Suely Franco e Ary Fontoura encantam na TV como casal
Por Redação - 07/07/19 às 18:00
O entrosamento de Antero e Marlene nas cenas de A Dona do Pedaço, reflete a relação de seus interpretes fora do set. Em entrevista ao jornal Extra, Ary Fontoura, de 86 anos, contou que em seu mundo ideal, viveria num prédio de três andares. Moraria no primeiro, haveria um segundo neutro e o terceiro seria habitado por Suely Franco, de 79.
"Eu gritaria, 'Suely, tá tudo bem por aí? Está sumida. Desce para o segundo, vamos tomar café".
A analogia serve para ilustrar a história de amor que existe entre os dois há um perder de anos. Ary e Suely já foram par romântico, colegas de palco, de núcleo e formaram uma parceria de vida. Não por acaso, viraram o casal sensação da trama de Walcyr Carrasco. Na ficção, estão curtindo o momento da paixão madura. Na vida real, se bastam sozinhos e não pensam no passar do tempo.
"Vivo no presente. Só sei que tenho que gravar amanhã", diz Suely.
Os dois falam sobre a empatia dos personagens.
"Acredito que exista um carinho, uma empatia grande pelo nosso trabalho ao longo dos anos. Isso ajuda os personagens serem amados", diz Ary.
Para Suely, o romance entre um casal de idosos caiu no gosto popular porque subverte a juventude.
"O amor não tem idade. Mas ver que é possível duas pessoas, que já viveram tudo na vida, estarem se redescobrindo no amor é algo que enche os corações de esperança. Quantos casais não foram formados após os 70 anos?".
Suely foi casada duas vezes, tem um filho na faixa dos 50 anos e não teve netos. Essa lacuna foi preenchida nos três anos em que viveu Dona Benta, na versão mais recente de O Sítio do Pica-Pau Amarelo. Hoje, ela não pensa mais em unir escovas de dente.
"Gosto do meu espaço, da minha casa. Não sinto necessidade de ter um marido. Pode acontecer de me apaixonar? Pode. Mas não é uma questão".
Ary nunca foi casado. O matrimônio quase aconteceu quando tinha 31 anos. Havia uma namorada em Curitiba, onde nasceu. Mas quando ele percebeu que a cidade tinha se tornado pequena para seus sonhos, o relacionamento não resistiu.
"Eu disse a ela, 'podemos ficar noivos e casar. Mas você tem que ir comigo'. A mãe dela achou que a filha não poderia viver uma vida de cigana, sem garantias. E ela ouviu a mãe. Ou seja, não gostava de mim o suficiente. Pois eu gostava e a seguiria por onde fosse", conta Ary, que nunca mais chegou perto do altar.
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