SBT mantém investimentos no público mirim com nova adaptação de Chiquititas
Por Redação - 26/04/13 às 13:32
O SBT parece mesmo ter encontrado seu público de dramaturgia. Com audiência mais que satisfatória – com médias na faixa de 13 pontos, Carrossel sai do ar em breve com uma substituta considerada ainda mais propensa a manter a vice-liderança na faixa das 20 horas mirando na criançada. Adaptada por Íris Abravanel, a nova versão de Chiquititas tem estreia prevista entre o fim de junho e a segunda metade de julho. E, segundo o diretor Ricardo Mantoanelli, responsável principalmente pela parte musical da trama, corrige problemas que a antecessora teve.
"Não tínhamos noção do que era gravar com tantas crianças. Normalmente, lidar com elas é fácil, mas com os pais, nem sempre. Agora temos horário certo de gravações e todo mundo chega com texto decorado", garante Ricardo.
A trama central gira em torno da doce Carolina, vivida por Manuela do Monte, que trabalha em um orfanato por onde passarão mais de 30 crianças. O papel foi interpretado por Flavia Monteiro na primeira adaptação que o SBT fez do texto da argentina Cris Morena. É tia Carol, como as crianças a chamam, quem protege e cuida dos órfãos e desamparados do espaço.
"Ela adota uma postura de mãe ali. Lembro um pouco da primeira versão, mas usei minha experiência pessoal nessa construção", conta Manoela, que diz visitar instituições de crianças carentes com certa frequência.
Além de Manuela, o elenco adulto conta com outros nomes já conhecidos da tevê. Guilherme Boury, neto do diretor-geral Reynaldo Boury, interpreta o mocinho Júnior. Já Lisandra Parede, que ano passado se despediu de Rebelde, na Record, vive a antagonista Maria Cecília, filha da perua Eduarda, vivida por Virgínia Nowicki. Virgínia, aliás, volta a atuar depois de 17 anos, quando marcou presença em Vira-Lata, de Carlos Lombardi. Já as crianças foram escolhidas através de testes. E, ao contrário do que aconteceu na década de 1990, agora elas vão soltar a voz na novela.
"Demos sorte. O elenco mirim é bem talentoso. Capaz de atuar, dançar e cantar", assegura Ricardo Mantoanelli.
Assim como em Carrossel, a aposta em números musicais será forte. Desta vez, aliás, a intenção é levar o elenco para shows em casas de espetáculos o mais rápido possível. Coisa que não aconteceu na antecessora em função do ritmo acelerado de gravações. Como a maior parte do elenco é formada por crianças e elas só podem gravar seis horas por dia de cenas, fica complicado conciliar toda a demanda dos capítulos com uma agenda que percorra as principais capitais do país.
"Estamos trabalhando para possibilitar isso. E teremos também mais inserções de clipes musicais, cerca de três a cada 10 capítulos", adianta Reynaldo Boury, que se esquiva ao ser questionado sobre o tempo gasto, em média, nas gravações de números musicais.
"Para que você quer saber isso? Isso não interessa", desconversa.
A nova adaptação nacional de Chiquititas não chega com pretensão de se manter no ar por cinco temporadas, como a que foi exibida entre 1997 e 2001. Na verdade, a ideia é ter apenas uma leva de capítulos – mais de 300 –, dividida em duas fases. Mas ainda assim aproveitar ao máximo o texto da trama original.
"Vamos condensar essas cinco temporadas em uma única. E, é claro, fazer as adaptações necessárias para atualizar e também inserir novidades. Hoje, temos mais efeitos visuais, por exemplo", explica Boury, que entrega que ainda não está definido se parte do elenco de Carrossel será aproveitada no projeto na segunda fase.
"O que estamos pensando é em ter essas crianças em uma nova novela, posteriormente. Mas, de fato, não batemos o martelo", entrega.
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