Solange Almeida: especialista alerta sobre o vício em cigarros eletrônicos
Por Redação - 18/04/22 às 18:47
Solange Almeida quebrou o silêncio ao falar sobre o vício e a abstinência do uso de cigarros eletrônicos que vinha enfrentando ao longo dos últimos dois anos. Em entrevista ao programa “Domingo Espetacular”, da Record TV, a cantora revelou que o hábito recreativo quase a levou a perder sua principal ferramenta de trabalho.
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“Quase culminou na perda total da minha voz e do meu emocional por inteiro. Me tirou do chão, de verdade. Eu me vi no meio do olho do furacão sem conseguir deglutir, sem conseguir dormir, sentindo uma falta de ar absurda por causa do uso e depois em decorrência da falta do uso, da abstinência do cigarro”, contou.
Considerada uma das maiores cantoras de forró do Brasil, Solange contou que antes de dar início ao tratamento, ela havia decidido colocar um ponto final na carreira por causa das sequelas que contraiu após o vício.
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“Perdi toda vontade do mundo de cantar, já tinha determinado que nunca mais ia cantar. Eu não conseguia atingir os tons com a mesma facilidade, comecei a ficar com a mucosa ressecada, comecei a ter dificuldade para cantar e e dificuldade para respirar”, revelou.
Em outro trecho da entrevista, Solange confessou momentos de fraqueza e revelou que o cigarro eletrônico desencadeou crise de ansiedade. “Qualquer motivo era motivo de eu ter uma crise de ansiedade e correr pro hospital. E tinha que ficar tudo em off, porque eu não queria que as pessoas soubessem daquele momento fraco que eu estava vivendo”, disse.
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Solange expôs que foi atraída pelo uso do cigarro eletrônico por ser mais “atrativo” que o cigarro convencional e que, em pouco tempo, passou a não ter controle sobre o uso. “Eu esperava o meu marido dormir para fazer uso do cigarro. Eu acordava para ir ao banheiro e fazia uso do cigarro. Acordava cedo, ia para a padaria e já tinha um cigarro eletrônico dentro do carro para que eu usasse. A coisa estava fugindo completamente do meu controle”, relatou.
ESPECIALISTA FAZ ALERTA
A médica pneumologista do Hospital Albert Einstein e da UTI do Incor da Faculdade de Medicina da USP Dra. Roberta Fittipaldi falou ao OFuxico sobre dispositivo. “O cigarro eletrônico possui diversas substâncias químicas e aldeídos tóxicos além de nicotina. A maioria usa gelo seco para carrear a nicotina até os pulmões. Essas substâncias aquecidas geram um aerossol muito fino que lesa estruturas pulmonares e vasculares. Portanto, os riscos são de lesão pulmonar, enfisema, bronquite crônica pneumonias químicas, além de agravar problemas respiratórios prévios como a asma”, contou.
Outra informação importante dada pela especialista é de que o uso do cigarro eletrônico pode a qualquer hora levar a pessoa a consumir o cigarro convencional. “O cigarro eletrônico também possui nicotina que vai causar dependência e necessidade de uma concentração maior da substância para gerar a sensação de bem-estar, gerando desta forma, dependência física e química”, explicou.
E por fim, a Dra. Roberta Fittipaldi falou a respeito das consequências que podem levar o usuário a óbito. “Qualquer substância tóxica, seja ela inalada ou não, é caracterizada por agitação, inquietação, tremores, insônia, boca seca, aceleração dos batimentos cardíacos, aceleração da respiração. Em casos mais graves, crise de ansiedade, crise hipertensiva e até infarto do miocárdio”, alertou a especialista.
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