Saiba tudo sobre Pé na Jaca, nova novela da Globo

Por - 19/11/06 às 14:04

Divulgação / TV Globo

Pé na Jaca é a próxima novela das 19h da TV Globo. Escrita por Carlos Lombardi e tendo como diretor de núcleo de Ricardo Waddington, a trama estréia nesta segunda-feira, dia 20. A comédia tem início numa infância que deixou recordações inesquecíveis. Naquele tempo, a vida parecia perfeita, mas a sorte surpreendeu e mudou de lado. Cinco crianças que passavam férias brincando na cidadezinha de Deus Me Livre cresceram, se desencontraram e acabaram por enfiar o pé na jaca com atitudes e sentimentos que os levaram ao fundo do poço. Para recomeçar, estão todos de volta ao ponto de partida, sem a inocência dos velhos tempos e longe da amizade que juraram um dia.

Arthur (Murilo Benício), que passava férias na fazenda do tio plantador de jacas; Elizabeth (Deborah Secco), a filha da costureira; Guinevere (Juliana Paes), a filha de uma empregada; Maria (Fernanda Lima), a filha do dono da fazenda; e Lancelotti (Marcos Pasquim), o filho de um dos colonos da fazenda, encontraram-se por acaso na beira de um rio, no interior de São Paulo, em Deus me Livre, cidadezinha perto de Piracicaba. Brincaram sem perceber as diferenças sociais que os separavam e tinham a certeza de que aquela amizade duraria para sempre. Mas as férias acabaram e, exceto por dois deles, nunca mais se viram e esqueceram completamente um dos outros. Vinte e cinco anos se passaram até que o destino os colocou novamente no mesmo caminho.

Cidade de Deus Me Livre

A pequena cidade do interior de São Paulo, lá para os lados de Piracicaba, tem sua principal força econômica na fazenda que abastece a cervejaria Polaca – ambas pertencentes à família Botelho Bulhões. A cidade abriga as famílias de Gui (Juliana Paes), de Elizabeth (Deborah Secco) e de Lance (Marcos Pasquim), além do sítio do tio de Arthur (Murilo Benício) e da fazenda de Maria (Fernanda Lima).

No prédio de Gui (Juliana Paes), mora a família Tanaka, de descendência japonesa, formada pela doce Rosa (Daniele Suzuki), que se vê obrigada a levar uma vida dupla por causa da opressão da severa mãe Mitiko (Cristina Sano) e do enfezado e ciumento irmão Mario (Dan Nakagawa), o delegado em exercício da pequena e pacata cidade.

Em Deus me Livre ficam a padaria de Seu Giácomo (Elias Gleiser), administrada por Tadeu (Rodrigo Lombardi), onde sua noiva Leila Aparecida (Fernanda de Freitas) trabalha como caixa; e um pequeno e adaptado parque de diversões. O proprietário é o Cigano (Chico Anísio), que acaba abrigando o foragido Lance (Marcos Pasquim) e o misterioso Merlim (ator a ser definido). Lá trabalham Pipoca (Dudu Azevedo), ajudante geral, e Mimi (Érika Evantini), a mulher barbada e cartomante do local, além de Gui (Juliana Paes) e Rosa (Daniele Suzuki), mas estas escondidas de suas famílias.

Dorinha (Carla Marins), a ex-de Lance (Marcos Pasquim), casou-se com Plácido (Marcelo Torreão), o prefeito em exercício de Deus me Livre. Ele assumiu os filhos da esposa, Marquinhos (Miguel Rômulo) e Debora (Larissa Biondo), e conseguiu ampliar a herança do pai. Seu principal negócio foi comprar o falido Grande Hotel da cidade, onde trabalha Barrão (Rodrigo Hilbert), o irmão mais velho de Elizabeth (Deborah Secco).

Apesar da nova vida da filha, a mãe de Dorinha (Carla Marins), dona Carmen (Lolita Rodrigues), decidiu continuar trabalhando como cozinheira da família Botelho Bulhões, em Piracicaba. Trabalha para Maria Clara (Silvia Pfeifer), irmã de Último, seu marido Átila (ator a ser definido) e seus filhos Nuno (Sergio Hondjakoff) e Nina (Lucy Ramos), além de aturar a governanta da casa, Morgana (Betty Lago), a prima pobre e amargurada da família. Com fama de má, ela tem a cumplicidade de Deodato (Gero Pestalozzi) em suas armações.

As gravações de Pé na Jaca em Paris

A capital francesa foi palco de muita correria no mês de outubro. Tradicionalmente habituada a receber produções internacionais que utilizam a cidade luz como cenário, Paris acompanhou o corre-corre de Lance (Marcos Pasquim) e Maria (Fernanda Lima), dois dos protagonistas de Pé na Jaca. Ele precisava ganhar a vida para sobreviver e fugir da polícia internacional; ela, certa de que estava sendo traída, passou dias perseguindo o marido e aprontou muita confusão ao lado da amiga Pietra (Drica Moraes).

Para gravar aproximadamente 60 cenas, em sua grande maioria seqüências de ação como a que Lance pula da Pont des Arts num barco de turismo que passava pelo rio Sena, uma equipe de 70 profissionais esteve a postos: cerca de 40 pessoas da TV Globo, entre elenco, equipe técnica, maquiadores, figurinistas e produtores, e outras 30 de uma produtora francesa contratada para dividir o set com a equipe fixa da novela. As cenas rodadas na França tiveram direção de Ricardo Waddington e Paulo Silvestrini. Após quase um mês de trabalho, a equipe de Pé na Jaca voltou ao Brasil trazendo na bagagem uma tonelada de equipamentos e quase 800 quilos de roupas e acessórios usados nas gravações em Paris.

Como locações, autor e diretor escolheram os principais pontos turísticos de Paris, os cartões-postais da cidade, para que o público pudesse conhecer e reconhecer a cidade na novela. Em meio a muita ação, o telespectador irá acompanhar uma história que passa por lugares como Museu do Louvre, Torre Eiffel, Rio Sena, Place des Vosges, Arco do Triunfo, Champs Elysées, Trocadero, as catedrais de Notre Dame e Sacré Coeur e muito mais.

Das gravações em Paris participaram Marcos Pasquim (Lance), Fernanda Lima (Maria), Betty Lago (Morgana), Drica Moraes (Pietra), Ricardo Pereira (Thierry), Peter Ketnath (Jean Luc), Mouhamed Harfouch (Hussein) e Selma Egrey (Antoniette), além de 300 figurantes e 25 atores europeus contratados ao longo das gravações na cidade.

Pé na Jaca é uma novela de Carlos Lombardi, escrita por Carlos Lombardi, Vinicius Vianna e Filipe Minguez, com colaboração de Nélio Abbade e Sebastião Maciel. Ricardo Waddington assina a direção geral e de núcleo da trama dirigida por Ary Coslov, Gustavo Fernandez, Marco Rodrigo, Paola Pol, Paulo Silvestrini e Ricardo Waddington.

Perfil dos Personagens

Família Fortuna

Arthur Fortuna (Murilo Benício) – Casado com Vanessa, é pai de Maurício e Percival. Aos 33 anos, é um bem sucedido operador do mercado financeiro. O sucesso de sua carreira se deve à inteligência, sexto sentido apurado, bons contatos e muita sorte. No trabalho, concorre diretamente com Juan. O gênio explosivo e competitivo é extravasado na piscina em que pratica pólo aquático e no campo de futebol, atividade que pratica raramente. Ele trata seus filhos e subordinados com rigidez. Com rinite e vários tipos de alergia, é completamente hipocondríaco, o que o torna muito vulnerável a Vanessa. Além da esposa, é dependente de seu motorista Ed, que vive quebrando todos os seus galhos e trazendo informações confidenciais de clientes. Ed é um dos poucos com quem o solitário Arthur pode se abrir.

Vanessa Fátima Silva Fortuna (Flávia Alessandra) – Vanessa é a esposa de Arthur, mãe de Maurício e Percival. Ser esposa de Arthur é sua verdadeira identidade nos últimos dez anos. Ela sabe usar da beleza para conseguir o que quer, principalmente se isso for a atenção dos outros. Esperta, sabe se fingir de inteligente. Divide sua vida entre o cabeleireiro e a academia de ginástica. Gosta dos filhos, mas a maior parte do tempo não presta muita atenção neles e, mesmo não sendo loucamente apaixonada pelo marido, sabe que ele é sua melhor chance na vida. O ápice de sua vida pré-Arthur foi o título de Miss Carapicuíba – o que tenta esconder em seu currículo. Se esforça para provar que sua cidade natal é uma página virada, mas ainda mantém laços com o local – é lá que mora sua mãe de santo! Vanessa não pode ouvir um pagode e beber uma caipirinha que sai sambando por aí.

Ed Castanho Pereira (Carlos Bonow)  – Ed é o quebra-galhos oficial da família Fortuna. Oficialmente é o motorista de Vanessa e das crianças, mas também serve a Arthur. Cada um o considera um aliado – sem perceber que ele se equilibra como um bom servidor de dois patrões. Como é sempre bem humorado e ótimo ouvinte, cria uma relação de confiança com todos que conhece. Não tem grandes ambições e gosta da vida que leva, especialmente porque é um especialista em lucrar com o alto grau de desperdício dos Fortuna, além de namorar todas as empregadas da casa.

Dona Gioconda Tamburello (Arlete Salles) – A avó de Vanessa sempre mentiu para sobreviver e é assim que continua levando a vida. Criou Vanessa para ser, acima de tudo, Vanessa. Logo percebeu que a menina era linda e que não poderia se contentar com pouco. É uma mulher prática e muquirana, pois já passou por necessidades e sabe dar valor ao dinheiro. Diz que é médium e que tem fortes intuições, o que amedronta Arthur. Mas, em qualquer conflito, dá razão a ele: é uma questão de sobrevivência – nunca se critica o patrocinador! Gosta mesmo de Vanessa e, a seu jeito, também de Arthur. E é particularmente eficiente com os netos, já que presta mais atenção neles, mesmo morando longe da família, do que os próprios pais.

Juan Arrabal (Bruno Garcia) – É Juan Felipe Loyola y Arrabal ou simplesmente Juanito, para os íntimos. Acredita que o mundo é povoado por ele e por um bando imenso de figurantes. Juan é operador do mercado financeiro e trabalha na mesma empresa de Arthur, com quem disputa o título de número um absoluto entre os jovens operadores. Juan é voraz e extremamente competitivo, tem muita gana por dinheiro e poder. Seu hobby é ser um chef de cozinha, mas, como leva tudo a sério na vida, se apresenta como um chef de cozinha que se vira no mercado financeiro. Está abrindo um restaurante que, mesmo antes de ter servido qualquer refeição, é um sucesso de crítica – já que sabe agradar todo mundo e é um grande relações públicas. Vive para se ver na revista, não resiste a um fotógrafo e ama só a si mesmo. É um romântico quando à sua frente está o espelho. Odeia Arthur e talvez por isso seja fascinado por Vanessa. Primo Cândido, José Cândido de Prado Almeida (Ricardo Tozzi) –  É tratado como primo Cândido na cidade. Sobrinho do tio José, mudou-se para o sítio quando sua mãe faleceu. Beirando os 30 anos, é alguém sem pressa na vida. Cândido é sorridente, afável e mole, irritantemente mole. Supostamente cuida do sítio, mas aproveita a doença do tio para não fazer nem um décimo do que deveria. Apesar de parecer que ele enrola tio José, sabe lidar com ele quando a situação fica complicada. Quando Arthur chegar com a família, será um bom apresentador do universo do interior para as crianças. Gosta de música sertaneja, mas freqüenta o conjunto de rock da cidade. Cândido só sai do sério quando acompanha os jogos de seu time, o XV de Piracicaba.

Família Botelho Bulhões

Último Botelho Bulhões (Fulvio Stefanini) –  Milionário caipira, é o patriarca da família Botelho Bulhões depois que seu irmão Segundo Botelho Bulhões morreu. Há quem diga que ele provocou o acidente que culminou na morte do irmão e que era amante da cunhada, mas ninguém nunca provou. Transformou a cervejaria da família numa potência com seu talento empresarial. Um ano após a morte do irmão, casou-se com a cunhada Irina e tiveram um filho, o rebelde Carlos Eduardo. Ao se casar com Irina, juntou novamente as duas vertentes do poder econômico da família: a fazenda e a fábrica de cerveja. O que mudou é que a fábrica agora é uma potência em franca ascensão, o motor econômico dos negócios. Comemora que Maria, filha de Irina e Segundo, mora fora e parece nada interessada nos negócios da família. Último, em geral, é um homem feliz, mas sofre com um grave problema de saúde e sua única saída é um transplante. Para isso, terá que se reaproximar do filho e assumir a paternidade de Elizabeth, filha que teve com sua antiga amante.

Maria Bo, Branca Maria Botelho Bulhões (Fernanda Lima)  – A filha de Irina e Segundo Botelho Bulhões nunca se deu bem com a mãe e, com o tempo, se afastou da família. Seu primeiro amor, aos 13 anos, foi Lance, filho de um empregado da fazenda. Terminaram por causa de uma briga boba e foi quando ela aceitou um convite para desfilar como modelo em Tóquio. Maria vive uma vida muito próxima da existência fútil que sempre condenou. É mimada, mas seu sorriso honesto apaga tudo. Modelo de sucesso veterana, vive em Paris com o marido Jean Luc, um conde falido, com quem teve Isabelle. É louca pela filha, mas, às vezes, não tem a mínima idéia do que fazer com ela. O casamento vive em crise, agravada pela presença da sogra Antoinette. Quando o casamento acaba, decide voltar ao Brasil com Isabelle. E acaba se interessando novamente pelos negócios da família, questionando o estado da fazenda e sua subordinação aos interesses da fábrica.

Morgana, Maria Carolina Botelho Almeida (Betty Lago)  – Aparentemente, é só a prima pobre da família Botelho. Uma daquelas primas que todo mundo tem pena porque não se casou, não se formou, perdeu a juventude cuidando dos velhos da família e não construiu nada seu. É desse histórico que vem a amargura de Morgana. Acabou perdendo a capacidade de ser feliz por estar sempre vivendo a vida de outra pessoa. Num dia de tempestade, foi atingida por um raio, que deixou uma mecha branca em seu cabelo e a fama de bruxa. Virou governanta dos Botelhos Bulhões, uma empregada de luxo sem salário ou carteira assinada. Vive lá de favor e paga muito caro por isso. É impecável no seu trabalho e exige o melhor dos empregados. Odeia um pingo fora do lugar. Como é observadora, sabe das necessidades e gostos dos patrões com muita antecedência e soube se tornar indispensável.

Maria Clara Botelho Bulhões Noscheze (Silvia Pfeifer)  – É a princesa da família Botelho Bulhões, a irmã caçula de Segundo e Último. Sempre foi linda e cuidou de sua beleza como o valioso presente que ganhou de Deus. Escolheu a psicologia porque se achava uma psicóloga nata, já que adivinhava o que os outros pensavam. É uma esposa linda e rica para o marido, mas não presta muita atenção nele. Casada com Átila, braço direito de Último, o castiga quando ele não faz suas vontades. É uma mãe agradável e sorridente, mas não liga muito para os filhos Nuno e Nina. Tem a menor parte dos negócios da família, mas um pouco de cada empresa.Nuno Botelho Bulhões Noscheze (Sérgio Hondjakoff) – Filho mais velho de Maria Clara e Átila. Por conta da rebeldia de Caco, filho único de Último, Nuno é um herdeiro natural dos negócios dos Botelhos Bulhões. Para não admitir que não sente a falta do filho, Último resolve assumir a criação do sobrinho. O problema é que Nuno não tem um pingo de talento para o papel. Extremamente religioso, tem certeza que sua vocação é ser padre. Com o conflito entre sua declarada vocação e a oposição da família, vive aflito. Talvez sua verdadeira vocação seja desenhar histórias em quadrinhos, mas esse seu talento também nunca foi levado a sério.

Família de Guinevere

Gui, Guinevere Ataliba (Juliana Paes)  – É casada com Carlos Eduardo Botelho Bulhões, Caco, o filho rebelde de Último. Gui se desdobra em mil funções para manter a casa: faz salgadinho para fora, é sacoleira, assume o caixa da padaria de Deus me Livre quando Tadeu precisa de folga e trabalha como sereia no parque de diversões do Cigano. Agitada, otimista, sempre acha que tudo vai melhorar. Preocupa-se muito com Caco, pois sabe que ele é instável e que está infeliz. Todos os seus atos são os de uma grande mãe de toda a cidade. Só perde a meiguice quando mexem com seus filhos Zidane e Daiane. É como se duas mulheres convivessem dentro de Gui: uma bastante realista e outra muito romântica. Como a romântica prevalece, a realista acaba sofrendo, em especial quando Caco chega bêbado e a agride.

Caco, Carlos Eduardo Botelho Bulhões (Alexandre Schumacher)  – É o único filho "oficial" de Último Botelho Bulhões, fruto de seu casamento com Irina. Mas Caco rompeu com o pai e com a família inteira. Tenta esconder, mas é alcoólatra. Casado com Gui, a adora, mas nem sempre a escuta e acaba cometendo absurdos. Ele se esforça, é determinado, quer o melhor para mulher e os filhos, mas tem pouca sorte. Quando está bem, é fascinante; quando bebe e a raiva sobe, é assustador. No fundo, tudo que faz é para afrontar o pai e provar que é melhor do que ele, mesmo tentando ser seu oposto. É emocional, volátil e completamente despreparado para a vida.

Família Leiva Barra

Elizabeth Aparecida Leiva Barra (Deborah Secco) – Filha de Laura e, segundo a certidão de nascimento, de pai desconhecido. Nunca aceitou o peso de ser a bastarda, a filha da marginal da cidade. Antes muito apegada à mãe, foi se voltando cada vez mais para a religião, procurando uma nova vida. Foi estudar no convento, onde espera realizar seus votos. Bonita, se esforça para não valorizar a própria aparência. Ninguém desconfia do rancor que carrega, pois ela sabe, assim como toda a cidade, que é filha do milionário Último Botelho Bulhões e nunca foi reconhecida. Sua vida muda quando Último tenta se aproximar e a introduz num mundo de consumo e luxo. Controladora, gosta de saber o ponto fraco de cada um para poder lidar com eles. Sabe que erra, mas se justifica por conta das injustiças que sofreu.

Laura Leiva Barra (Betty Faria)  – Mãe de Elizabeth, Leila e Barrão. Costureira de mão cheia, é mal vista na cidade, especialmente pelas mulheres. Não tem muito dinheiro, mas vira e mexe ganha uns presentes de antigos amantes. É daquelas que olha para todos de nariz erguido e nunca se sentiu culpada pelo personagem que assumiu na cidade. Diz que só costura porque as vizinhas insistem e porque é generosa em ajudá-las a superar a breguice, mas a verdade é que precisa do dinheiro. Ainda mais porque os filhos não ajudam: uma está no convento, a outra trabalha de caixa na padaria, e o filho ainda não se acertou na vida – cada um de um pai diferente. É uma mulher prática, com uma moral própria e muito esnobismo.

Leila Aparecida Leiva Barra (Fernanda de Freitas)  – A caçula da família trabalha como caixa na padaria do noivo. Fisicamente é muito parecida com a irmã Elizabeth, mas tem personalidade oposta. Sedutora e atirada, comporta-se como a mãe na juventude, apenas com um toque a mais de ingenuidade no olhar. Não é ingênua, mas gosta que pensem que é. Prática, prefere homens com dinheiro, mas acaba ficando noiva de Tadeu, para desgosto da mãe.

Barrão, Fábio Barra (Rodrigo Hilbert)  – Filho mais velho de Laura. Como suas irmãs, não têm muita certeza de quem é seu pai. Brinca com Tadeu e Lance dizendo que é irmão deles. Sempre aprendeu a se virar sozinho, pois, como a mãe o teve muito cedo, passou abandonado boa parte da infância. Sempre fez questão de viver a vida do seu jeito. Casou-se com Vanda e com ela teve um filho, mas foi largado pela esposa. Tornou-se amargo, ainda mais durão do que já era quando adolescente. Trabalha como boy no hotel decadente da cidade.

Família Lancelotti

Giácomo Lancelotti (Elias Gleizer)  – Pai de Lance e Tadeu, é muito mal humorado e rígido. Foi colono de fazenda de Último e, quando saiu do emprego, abriu uma padaria na cidade. É o negócio que o sustenta, mas quem cuida da padaria é o filho Tadeu. Giácomo bebe muito e freqüentemente arruma briga com o povo da cidade, mas todo mundo releva. Talvez porque ele seja muito antigo por lá, talvez porque todo mundo goste muito de Tadeu. Viúvo, brigou com Lance e proíbe que citem seu nome, mas sente muito a sua falta. E acaba destratando Tadeu como se a culpa fosse do filho honesto e trabalhador.

Lance, Antonio Carlos Lancelotti (Marcos Pasquim)  – Quando adolescente, longe do pai bravo a quem temia e respeitava muito, Lance fazia a alegria dos amigos contando piadas e fazendo imitações. Apaixonado por Maria, seu mundo desmoronou quando o namoro terminou. Bebeu, fez besteira e engravidou Dorinha. Com ela teve dois filhos, mas nunca assumiu a função de pai e marido. Depois de muito aprontar, fugiu da cidade brigado com o pai e com o irmão. Sozinho em São Paulo, falsificou um diploma de educação física para trabalhar numa grande academia e ser personal trainner. Para poder dar aulas a mulheres casadas, assumiu um jeito afeminado e, ao ser pego com uma das alunas pelo marido delegado, passou a ser perseguido como um grande criminoso. Fugiu para Paris, onde seu destino mais uma vez se cruza ao de Maria. Lance é simpático, falante e agradável. Tem uma moral muito flexível e valores de quem viveu muito e já viu de tudo. Adora o irmão Tadeu e sofre muito com sua aparente rejeição.

A Turma do HotelDorinha, Dora Silva Hadad (Carla Marins)  – Apaixonou-se por Lance, seu colega de escola, e não perdeu as esperanças de conquistá-lo mesmo quando ele estava namorando Maria. Acabaram juntos e logo engravidou de Marquinhos. Casou com Lance e teve ainda outra filha, Débora. O casamento foi um fracasso. Dorinha parecia frágil, mas era durona. Teve a filha e se casou um mês depois com Plácido Hadad, a quem chama carinhosamente de Turquinho. Ela gosta de ser bem casada, de não ser mais olhada com pena pela cidade, da segurança de saber como vai ser o dia seguinte. Sabe que Lance foi o amor de sua vida, mas Plácido é seu marido. E cuida dele, que parece um menino grande. Transferiu todo seu amor para os filhos. É amiga do ex-cunhado Tadeu e de Gui. Quando Maria voltar à cidade, acabarão ficando próximas.

Carmen Caballero Silva (Lolita Rodrigues)  – A mãe de Dorinha, avó de Marquinhos e Débora. Mulher religiosa, que apanhou da vida por causa da pobreza. Muito humilde, vive fazendo tudo que é preciso no hotel e trabalha como cozinheira para a família Botelho Bulhões. Acredita em histórias de amor e participa de chats pela Internet, ajudada pelo neto, para ver se consegue um namorado. É carinhosa com quem a trata bem, mas sabe ser afiada com quem a cutuca. Maria vê nela a figura materna que sente falta.

Nirdo, Agronildo Ferreira Sales (Guilherme Piva)  – Melhor cabeleireiro de Piracicaba, faz de tudo para agradar seus clientes mais bem sucedidos. Subiu aos poucos, começou como calista no salão da tia, onde aproveitou para aprender outros trabalhos. Logo ficou conhecido por suas mãos de fada e começou a ser procurado. Criou coragem e abriu seu próprio estabelecimento e, quando salvou uma socialite de um acidente com um permanente, começou a ficar famoso. Nirdo virou o grande cabeleireiro da sociedade afluente Piracicabana. É honesto do seu jeito, mas sempre aumenta o que escuta, por estar ansioso para ser aceito pela sociedade.

Turma de Deus me Livre

Rosa Tanaka (Daniele Suzuki)  – A doce e tímida Rosa é tudo o que se imagina de uma nissei clássica: tímida, recatada, muito apegada a Nossa Senhora Auxiliadora, boa no crochê e hábil no origami. Mas tudo isso é pouco para sua mãe Mitiko e para o irmão Mário, que virou o patriarca da família. Tenta desesperadamente ser a filha perfeita e é querida por toda a cidade, mas nenhum rapaz se aproxima dela por medo de Mário. Oprimida, caba mentindo para a família: namora escondido e toca bateria na banda de rock da cidade, além de trabalhar no parque de diversões de Cigano. Lá, aprende outros instrumentos e diversas funções que a deixam encantada com a vida artística. É a grande amiga de Gui, seu eterno ombro amigo.

Turma do Parque de Diversões

Cigano, Ezequiel Evangelista (Chico Anísio)  – Ninguém sabe direito o seu nome. Diz que é um romeno-polaco, mas fugiu de Pernambuco, sua cidade natal, e montou o tipo cigano com sotaque e tudo. Toca sua mistura de cirquinho paupérrimo com parque de diversões decadente. Apesar de trazer a pequena trupe do parque de diversões na ponta do laço, fazendo todo mundo tremer de medo quando ele faz cara feia, na verdade é um grande pai para todos. Diz que foi domador, mas seu forte sempre foi ser palhaço. Vive numa cadeira de rodas, mas há quem jure que é só por preguiça. Vai acabar virando um segundo pai para Lance quando ele precisar de abrigo e se tornar um faz-tudo no local.

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