Samara Felippo abre o jogo sobre sexualidade depois dos 40

Por - 31/03/23 às 13:49

Retrato Samara FelippoReprodução/Instagram/@sfelippo

Em suas redes sociais, Samara Felippo, de 44 anos, sempre fala abertamente sobre sexo. Em uma entrevista ao Splash, a famosa comentou sobre o tabu da sexualidade.

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“Um tema que eu sempre quis falar, mas era travada porque tinha medo, afinal era um tabu, e ainda é um tabu para muita gente, é a questão da sexualidade e o orgasmo da mulher de mais de 40 anos”, disse ela.

A atriz também comentou sobre o etarismo, que é o preconceito contra pessoas mais velhas. “Agora, pessoas de 36, 37 anos sofrem com isso. Pessoas de 44 anos querem fazer faculdade sendo hostilizadas, entende?”.

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Samara sempre posta fotos sensuais, mostrando que não se importa com as opiniões dos outros. “Isso é o etarismo: mina a autoestima da mulher e a põe no pé. Como se a gente não fosse mais capaz, como se fôssemos descartáveis e a validade acabou. A sexualidade, para mim, entra nesse lugar: é um assunto muito importante para a saúde feminina, mas calam a nossa boca desde pequenas: ‘tira a mão daí’, ‘fecha as pernas’, ‘coloca uma roupa longa’, ‘tira esse decote’. Tudo é uma vergonha: vergonha de comprar um vibrador, de sentir prazer, de emitir um som em uma relação”.

A famosa é casada com Elídio Sanna, com quem vive um relacionamento aberto. “O mais importante é que meu parceiro queira voltar para casa e que tenha prazer de acordar e dormir comigo. Os desejos dele lá fora, para mim, são dele. Eu não me sinto dona dos desejos dele, eu sei que eu sou um desejo dele, e para mim isso é importante. Abrir uma relação não é sair pegando todo mundo, não é uma put**** louca, uma troca de casal. Não é isso que significa. É trocar a palavra fidelidade, que para mim é cafona, por lealdade”, explicou.

MATERNIDADE E RACISMO

Samara Felippo é mãe de Alice, de 13 anos, e Lara, de nove, frutos do seu antigo relacionamento com Leandrinho. A maternidade é um assunto tão recorrente na vida da artista que ela lançou a peça “Mulheres Que Nascem Com Os Filhos”.

“Eu tinha acabado de me separar, com dois filhos, saindo de um casamento que a gente acha que é para sempre, e aí o castelo da princesa cai na tua cabeça, as idealizações e as romantizações que você cria, porque fazem você criar. A peça veio de uma vontade mútua de mulheres de levantar em outras e dizer: a gente não quer que romantizem a maternidade, porque o amor pelos nossos filhos é incondicional. O lado B ninguém fala”.

Como mãe de duas crianças negras, a artista também comentou sobre racismo. “Nós, brancos, precisamos calar a boca e ouvir, porque eles estão falando. Em termos de racismo no Brasil, nada vai cair no seu colo. E as pessoas que são filósofas e intelectuais negras não estão ali a fim de ficar ensinando para a branquitude. Então é a gente que precisa correr atrás, é a gente precisa calar a boca ouvir porque eles estão falando”, disse ela.

Durante a conversa, Samara relembrou quando percebeu a importância de ser antirrcista. “Meu movimento antirracista veio quando a minha filha quis alisar o cabelo com sete anos. Foi quando eu falei: ‘Car****, alguma coisa estranha está acontecendo aqui’. Essa coisa que nunca me atacou, nunca bateu na minha porta, nunca me incomodou. Essa coisa é o racismo. Eu furei essa bolha devido à maternidade, mas eu adoraria que tivesse acontecido antes”, concluiu.

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