Stan Lee abre processo de 1 bilhão contra empresa por roubo de identidade

Por - 16/05/18 às 20:10

Reprodução/Instagram

Stan Lee abriu um processo de 1 bilhão de dólares contra uma empresa que ele co-fundou, a POW! Enterteinment. O empresário alega que a empresa e os dois oficiais tentaram roubar sua identidade, nome e imagem num ‘esquema nefasto’, que também envolvia uma venda simulada a uma empresa chinesa.

A POW! Entertainment foi adquirida em 2017 pela Camsing International, de Hong Kong. Lee alega que Shane Duffy (CEO da empresa) e o co-fundador Gill Champion não revelaram os termos do acordo antes de fechar o negócio. Na época da negociação, Stan tinha sua esposa no leito de morte, além de ter perdido parte da vissão por uma degeneração macular em 2015, os empresários se aproveitaram de todos esses problemas para passar a perna no mestre dos quadrinhos.

Stan Lee afirmou que Duffy e Champion, junto de seu ex-empresário Jerardo Olivarez (também está sendo processado por fraude), pediram para ele assinar uma licença não exclusiva com a POW para o uso de sua imagem e nome em conexão com trabalhos criativos licenciados pela empresa. Em vez do que prometido pelos empresários, o fundador da Marvel assinou um contrato de exclusividade de seu nome, identidade e imagem.

De acordo com The Hollywood Reporter, na queixa apresentada na terça-feira (15), no Tribunal Superior do Condado de Los Angeles, Lee sempre foi seletivo em relação ao uso e licenciamento da imagem e sempre só autorizou contratos não exclusivos.

"Lee não se lembra de alguém que tenha lido o documento ilegítimo para ele e, devido à sua degeneração macular avançada, ele não poderia ter lido ele mesmo. Enquanto o documento Ilegítimo contém a assinatura de Lee, Lee nunca o assinou intencionalmente. Ou Duffy, Champion, Olivarez ou a POW! forjaram as assinaturas de Lee; ou copiaram a assinatura de outro documento e puseram no documento, ou alguém, provavelmente um dos réus, induziu Lee a assinar o Documento Ilegítimo usando uma isca e mudando de tática: dizendo a Lee que era outra coisa. ", foi escrito pelo advogado Adam Grant na denúncia.

O pai da Marvel também afirmou que a empresa assumiu o controle de suas contas nas redes sociais, se passando por ele. Lee pediu na liminar 1 bilhão de dólares (cerca de 3,65 bilhões) e a declaração da invalidez do documento.

Em abril, a empresa acusada publicou uma carta aberta para os fãs, alegando preocupação com a gestão pessoal pobre de Stan Lee, após serem divulgadas alegações de abuso de idosos.

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