Susana Werner fala sobre vida com o marido, o goleiro Júlio César

Susana Werner tem motivo em dobro para torcer pelo Brasil na Copa do Mundo da África do Sul. Além de ser a seleção do seu país de origem, ela também é esposa do goleiro titular, Júlio César. Em entrevista para a coluna de Mônica Bergamo, do jornal Folha de S. Paulo, ela fala sobre a expectativa para o campeonato mundial e porque decidiu largar a carreira de atriz para se dedicar ao marido. 

“Recebo milhões de e-mails: "Você abandonou a profissão?". Queriam que eu largasse o homem da minha vida e ficasse morando no Brasil? Meu contrato com a TV Globo começou em 1996, quando eu tinha 17 anos, e terminou em 2002. Segui minha vida com o Júlio. Foi uma escolha sem escolha. Costumo dizer que não adianta fazer cabo de guerra com alguém com o lado mais forte. A gente ia se separar, não ia ter jeito. É difícil estar feliz 100% em tudo”, disse.

Susana mora na Itália, em um apartamento de 270m² em frente ao estádio do Inter, onde Júlio César joga. Mas nem sempre foi assim: "Morávamos num apartamentinho minúsculo em Verona. Um frio do caramba, neve para todo o lado. O Júlio tinha contrato com o Chievo e não jogava por causa da lei que limitava o número de estrangeiros (nos clubes). E parou de ser convocado para a Seleção. Imagina a crise na cabeça de uma pessoa que era ídolo no Flamengo, que durante três anos foi aplaudido em campo, ir para outro país e não jogar. Ele chorava", contou.

Agora o casal sonha em ter uma casa no Brasil. “Talvez uma casa em Angra ou Búzios. O Júlio tinha um sonho de ter um carro bom e ele comprou uma Lamborghini. Eu não ligo pra roupas, marca, nada. Aprendi com ele a valorizar o dinheiro. Antes, tudo o que eu ganhava, gastava com as amigas. Enchia uma mesa no Porcão [churrascaria do Rio], comprava roupas. Com 18 anos eu já tinha dois contratos: com a Globo e o SporTV. Ganhava R$ 15 mil sem fazer esforço. Com 17 anos, comprei um Gol. Com 19, tinha um Audi”, lembrou. 

Sobre os jogos da Copa, Susana só pretende viajar até a África do Sul se o Brasil chegar às finais e confessa que sofre mais do que os outros torcedores. “Pra mim é difícil, porque o Júlio não faz gol. Ele é goleiro, tem que não tomar. Me descabelo, pareço uma maluca. O Júlio esperou muitos anos pra ser titular. Em 2002, achava que tava dentro. Ficou sentado na frente da TV e não foi chamado. Neste dia, ele chorou”, disse; 

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