Suzana Pires: “A sensualidade não é estudada, ela aparece”
Por Redação - 17/10/12 às 13:55
Suzana Pires tem tirado o fôlego de muito marmanjo. No ar em Gabriela, na pele da teúda e manteúda Glorinha, ela tem protagonizado cenas que rendem elogios nas ruas. Na noite de terça-feira (16), por exemplo, sua personagem aparece nua em pêlo pelas ruas de Ilhéus, após ser expulsa de casa com seu amante professor, pelo coronel que a sustentava. Deu para o púboico ver o corpão em forma que a atriz tem.
Mas, aviso aos grandalhões: a atriz está namorando e muito feliz com seu parceiro, Diogo Sacco.
Em conversa com O Fuxico, ela contou como anda a repercussão de sua personagem nas ruas, falou sobre seus projetos como atriz e autora, bem como de seu namoro. Confira!
OFuxico – Você é bacharel em Filosofia. Isso aconteceu antes de ser atriz?
Suzana Pires – Na verdade, sou atriz desde 16 anos e fui fazer faculdade de Filosofia para somar na minha carreira. Com a Filosofia fiquei mais segura.
OF – A Glorinha, de Gabriela, tem uma vida tranqüila com seu coronel Coriolano. Mas, arrumou um amante, o professor Josué. Você acha que isso vale a pena, se arriscar para ter prazer?
SP – Acho que ali está claro que ela não é casada com Coriolano. Ela presta serviço e no serviço está incluso a exclusividade. Ela ultrapassou o limite e se apaixonou pelo professor, ela gosta dele, então acho que esse é um caso que tem um trabalho e não respeitou o contrato.
OF – Em Fina Estampa você fez a jornalista sedutora e agora em Gabriela também é alguém envolvente. Como é fazer estes personagens tão sensuais?
SP – A sensualidade está em todo mundo. Não é algo que você força. Se você pensar ser sensual em alguma situação, você não é. Para o trabalho é algo orgânico, sabe, muito natural, nunca pensei que a partir de uma respiração, de uma emoção, num processo de construção, a personagem toma logo o lado da sensualidade, na medida que tem que ser. São dois mundos diferentes, a sensualidade não é estudada, ela aparece.
OF – Existe algum tipo de personagem que você gostaria de fazer?
SP – Eu não escolho, acho que quando o ator recebe a confiança de um autor para interpretar seu personagem, isso é demais. Fica fora da ordem prática, é muito maior, uma responsabilidade muito grande. Quando recebo um personagem, agradeço e faço da melhor forma possível e respeito o que vem. E vem sempre na hora certa, com recurso que dá para fazer.
OF – Tem como nomear a personagem que mais gostou de fazer até hoje?
SP – O que mais gosto é o que to fazendo no momento, estou completamente entregue. E sempre é assim, não tenho como dizer que gosto mais de um que de outro, gosto sempre daquele que estou interpretando.
OF – Quais os trabalhos para depois de Gabriela?
SP – Olha, tenho duas funções, a de atriz e de autora. Desde o final de Fina Estampa estou trabalhando na equipe do Walter Negrão, desenvolvendo o texto de O Caribe é Aqui. Em janeiro vou fazer um filme chamado Aprendiz de Samurai, com produção do Fernando Meirelles com direção de Stefano La Pietra. por hora é isso, vamos ver como fica o próximo ano.
OF – O que você mais gosta de ver na TV?
SP– Como todo o país, ando assistindo Avenida Brasil (risos).
OF – E para quem você torce?
SP – Olha é uma historia tão cheia de sustos que não tenho torcida. Só quero que o Tufão seja feliz, nem sei o que quero para os outros personagens, mas sei que Tufão merece ser feliz.
OF – Suzana Pires é boa nas panelas?
SP – (gargalhadas) Sou um desastre na cozinha. Porque começo a cozinhar, falo no telefone e esqueço, daí já queimou tudo. Não consigo me convcentrar. Quem faz comidinha boa é o Diego.
OF – É Diogo então que assume a cozinha?
SP – Às vezes. Não temos muito tempo para cozinhar e dar a atenção ao alimento ocmo deveria ser. Ele é gaúcho e faz um churrasco delicioso.
OF – Como anda o namoro?
SP – Muito bem, obrigada (gargalhadas). Está tudo muito bom.
OF – Como é a reação das pessoas na rua em relação a sua personagem de Gabriela?
SP – Xiiii (risos). O povo fala cada coisa que nem imaginava. Virei um verdadeiro consultório das mulheres. Elas ficaram querendo ser iguais a Glória e acho que a personagem despertou a libido da mulherada (risos).
OF – E os homens, como reagem?
SP – O homem brasileiro é muito respeitador, chegam para falar e são mais comedidos. As mulheres não, elas querem me contar intimidades (risos).
OF – Você tem uma produtora também?
SP – Tenho a Suzana Pires Produções. Tenho um projeto de um espetáculo chamado Cordel do Amor Sem Fim, que vai estrear no Teatro Miguel Falabella (RJ). Nós pegamos novas produções e encaminhamos para que possam gerenciar os trabalhos. A A4 ganhou uma seleção e entrou em cartaz com este espetáculo que citei e está no Falabella toda terça e quarta-feira, às 18h, um horário alternativo. A direção é de Letícia Carneiro e o texto é de Claudia Barral. Na produtora vou só para fazer um direcionamento artístico, porque não tenho muito tempo para ficar lá. Mas isso também faz parte das minhas atividades.
OF– Qual seu maior sonho?
SP – Sempre foi viver do meu trabalho, acho que isso é relevante para artista no Brasil. Procuro fazer deste sonho, diariamente, o melhor. Todo dia é no presente que se realiza um sonho.
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