Silvia Poppovic: ‘Quem vende tudo, não faz conteúdo’
Por Redação - 29/09/15 às 19:19
Emílio Surita e sua equipe do programa Pânico, transmitido pela rádio Jovem Pan, em São Paulo, receberam, nesta terça-feira (29), a visita de Silvia Poppovic nos próprios estúdios do canal.
Com todo o seu extrovertido jeito de ser, a apresentadora e jornalista conversou com os repórteres sobre vários temas. Um dos primeiros assuntos abordados foi o modo como ela vê a televisão nos dias de hoje.
Já tendo passado pelas maiores emissoras da televisão aberta do país, Silvia aproveitou o momento para fazer algumas críticas aos seus colegas que passam boa parte de seus programas vendendo produtos, e, segundo ela, não conseguem fazer uma atração de qualidade.
"Quem vende tudo, não faz conteúdo, só fica vendendo o programa inteiro. Eu não quero, depois de tantos anos de carreira. E eu vendo bem hein, já cansei de fazer merchandising, fazia muito…Mas, quando toda vez você tem que ficar parando e fazendo merchan, não dá. Em programas de conteúdo, de ideia, não dá para fazer isso", opinou a loira, que, no momento, está comandando um canal no Youtube.
Ainda sobre a televisão, Silvia afirmou que, principalmente por conta da forte polarização política existente atualmente, seria impossível trazer para os dias de hoje os polêmicos debates que já aconteceram em diversas atrações que apresentou.
"Hoje, os fios estão todos desencapados, está todo mundo muito estressado!", falou a profissional, antes de dizer que todo apresentador precisa ser criticado para sobreviver no meio.
"Não pode agradar todo mundo porque senão vira chato de galocha, não pode ser bonzinho o tempo todo. Tem que ter mais gente falando bem do que falando mal, mas tem que ter gente falando mal, sim! Senão não sobrevive na televisão", afirmou Silvia.
Outro tema comentado durante a conversa foi o lado mais família da apresentadora. Com 60 anos, Silvia é mãe de Ana, que está com 15 anos, e contou quais motivos a levaram a engravidar depois dos 40.
"Minha geração de mulheres acreditou na independência financeira. O importante era fazer o que queria, sucesso, ter um monte de namorados. Foi a época da descoberta da pílula, e então, da liberdade sexual…Felizmente eu percebi, aos 44 do segundo tempo, que o que eu queria mesmo era fazer uma família. Não fazia sentido para mim ter todo o sucesso e só. Fiz questão de compartilhar com todo o Brasil, quando eu tive minha filha, para que as mulheres que foram como eu pudessem correr atrás, que era possível", finalizou a apresentadora, esbanjando simpatia.
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