bélgica (Giovanna Lancellotti), todos batizados com nomes de países seguindo a tradição da família da falecida esposa dele Austrália. Atualmente, Manoel vive com Tina (Elizabeth Savala), que o ajudou a criar os meninos e quem de fato comanda a família. Ele é dono da lanchonete que funciona no Clube Lagoas e da qual tem o maior orgulho. Seu sonho é transformar a lanchonete em um restaurante.
Manoel é irmão de Maria Inês (Christiane Torloni) e considera a irmã uma gastadeira e péssima influência para sua mulher. Pão duro que só, detesta que as duas saiam juntas. Manoel quer distância dela a quem considera arrogante, insensível e perdulária.
Ele e Tina vivem brigando, mas o amor entre os dois é enorme. A dona de casa é devotada à família. Considera como seus os filhos de Manoel. É alegre, falastrona e católica fervorosa. No entanto, esconde um grande segredo de sua amada família.
Um amor da juventude que resiste ao tempo
Maria Inês (Christiane Torloni) e Marcelo Barbosa (Edson Celulari) se apaixonaram perdidamente na juventude, durante uma viagem internacional, mas acabaram se desencontrando ao longo da vida. Ela se casou com um médico respeitado em Nova Alvorada e ele casou-se com Úrsula (Silvia Pfeifer), uma das melhores amigas de Maria Inês que, sem que nenhum dos dois desconfie, foi a responsável direta pelo desencontro deles na juventude.
Apesar de terem seguido suas vidas, esse amor nunca se perdeu. Com o falecimento do marido de Maria Inês, Marcelo viu a possibilidade de finalmente viver essa história. Acontece que sua atual mulher, muito manipuladora e controladora, joga com a culpa tanto do marido quanto da amiga em função de sua grave doença.
Marcelo é completamente diferente do jovem aventureiro e de bem com a vida que Maria Inês conheceu e levauma vida estressante e sem brilho. Ele e a mulher são donos do grupo editorial Barbosa, o maior da cidade, que lhe ocupa bastante tempo. Seus orgulhos são seu filho Ricardo (Nando Rodrigues), campeão mundial de natação, e sua filha Liz (Debora Rebechi), psicóloga, que trabalha em uma linha de ajuda para dependentes químicos.
Uma patricinha em apuros
Scarllet Máximo (Monica Iozzi) é uma jovem milionária e extremamente mimada. No seu mundo não há limites para diversão. Nasceu em Nova Alvorada, mas logo após a morte de sua mãe, mudou-se para os Estados Unidos com o pai. Desde então, nunca mais voltou ao Brasil, se dedicando à carreira de socialite internacional.
Esnobe e superficial, trata as pessoas como seus servos e súditos. Seu destino muda quando o pai milionário morre e a obriga, como sua herdeira, a trabalhar como faxineira por um ano na lanchonete de Manoel (Leopoldo Pacheco) para ganhar a sua parte da herança. Como obrigação do testamento, Scarlett muda de nome, passa a se chamar Aparecida, e é obrigada a tingir os cabelos e deixá-los cacheados, o que para a dondoca é uma tarefa muito difícil.
De volta ao Brasil, submetida a esta aprovação, ela vai reencontrar Ricardo (Nando Rodrigues), seu grande amor na adolescência, mas ele não a reconhece transformada em Aparecida. Além de lavar o chão da lanchonete, ela sofre ao se ver dividida entre o amor de Ricardo (Nando Rodrigues), por quem é apaixonada desde a juventude, e Afeganistão (Gabriel Godoy), um jovem bronco, pobre e sem nenhum estilo, mas que mexe com ela.
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