Tata Werneck relembra abuso e chora: ‘Precisava sobreviver’

Por - 05/11/24 às 08:07

Tata Werneck chora no Lady NightTata Werneck chora no Lady Night - Reprodução

Durante o “Lady Night” exibido na última segunda-feira (4) no canal Multishow, Tata Werneck fez uma revelação pessoal e emocionante. Em conversa com Débora Falabella, a apresentadora compartilhou uma experiência de abuso que viveu anos atrás, tocando profundamente os espectadores.

Reação de Tatá Werneck

A entrevista girava em torno de “Prima Facie”, peça em que Débora interpreta Tessa, uma advogada que enfrenta a complexidade do sistema judiciário após sofrer violência sexual. Tata relatou que, ao assistir à peça ao lado dos pais, foi lembrada da experiência de abuso que enfrentou e da forma como a denúncia foi recebida pela polícia.

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“Estou emocionada porque fui assistir a essa peça com meus pais. Nunca falei disso porque tenho medo de falar sobre isso… Eles lembraram quando eu passei por uma situação super séria, e as perguntas que me faziam sempre diminuíam ou descredibilizavam o que eu dizia”, disse.

Tata ainda compartilhou a sensação de descrédito durante seu depoimento às autoridades: “Descredibilizavam como se eu não estivesse falando a verdade. Perguntavam: ‘Como ele era? Ele estava vestindo o quê? Mas você estava assim? Por que você não gritou? Por que não chamou a polícia?’ Porque eu estava com medo. Eu estava desesperada”.

Tata Werneck chora com apresentação de Dona Déa, mãe de Paulo Gustavo

Apoio de Débora Falabella

Débora concordou, reforçando como o trauma pode afetar a memória das vítimas. “A gente talvez nem se lembre de tudo porque está passando por um trauma”, afirmou. A apresentadora complementou que, durante o episódio, só conseguia pensar em sua própria sobrevivência.

A Importância de “Prima Facie” para o Debate sobre Violência e Justiça

Tata destacou a importância do monólogo interpretado por Débora. Na peça, Tessa, antes conhecida por defender homens acusados de violência sexual, passa a questionar o sistema judiciário ao se tornar vítima. “Essa peça tem que ser assistida, a Débora é brilhante, a peça é fundamental. Ela tem que ser assistida por mulheres, por pais, por homens, por pessoas do poder público”, ressaltou, evidenciando a relevância da obra para ampliar o debate sobre o tema.

Formado desde 2010, já passou pelas editorias de esporte e entretenimento em outros veículos do país e atualmente está no OFuxico. Produz matérias, reportagens, coberturas de eventos, apresenta lives e ainda faz vídeos curtos para as redes sociais