Suzy Rêgo: ‘Sou mafiosa, piegas, cafona’

Por - 20/05/15 às 16:22

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Como O Fuxico noticiou, Eduardo Martini e Suzy Rego vão atuar juntos, pela primeira vez, no teatro.

Em uma comédia que nasceu da parceria entre Eduardo Martini e Cris Nicolotti, o texto traz as intimidades de Otávio (Eduardo Martini) e Maria Eduarda (Suzy Rego), durante os seus 20 anos de história. Com inteligência e romantismo,  a peça Até que o Casamento nos Separe não é só uma grande comédia, mas uma sequência de momentos hilários que poucas vezes são tão bem colocados. Tavinho e Duda, com a maior sinceridade, abrem sua vida, cheia de comédia, contrapontos e riqueza de detalhes onde fica absolutamente impossível não se identificar com algum fato da vida deles

Numa conversa descontraída com O Fuxico, durante um dos ensaios do espetáculo, Suzy e Edu falaram sobre o trabalho junto, o dia a dia de um casal, as expectativas com o espetáculo e como é que duas feras estão tocando os ensaios do espetáculo que estreia sexta (22) no Teatro União Cultural, em São Paulo.

O Fuxico – Como é que duas feras na interpretação se sentem dividindo o mesmo palco?

Suzy Rêgo: 'Sou mafiosa, piegas, cafona'Eduardo Martini – Trabalhar com a Suzy é do cac***. (risos). Ela tem um potencial emocional enorme, um domínio total do que faz. Fez teatro a vida inteira, tem entrega, disciplina, é completamente diferente trabalhar com ela. Passamos algum tempo aqui ensaiando,  conversando, não tem stress. É uma divisão de palco gostosa, tranquila. A sensação que tenho é que estamos fazendo a mesma coisa.

Suzy Rêgo – Estamos multiplicando no palco, nossa conta é de somar e multiplicar. Admiro, acompanho o Edu como ator, diretor, produtor e tinha muita vontade de trabalhar com ele. Estava aguardando a oportunidade. Estou feliz. Sentia um comichão de voltar ao palco, onde mais me sinto abraçada e acarinhada. Uma comedia escrita e dirigida por ele me dá um prazer enorme. Temos muita clareza, ele é um diretor objetivo,  sabe como está trabalhando, percebeu  meu ritmo e percebeu meu traço no palco. Gosto de ser dirigida. E gosto das diretrizes dessa peça. O Martini é extremamente generoso e nos divertimos muito. Tenho uma hora da vida para cuidar dos meus filhos e de outros afazeres . Esse trabalho me permite isso. O nosso coleguismo, essa consciência, toda… Está chegando a hora e estamos animados. O prazer que sentimos queremos derramar em toda a plateia. Somos muito coesos e é bom trabalhar com ele que é extremamente focado no que faz. Eu não sei o que quero; sei o que não quero. E ser dirigida por ele é o máximo. Fiquei uma temporada emcat-rtaz com o Divórcio e agora com Até que o Casamento… Então eu brinco que sou uma ‘atriz matrimonial’ (risos).

OF – Por que esse encontro  não tinha acontecido antes?

EM – Cada coisa tem sua hora, tem  um caminho, uma historia. Muita gente dizia que eu devia remontar o Casamento. As coisas foram acontecendo. A gente não programa nada. A gente só convida, a pessoa aceita e pronto, tudo vai fluindo como deve ser.

SR – Eu tive meus momentos comprometida com outros projetos. Eu e o Martini, somos  extremamente agitados em fazer varias coisas numa mesma temporada. Pensamos um no outro em vários momentos. Dessa vez deu certo, terminei a novela com muitos convites de trabalho, mas é impressionante: recebi uma mensagem dele e estava tão atarefada que não vi. Depois de um tempo, escrevi a resposta e ele me disse que ainda estava em tempo. Deu certo. E está tudo muito gostoso. O Martini tem em mãos um cardápio maravilhoso de trabalhos, um lugar bacana que é esse teatro. Quando sinto preguiça penso nele, uma pessoa completamente destemida, que fala com você, atende o telefone, fecha trabalho com grupos, fecha trabalhos dele, e não se esquece dos detalhes do meu figurino. É gentil, com as pessoas, é  profissional, exigente. Gosto de gente assim.

OF – Suzy, você é casada há 10 anos com o Fernando Vieira. Como fica a convivência após tanto tempo junto?´

SR – Parece que nosso casamento começou ontem, tem um frescor maravilhoso. Me emprenho pra fazer as coisas. Somos uma super equipe, parceiros, divertidíssimos, temos aquela coisa de acreditar nisso, gostamos dessa parceria, desse modelo que nos comprometemos. Temos certas regras em casa. Quer ter uma conversa? Marca, sai conversa e desabafa. Sou totalmente anti briga. No palco terá brigas e picuinhas, mas na vida estabelecemos  que o melhor é a união inteligente emocionalmente. Se começarmos a competir não dá. Só rende se tivermos muita coerência um com  outro. Se ele pede colo, compreensão, eu dou. Ele é um pai do tipo pau pra toda obra e combinamos assim. Sabemos que há dias em que eu poderia me distanciar. Teve um dia ele queria ‘folga’ e viajou, passou semana fora, sozinho. E também se não esteve sozinho, problema dele (risos). Mas acredito em nós, porque somos maravilhosos (risos). O melhor é falar absurdos estapafúrdios pra quem você convive todos os dias. Sou excelente namorada, como esposa mais ou menos (risos). Sou mafiosa o que for pra falar da gente que não está bem, falamos no cantinho. Sou cafona, piegas. Se eu praticasse academia como pratico a felicidade, certamente estaria o máximo!

EM – A visão deles (Suzy e Fernando) cria uma nova forma pra que eu interprete o que eu mesmo escrevi. A cena vira outra coisa. A historia dela como mulher é maravilhosa. E Suzy é absolutamente dirigível, a gente tomou um café de 3 horas, que deu pra ver como somos e como queríamos que tudo fosse. E deu tudo tão certo, sabe?. Temos a equipe de produção, de figurinos. O Fernando é meu amigo desde 1990 e eu disse que precisava convocar um professor para fazer umas marcações. E como coach incrível que ele é, ele deu um show com a gente.

OF – Suzy, ainda tem muita repercussão depois da personagem Beatriz de Império?

SR – Sim. Ela está viva diariamente. Sou super dona de casa, bato perna, ando pelo bairro, mercado, levo e busco meus filhos na escola. As pessoas me encontram com facilidade na rua, no aeroporto e me dizem ‘sinto tanta saudade de você no comendador’ ou ‘adorava você no comendador’. Eu brinco que a novela não chamou Império, e sim, Comendador (risos). É tudo muito recente, está na lembrança, as pessoas se manifestam, querem a parte dois da novela. Isso me enche de alegria e gratidão. É muito bom ouvir e ter esse respaldo de quem gosta da personagem e também de  ter feito parte desse projeto tão bem sucedido, uma novela do horário nobre elogiada, líder de audiência. Só tenho a celebrar. A Beatriz ainda é uma onda de muita alegria.

OF – O que a beatriz trouxe de presente pra você?

SR – É uma mulher extremamente evoluída, deixou a lição de compaixão, cumplicidade, amor maior pelo ser humano. Ela tem muita fibra, acredita na união familiar. É uma fortaleza, uma mulher muito  boa. Ela só veio como um desafio pra mim como intérprete, com lições diárias. Ao ler o texto, eu ficava encantada. Sou anti tapa no bumbum, então dá pra ter uma ideia de quão difícil foi dar aquele tapa na cena com o filho? Eu discordei da cena, mas minha missão é fazer o que a cena pede. Foi saboroso estar na pele dela e convencer as pessoas, dissolver o preconceito em muita gente, mudar a opinião de um monte de gente.

OF – Na TV já tem algum convite para novela?

SR – Não. Normalmente tem uma pausa, pra gente dar uma reciclada, uma respirada. Mas nada fechado ainda não.

OF – Como concilia a vida pessoal, o iMãe (Suzy divide o projeto com Maria Cândida, Vanessa Jackson, Mônica Carvalho e Solange Frazão pelo canal Youtube) com os ensaios e as demais coisas da vida?.

SR – Isso é uma coisa interessante. A vida de cada uma, as datas que tenho livres, meu diretor no iMãe, o Audrin Mazzei, é um fofo. A Maria Cândida lançou um  livro sobre as mulheres e percebeu a necessidade de um grupo, cada uma na sua área, falando de maternidade. E temos muitas mães conectadas. O trabalho rola com muita descontração, com historias divertidas, pra quem é mãe, quem quer ser mãe, tem agora essa ferramenta descontraída. Recebemos muito material para ler, sugestões de temas. Esse universo é de uma vastidão incrível. È bom ver a mãe que trabalha fora, que cria filhos sozinhas, que são amigas, ou não, do ex, enfim, não faz um mês que começamos esse trabalho e estamos contentes por vê-lo em todas redes sociais. E da pra dividir tudo muito bem.

EM – Conheço bem a Solange (Frazão) e a Suzy, posso falar delas  como mãe. Ouço historias incríveis que mostram para todas as mulheres, que tira do pensamento aquela coisa ‘ah, ela é rica, ganha milhões, tem babá'. Não. A pessoa famosa também é mãe, é normal. Tem a coisa real de educação. E olha, quem tem acesso à internet nem sempre tem o poder de educar seus filhos tão bem. Porque a escola e o professor devem ensinar. A educação vem de casa. Essas mulheres maravilhosas criaram o iMãe e se dispõem a fazer e mostrar a visão empreendedora da mulher. O programa é ótimo e devia virar uma atração da Globo, sabe, num horário em que as mães que assistem podem relaxar e curtir, para ter uma orientação no dia a dia sabe? As pessoas dizem que não têm tempo. Mas as mulheres são completamente diferentes de tempo. As épocas são diferentes e o tempo rola para todas. São cinco cabeças diferentes falando de um tema superimportante para as mães.

Serviço:
Até que o Casamento nos Separe
Local: Teatro União Cultural, Rua Mario Amaral, 209 – Paraíso. 200 lugares. (Estacionamento conveniado em frente) 
Estreia: : 22/05, às 21h30
Informações:  (11)  2104 2908
Ingressos: R$ 60,00 (inteira) e R$ 30,00 (meia)  
Duração: 90 min
Classificação: 14 anos 

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