Sinhá Moça: Elenco enumera fatores responsáveis pelo sucesso
Por Redação - 15/10/06 às 10:05
Desde a aprovação das mudanças feitas por Edilene e Edmara Barbosa, no original do pai delas, Benedito Ruy Barbosa, até a luta pela liberdade conquistada com chibatadas e mortes são alguns dos fatores apontados pelo elenco para justificar o sucesso de Sinhá Moça. Mas a unanimidade recai mesmo é sobre a união da equipe, conforme OFuxico apurou no dia da exibição o último capítulo.
Bruno Gagliasso intérprete de Ricardo, que no remake teve seu amor pela baronesa Cândida (Patrícia Pillar) correspondido, aplaude a iniciativa das autoras.
“Adorei a mudança do destino que o Ricardo teve no original (ele terminava com a Ana do Véu). Acho que é aí que reside o grande barato do ator que precisa ser como um jogador que o técnico muda de posição. Ficou provado que mesmo numa obra concluída, fechada, podem ocorrer mudanças.”
Patrícia Pillar que, por sinal, participou das duas versões de Sinhá Moça (na primeira foi a Ana do Véu) também não viu mal algum nas alterações dos destinos de alguns personagens promovidas pelas filhas de Benedito Ruy Barbosa. Mas seu ponto de destaque é história como um todo, que, em sua opinião, tinha muito o que dizer.
“Essas alterações só foram possíveis porque, felizmente, a nossa sociedade evoluiu de quando foi mostrado o original (1986) e certos valores se tornaram irrelevantes. Hoje há liberdade, democracia. Mas acho que foi priorizada a liberdade da Cândida e ficou acenada uma possibilidade, um quem sabe um dia, até ela envelhecer, ela possa vir a ficar com o Ricardo.”
Reginaldo Faria também aposta que o maior fator de sucesso de Sinhá Moça foi por causa da temática escolhida.
“Para mim é uma história maravilhosa, fora de série, por mostrar uma trajetória histórica, de afirmação de uma raça, de um povo, além das histórias de amor. Claro que houve também muito acerto na escalação do elenco e na direção. O Danton Mello e o Bruno Gagliasso com a Lu Grimaldi faziam parte da minha família e o Osmar Prado, de tão bom que é, me fazia sentir raiva dele. Para mim foi difícil fazer o Fontes, porque ele era um conciliador, e, como tal, vivia sempre em cima do muro. E, às vezes, o ator gosta mais de papéis em que possa botar as coisas para fora.”
Vanessa Giácomo assina em baixo da declaração de Reginaldo Faria. Para ela, o tema central que foi a discussão da abolição da escravatura foi o que mais prendeu o telespectador.
“Adorei o final com o Carlos Vereza lendo a carta da princesa Isabel”, exemplifica.
Eriberto Leão também ressalta a força da história, a ponto de desejar que a mesma seja expandida para toda sociedade.
“Aí sim seria uma sociedade perfeita, na qual todo mundo teria seu lugar.”
Unanimidade
A unanimidade das opiniões, porém, fica por conta do relacionamento da equipe. Osmar Prado, intérprete do maldito Barão de Araruna, por exemplo, cita que a união foi tão grande que ele agregou como se fosse parente os atores Bruno Gagliasso e Danton Mello.
“Agreguei os meninos. Aposto que profissionalmente o Bruno vai arrebentar e o Danton já disse a que veio há bastante tempo”, resume.
Eriberto Leão compara a convivência saudável de toda a equipe de Sinhá Moça a uma pérola.
‘Foi uma pérola de amor, de união, daquele tipo de família: um por todos, todos por um.”
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