Saiba tudo sobre Gabriela, a novela da Globo – História

Por - 01/04/12 às 13:40

Divulgação/TV Globo

Inspirada na obra de Jorge Amado, o remake da novela Gabriela, cuja primeira versão foi ao ar em 1975, estreia na Globo nesta segunda-feira (19), às 23h. Escrita por Walcyr Carrasco, a trama baseada no livro de Jorge Amado tem direção de núcleo de Roberto Talma e direção geral de Mauro Mendonça Filho.

Com cheiro de cravo e cor de canela, o corpo de Gabriela (Juliana Paes) parece esculpido por mãos nada modestas na mini novela. É íntima do sertão, mas a seca assola a caatinga e Gabriela perpassa nuvens de poeira, dias e noites marchando pelo sertão. Sem comida, sem bebida, sem acalanto, chega a Ilhéus e conhece seu acaso, Nacib (Humberto Martins), por quem irá viver uma abrasadora paixão de encontros e desencontros tão profundos quanto o amor de um pelo outro. 

Ele é um homem da sociedade Ilheense. Ela, uma cozinheira retirante.

A flor no cabelo é só para enfeitar, mas quando ela passa, a cidade
para para olhar. Ela não tem culpa, mas ele não aguenta. 

Essa história de amor se passa no começo do século XX, no interior
da Bahia. Nesses tempos, moça boa era moça de família, com destino
certo traçado pelo pai. E Gabriela não se enquadra na premissa. Mas
é ela, alheia aos costumes da época, que provoca e põe à prova
tudo quanto é sentimento humano e questionamento moral: o desejo, o amor, o preconceito, a traição, o ódio, o rancor, o perdão.

ILHÉUS NO APOGEU DO CACAU

Ilhéus, 1925. Os coronéis são os grandes mandantes do lugar, em especial Coronel Ramiro Bastos (Antonio Fagundes). Dono de arrobas e arrobas de cacau é o intendente da cidade. Ao lado dele, cuidando da moral de Ilhéus, mais coronéis compartilham de seu poder. Melk Tavares (Chico Diaz), seu fiel escudeiro, Jesuíno (José Wilker), Amâncio (Genézio de Barros), Coriolano (Ary Fontoura), Altino (Nelson Xavier), Manuel das Onças (Mauro Mendonça), Eustáquio (Lúcio Mauro) e Ribeirinho (Harildo Deda).

Um navio que aporta em Ilhéus e traz a carga mais perigosa contra o conservadorismo que impera na região: Mundinho Falcão (Mateus Solano). Milionário descendente de uma família política em São Paulo, chega do Rio de Janeiro de olho no progresso e se torna o maior exportador de cacau da região e o mais gigante oponente de
Ramiro Bastos. 

O símbolo mais emblemático da luta entre o conservadorismo de
Coronel Ramiro Bastos e o progresso de Mundinho Falcão é a promessa
da grande obra no porto de Ilhéus. Um briga de foice, instigada ainda mais pelo nascer de seu amor por Jerusa (Luiza Valdetaro), a neta preciosa de Ramiro Bastos.

TONICO BASTOS, UM IRRESISTÍVEL MAU-CARÁTER

Tonico (Marcelo Serrado), filho de coronel Ramiro Bastos, ganhou um cartório para se ocupar. É casado com a ciumenta Olga Bastos (Fabiana Karla), com quem tem quatro filhos. Mulherengo, consegue fazer com que a mulher o ache um santo. 

Frequentador assíduo do Bataclan, é completamente sem escrúpulos. Passa a frequentar o bar Vesúvio, de Nacib (Humberto Martins), na
hora do almoço. É a oportunidade de ver Gabriela e se envolve com ela. Mas convence Nacib a se casar com ela e torna-se o padrinho do casório. O árabe flagra os dois na cama, tenta atirar em Tonico, mas não consegue. Nacib anula o casamento. 

LIBERAÇÃO FEMININA, MEU NOME É MALVINA

Filha única do coronel Melk Tavares (Chico Diaz), Malvina (Vanessa
Giácomo) sabe que seu destino está traçado nas mãos de seu pai: vai fazer bom casamento com algum filho de coronel escolhido por ele e, repudia esse pensamento, não abre mão de ter acesso a tudo o que é
proibido, na época, para a mulher. 

Ela enfrenta as impetuosas ordens do coronel, e é sua mãe
Marialva (Bel Kutner) que sofre. Tudo que Malvina menos quer é ser
reprimida e submissa como as mulheres dos coronéis. Quem suspira por ela é Josué (Anderson Di Rizzi), o professor do colégio e poeta nas horas vagas. Ela vê nele uma possibilidade de compreensão. E eis que chega um forasteiro, um engenheiro vindo da capital. Malvina se apaixona pela
alma moderna de Rômulo (Henri Castelli). Mas ele é casado! No
entanto, a jovem não se importa com isso, ele já não vive com a
mulher. Esfrega na cara da sociedade seu romance rechaçado. Mas
existem consequências, A cobrança irá chegar.

SINHAZINHA, O EXEMPLO PARA A SOCIEDADE

Sinhazinha (Maitê Proença) casou-se com coronel Jesuino (José Wilker), um dos mais broncos e duros dos coronéis. É tratada com frieza, não sabe o que é amor. Nunca foi beijada, não sabe o que é sentir prazer. É devota fervorosa de São Sebastião. Um dia precisa ir ao dentista e conhece Dr. Osmundo (Erik Marmo). Durante o tratamento dentário, conversam e se conhecem cada vez mais. Apaixonam-se. Todos desconfiam até que Jesuíno vê o flagrante e resolve dar fim a essa pouca vergonha e mata Osmundo. Mas o dentista é filho de gente importante na capital da Bahia. Sua rica família irá lutar pelo direito de ver atrás das grandes o grande assassino. 

BATACLAN, A GRANDE FESTA DA CIDADE

Enquanto trancam suas mulheres em casa, os coronéis se esbaldam no
cabaré mais agitado de Ilhéus, o famoso Bataclan, regido pelas mãos
de ferro – e de unhas carmim – de Maria Machadão (Ivete Sangalo). 

É lá que Nacib encontra Zarolha (Leona Cavalli), uma fogosa sergipana, que lidera uma revolta contra as beatas da cidade, criando uma imensa confusão. Zarolha enfrenta até coronel Ramiro Bastos, que vê nela uma coragem similar a dele e acaba dando a grande ideia à Maria Machadão: uma greve de sexo! A cidade paralisa e sem ver como resolver o assunto, é permitida a saída das prostitutas ao lado das moças de família. 

Maria Machadão tem seus segredos. Quando ouve alguma coisa que possa prejudicar Ramiro Bastos (Antonio Fagundes), Maria faz com que ele saiba. Ele não frenquenta mais o lugar, mas sua ligação com Maria Machadão é algo de longa data, porém ninguém comenta. 

A MOÇA DA JANELA

Coronel Coriolano (Ary Fontoura) é conhecido por seus casos extraconjugais. Trouxe Glória (Suzana Pires) para ficar na casa de sua família bem no centro de Ilhéus. Enquanto está na fazenda, Glória fica sozinha na grande casa. Não deixa sair à rua, e só permite a ela ficar na janela, para ver o movimento da cidade. O único que troca palavras ocasionais com Glória é Josué (Anderson Di Rizzi), apaixonado por Malvina (Vanessa Giácomo). Mas acaba na cama com Glória, que usa o dinheiro do coronel para bancar o amante. 

LINDINALVA, UMA QUASE SINHÁ

Uma moça da classe média de Ilhéus, que os pais, donos de um
armarinho na cidade, se sacrificam para dar uma vida igual a das
sinhazinhas para ela. Lindinalva (Giovanna Lancelotti) corresponde a
todo esse amor familiar, é doce e prendada. E apaixonada por seu
noivo, Berto (Rodrigo Andrade), um dos dois filhos do coronel Amâncio
(Genézio de Barros). Está prometida para casar, mas o moço enrola,
quer deitar com ela antes da noite de núpcias. Ela não deixa.

Uma fatalidade acontece e Lindinalva fica órfã. Descobre que o
armarinho tem dívidas homéricas e resolve aceitar a auxílio de
Berto, mas em troca passa a se deitar com ele. Vira assunto da cidade,
e Berto não fala mais em casamento. A moça se desespera e acaba pedindo ajuda a Maria Machadão

---