Saiba tudo sobre a novela Sete Vidas, da Globo – Quem Escreve?
Por Redação - 04/03/15 às 14:30
Lícia Manzo estreou como autora aos 15 anos, assinando o primeiro texto encenado pelo grupo Além da Lua, fundado por ela e vencedor do Prêmio Molière como o melhor grupo de teatro para crianças, em 1984. Há quase 20 anos na Globo, escreveu para os humorísticos Sai de Baixo, Retrato Falado, A Diarista, entre outros, e foi criadora do seriado Tudo Novo de Novo, com direção geral de Denise Saraceni, em 2009. Em 2011, emplacou sua primeira novela, o sucesso A Vida da Gente.
Mestre em Literatura Brasileira pela PUC/Rio, publicou o ensaio biográfico Era Uma Vez: Eu – A Não-Ficção na Obra de Clarice Lispector, indicado para o Prêmio Jabuti, em 2003. Autora do sucesso teatral A História de Nós 2 (indicado para o Prêmio Shell na categoria melhor texto), e do espetáculo Aquela Outra, com direção de Clarice Niskier.
Para ela, repensar a noção de família foi o mais instigante ao escrever a trama.
“Relações humanas, familiares, tendem a ser, desde sempre, meu principal interesse. No caso de ‘Sete Vidas’, o que me capturou foi a possibilidade de repensar a noção de família a partir de um acontecimento real: um site onde meio-irmãos gerados via doador anônimo são capazes de se encontrar. Ao assistir, por conta da pesquisa que empreendi para este projeto, ao documentário inglês Donor Unknown, que registra o encontro real de 12 meio-irmãos nos Estados Unidos, o que me mobilizou foi a disponibilidade afetiva daquele grupo de jovens até então desconhecido, com backgrounds financeiros, culturais, familiares, absolutamente diversos. Num mundo onde a competição e o individualismo parecem cada vez mais ganhar terreno, o movimento desses irmãos segue na direção contrária, buscando conexão, pertencimento. No que diz respeito às novas famílias, penso que onde falta tradição é o afeto que irá legitimar todos os laços. Em Sete Vidas parto da possibilidade dramática de um jovem que teria feito estas doações como forma de ajudar no próprio sustento. Nos Estados Unidos, recebe-se, em média, 100 dólares por doação. No caso de Miguel, nosso protagonista, ele é expulso da casa do pai aos 16 anos e viaja sozinho para Los Angeles, onde, num ato pouco refletido, opta por fazer as tais doações. O que jamais poderia prever, no entanto, é que 30 anos depois as sete vidas geradas por ele desta forma iriam cruzar seu caminho”, conta.
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