Supla: “Não preciso seguir o que a sociedade fala”

Por - 06/02/13 às 08:33

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Em entrevista ao site Dia-a-Dia, Supla falou um pouco sobre sua família, vida pessoal e política, Depois de ver uma foto de John Lennon em frente à estátua da liberdade, tirada em 1974,o cantor conta que teve a inspiração para criar a canção Viva Liberty, que faz parte do disco On My Way, da banda que divide com o irmão, João Suplicy e que, no ano passado, liderou a lista dos mais vendidos na FNAC.

Sobre a canção citada acima, onde um de seus trechos diz “Tudo o que quiser, você pode ser. Viva a liberdade”, Supla dá um recado:

“Quer ser a Lady Gaga? Seja. Quer ser livre? Seja”.

Ainda na entrevista, Supla afirma que não é petista como os pais, o senador  Eduardo Suplicy e a ministra da cultura, Marta Suplicy. E diz que, apesar de sempre incluir palavras em inglês em suas frases, ele jamais esqueceu de suas raízes.

“Quem não gosta do meu pai ou da minha mãe automaticamente não gosta de mim, e tudo por causa de partido. Acho chato isso.” 

E completa:

“Por isso, fui aos Estados Unidos em 1994, para encontrar minha própria identidade. Estou aí até hoje pelas minhas próprias pernas”.

Supla fala que, por mais que seu pai tenha um trabalho incrível, o partido do qual faz parte, o PT, acaba colocando-o de escanteio.

“Quando ele vai aos comícios, é o mais ovacionado. Isso é uma resposta para o Lula: ‘Se manca, mano!’.” 

Segundo Supla, foi sua mãe quem manteve o sustento dele e dos irmãos quando trabalhava na TV Mulher, além de garantir que ela foi uma ótima prefeita de São Paulo.

“Meu pai só conseguiu fazer carreira e sustentar os três filhos, em escolas muito boas, por causa da minha mãe. Quem pagava muitas contas em casa era ela, e as pessoas esquecem muito isso”.

A educação recebida em casa é uma das coisas mais importantes que ele leva para a vida.

 “Não importa se você é a jornalista mais f… do pedaço, vou conversar como se você fosse o cara que está morando na rua. Essa foi a melhor educação que pude ter dos meus pais: a simplicidade.” 

O cantor disse também que o mensalão não é exclusividade do PT.

“Isso vem de muitos anos, desde a época do Fernando Henrique. (O que aconteceu é que) o (Roberto) Jefferson não recebeu o dele e fez o que fez”, analisa.

Ainda na entrevista, Supla diz que tem certeza de que o pai jamais sairá do PT, partido que ajudou a fundar.

“Vai para outro partido aos 70 anos de idade? Fala sério. Ele acredita naquela bandeira que ergueu. A única resposta que pode dar é fazer sua parte na dignidade, na honestidade, e lembrar que estar ali como político é fazer um trabalho voluntário.” 

Em 2001, Supla participou de um dos primeiros reality shows da TV brasileira, a Casa dos Artistas, do SBT, no qual chegou a final e foi o segundo colocado. Ele conta que, a princípio, achava que todos os participantes seriam cobaisa do apresentador Silvio Santos e que depois percebeu ter deixado sua marca na atração que teve como vencedora a atriz Bárbara Paz, com quem Supla teve um breve romance.

“Quando entramos lá, pensei que éramos cobaias do Silvio Santos. E eu não estava nem aí para ele… Por isso que gostou de mim, porque todo mundo só fica puxando o saco dele, né?”. 

Sobre o programa Ídolos, do qual foi jurado em 2012, o cantor não sabe dizer se, no caso de ser avaliado, poderia ser um dos escolhidos.

“As pessoas me perguntam: ‘Você iria passar?’ Não sei, talvez sim, talvez não. Bob Dylan será que iria passar? Talvez não. É relativo. Tem várias formas de conseguir entrar para o mercado. E se você entrar pelo Ídolos, é uma forma justa e honesta. Não é fácil se expor desse jeito”, diz.

Aos 46 anos, Supla não pensa mais em casar e formar família, pois acha que agora não precisa ter ninguém a seu lado.

“Não preciso seguir o que a sociedade fala.” 

Apesar do jeito moderno e roqueiro, Supla não é do tipo que topa tudo e se diz até um pouco careta, quando o assunto é sexo a três.

“Quer comer minha namorada? Isso eu não gosto de ver, não. Tipo coisa de casal louco. Não curto isso. Tô fora”.

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