Saiba tudo sobre a novela I Love Paraisópolis, da Globo – História

Por - 09/07/15 às 15:01

Divulgação/TV Globo

Lívia (Alinne Moraes) e Felipe (Rafael Cardoso) não se conhecem, nunca se viram antes. Vivem realidades distintas, mas estão predestinados a caminhar juntos. No momento em que se olham pela primeira vez são tomados por uma emoção forte e inexplicável, um sentimento ao mesmo tempo desconhecido e familiar. Um encontro que vai mudar o rumo de suas vidas. Esta é a trama central de Além do Tempo, novela de Elizabeth Jhin que ocupará a faixa das 18h a partir do dia 13.

Felipe é membro de uma família nobre e está prestes a se casar com Melissa (Paolla Oliveira). Lívia, de origem humilde, em breve vai voltar para o convento por imposição da mãe, Emília (Ana Beatriz Nogueira). Eles se encontram em Campobello, no sul do país, região que começa a se desenvolver graças à colonização italiana e ao cultivo de uvas. Mas, como num clássico folhetim, o casal vai enfrentar muitos obstáculos e muitas provações.

O amor perdura além do tempo. Cerca de 150 anos depois, acontece um novo encontro entre Lívia, Felipe e as pessoas que conviveram com eles no século XIX. Já nos dias atuais, eles não se reconhecem fisicamente e vivem de outra forma, com a oportunidade de se redimir, escrever uma história diferente e acertar as contas com o passado. É a chance de cada um de ter uma nova vida, colhendo o que plantou um dia.

Um pouco sobre a vida em Campobello

Século XIX, em Campobello, sul do Brasil, vivem algumas famílias humildes e trabalhadores rurais. Com uma paisagem linda e suntuosa, a área é pontuada por casas modestas, pequenos vinhedos e um casarão abandonado, que mais se assemelha a um castelo.

Emília (Ana Beatriz Nogueira) mora em Campobello há alguns anos. De origem humilde e disposta a trabalhar, transformou a taberna rústica e simples em sua fonte de renda, um pequeno restaurante frequentado por trabalhadores e moradores da cidade. Lá, Emília tenta esquecer os problemas do passado. Sem vaidades e ambições, sua maior preocupação é dar um futuro digno à única filha, Lívia. E isso inclui impedir a todo custo que ela sofra por amor.

Lívia cresceu em um convento. Foi a forma encontrada por Emília de garantir os estudos da filha e afastá-la do “mundo real”. A mãe quer agora que ela termine o noviciado e dedique a vida ao convento. Na flor da idade, Lívia sonha em se apaixonar, casar, ter filhos. Mas é obediente à mãe e respeita a vontade dela.

A saúde frágil de Emília preocupa Lívia, que sabe o quanto a mãe trabalha, mesmo se recuperando de uma pneumonia. Para ajudá-la, a jovem deixa o convento e vai passar uma temporada na taberna. Mas Emília não tem paz enquanto a filha está em Campobello.

Linda e meiga, Lívia é a paixão de Pedro (Emílio Dantas), amigo de infância que ela considera como irmão. Ele é filho de Gema (Louise Cardoso), a melhor amiga de Emília, e irmão de Anita (Leticia Persiles), fiel escudeira de Lívia. Apesar da proximidade entre as duas famílias, Emília não quer que a filha se relacione com ninguém.

Num dia de taberna cheia, enquanto Emília e Lívia se desdobram para cozinhar e servir as mesas, um dos clientes comenta que a família da Condessa Vitória Castellini (Irene Ravache), dona do casarão abandonado, está de volta depois de longos anos fora, deixando Emília completamente desnorteada. Lívia percebe e pergunta o motivo de tanto nervosismo, mas a mãe desconversa. A história do seu passado é triste demais para ser relatada.

A novidade corre como um rastilho de pólvora e deixa os habitantes da cidade animados. Apesar dos boatos sobre a personalidade difícil da Condessa Vitória, eles acreditam que o retorno dela trará novas oportunidades de trabalho e uma vida melhor para os moradores da região. 

O passado obscuro e triste de Emília

Emília continua a sofrer calada. Ninguém sabe de sua história e do motivo de estar tão incomodada com o retorno da Condessa Vitória à cidade. Os ressentimentos daquela época a tornaram uma mulher amarga e fria, bem diferente do que foi na juventude.

No passado, Emília, jovem linda e envolvente, trabalhava e vivia com um grupo de saltimbancos que ia de cidade em cidade apresentando espetáculos mambembes. Ela fazia o papel da mocinha disputada e usava um codinome, Allegra. Em uma apresentação, se deparou com o grande amor de sua vida. Bernardo (Bernardo Marinho/Felipe Camargo), filho único da Condessa Vitória, que estava na plateia e ficou encantado com a beleza de Allegra. Os dois se apaixonaram, mas sabiam que enfrentariam a resistência da família tradicional do rapaz, ligada à nobreza italiana.

A Condessa Vitória ficou furiosa quando Bernardo levou Emília ao casarão. Ele tinha a esperança que a docilidade e a beleza da moça comovessem a mãe, mas estava equivocado. Emília foi humilhada, mas Bernardo se manteve firme ao lado da amada. Ele saiu de casa com a roupa do corpo e foi morar com Allegra em um casebre próximo a Porto Alegre. Mesmo sem dinheiro e lutando com dificuldades para sobreviver, o casal viveu um romance apaixonado.

A raiva e o desprezo pela relação do filho eram tão intensos que a Condessa Vitória decidiu armar uma arapuca para matar Emília. Com a ajuda do capataz Bento (Felipe Fagundes/Luiz Carlos Vasconcelos), ela mandou uma carta para a jovem, dizendo que estava disposta a aceitá-la, mas precisavam conversar a sós, sem a presença de Bernardo. Vitória sabia que o filho estaria ausente por alguns dias em busca de emprego e seu plano era que um acidente terrível “acontecesse” com a carruagem no caminho, sem deixar sobreviventes.

Apesar de ter sido muito maltratada pela Condessa, Emília acreditou no conteúdo da carta e resolveu ir ao encontro. Mas Bernardo ficou sabendo do bilhete e decidiu ir no lugar da amada. Ele tinha esperança de abrandar o coração da mãe ao contar que ela seria avó em breve.

Certo de que seu alvo estava dentro da carruagem, Bento provocou um acidente na estrada e Bernardo, para o choque e tristeza de todos, foi dado como morto.

Grávida de quatro meses, Emília se exasperou, gritou de horror quando soube do acidente, mas não permitiram sequer que ela se aproximasse do casarão. Quando tentou ter notícias do marido, foi tratada de forma cruel por Bento. A verdade sobre a morte de Bernardo sempre foi uma incógnita para Emília. Com uma mão na frente e outra atrás, ela não teve outra saída senão seguir com a vida em outra cidade enquanto aguardava o nascimento da filha.

Quando soube que a Condessa não morava mais em Campobello, Emília resolveu alugar uma taberna humilde na região. O intuito era ficar perto do túmulo do seu grande amor, aquele que ela nunca esqueceu e com quem viveu os melhores momentos da vida.

Durante todos os anos, Emília manteve o passado em segredo. O romance acontecera em outra cidade e as pessoas em Campobello não sabiam da história. Quando Lívia perguntava sobre o pai, a mãe apenas dizia que era um homem simples e a melhor pessoa que podia ter conhecido. O sofrimento era tanto ao falar sobre isso que a filha, depois de certo tempo, já não insistia para saber mais. Allegra – ou Emília – nunca mais tirou o luto e se tornou uma pessoa triste e rancorosa. Já a Condessa Vitória, que deixou Campobello algum tempo depois da morte de Bernardo, nunca mais deu notícias. Para cuidar do casarão em que vivia na cidade, ela contratou Massimo (Luis Melo), um administrador de confiança.

A volta da Condessa Vitória a Campobello representa um verdadeiro fantasma na vida de Emília. Qual seria o real motivo da volta e os receios de uma possível vingança rondam a mente dela todo o tempo? O que Emília não imagina é que, junto com a Condessa e todos os ressentimentos do passado, vem também Felipe, sobrinho-neto de Vitória e por quem Lívia se apaixonará perdidamente.

Uma paixão ‘impossível’

Emília está determinada – mais do que nunca – a manter Lívia distante da Condessa Vitória e de sua família. Apesar de a jovem usar os melhores argumentos para não se tornar noviça, como o sonho de viver um grande amor e ter filhos, Emília é irredutível e exige que ela volte para o convento o quanto antes.

 

Sem saída, Lívia arruma as malas e segue para o convento no dia combinado, apesar da saúde da mãe ainda não estar reestabelecida. Emília chama um cocheiro de confiança para levar a filha, mas ele tem um problema de última hora e Ariel (Michel Melamed) vai em seu lugar. Ariel é uma pessoa do bem, uma espécie de “anjo na terra” que está sempre presente na hora e no lugar certo. E é exatamente no caminho, após um pequeno incidente com seu coche, que Lívia e Felipe se encontram. O rapaz está chegando a Campobello a cavalo, acompanhando o coche que leva a Condessa Vitória. Eles se olham encantados e acontece ali um encontro de almas que estão se buscando há muito tempo. É o começo de uma linda história de amor.

O conde Felipe vai para Campobello no intuito de ajudar a Condessa com os negócios da família. O rapaz nasceu em “berço de ouro”, recebeu a melhor educação possível e é tratado pela tia-avó Vitória como um verdadeiro príncipe. Viúvo e pai de Alex (Kadu Schons), ele está prestes a se casar com Melissa, uma jovem lindíssima que chega à cidade com a mãe, Dorotéia (Julia Lemmertz), alguns dias depois. No passado, Dorotéia foi casada com um homem nobre e muito rico. Ele perdeu tudo, mas a família conserva a pompa e a pose da época de riqueza.

O encontro entre Lívia e Felipe na estrada muda completamente o rumo de suas vidas. Eles se encantam cada vez mais um pelo outro, mas terão que enfrentar diversos obstáculos para ficar juntos: o noivado dele, o noviciado dela, a diferença social, as divergências entre as famílias e muitos outros acasos do destino.

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