Susana Vieira: “Tenho um marido em casa que às vezes preciso cuidar”

Susana Vieira, Patrycia Travassos, Arlete Salles e Thereza Pfiffer se reuniram para uma coletiva de imprensa, nesta quinta-feira (11), em São Paulo, para anunciar a temporada paulista do sucesso A Partilha. A peça de Miguel Falabella está celebrando duas décadas de existência.

Em uma conversa descontraída, as atrizes falaram sobre a temporada de espetáculos em São Paulo e a dificuldade que é ficar na ponte aérea de quinta a domingo.

“É muito mais complicado ficar na ponte aérea. A Arlete tem a mãe para cuidar no Rio, eu tenho um marido em casa que às vezes preciso cuidar. Essa vida de hotel acaba sendo muito ruim, principalmente para nós mulheres que temos que cuidar da casa, dar comida pro cachorro”, desabafou Susana Vieira.

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A atriz atualmente vive com Sandro Pedroso, que é 41 anos mais novo do que ela. 

Questionadas sobre se o espetáculo foi atualizado para os dias de hoje, já que ele foi escrito nos anos 90, Patrycia foi enfática:

“O texto é um clássico. A peça é um grande clássico do teatro brasileiro e não tem porque ser atualizado. A única coisa que mudou foi o valor do apartamento que vai ser partilhado e trocamos as cartas por e-mails”.

Complementando a fala da colega, Arlette declarou que esse era um receio tanto do elenco, quanto da produção:

“A gente se perguntou se íamos conquistar as pessoas dessa nova geração, mais tecnológica. Nós nos apresentamos em um teatro no Rio de Janeiro, o Oi Casa Grande, conhecido por receber musicais e tivemos a casa cheia durante todos os dias de apresentação. O mesmo público dos musicais.

Já Susana, sempre simpática e sorridente, brincou em relação aos preços:

“Vocês acreditam que cobramos os mesmos preços que cobrávamos há 22 anos? Antes era 40, 50, 60, acho que cruzados, cruzeiros. É só fazer o câmbio. A gente está muito feliz porque continuamos. A gente não desistiu. Baixou o ministro da economia aqui hoje. Ando muito política esses dias, estou insuportável”.

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Mostrando-se muito animadas em participar da peça, as atrizes lembram de como tudo começou:

“O Miguel (Falabella) fingia que estava com a história escrita já. Ele ligava e falava o capitulo 3 está pronto. Mas era tudo mentira. Ele ia observando nossas reações e o que tínhamos para acrescentar. Depois ele nos contou que tudo da peça aconteceu perto dele. Lógico que ele juntou várias histórias, tudo com muito humor. O Miguel é muito observador, por isso é um grande escritor”, conta Patrycia.

Susana finaliza falando que ela pode dividir a vida dela, assim como de suas colegas de elenco, entre antes e depois da A Partilha:

"Foi depois que fizemos A Partilha na primeira vez é que descobrimos nossa independência profissional, vimos que conseguíamos encher um teatro e não precisávamos mais esperar por trabalhos na televisão, dando-nos segurança. Além de ter feito toda a nossa base financeira”.

“A Partilha só acabou porque a casa em que nos apresentávamos pegou fogo. Cenário, figurino, queimou tudo. Dizem que foi criminoso, que tinham motivos políticos. Acho que foi inveja!”, continuou Susana, aos risos. 

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