Thaila Ayala relembra passado difícil e fala sobre sua conversão

Por - 04/12/16 às 15:00

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Em agosto deste ano, Thaila Ayala causou comoção nas redes sociais, ao postar seu batismo na Igreja Pentecostal Anabatista, em Caxias, na Baixada Fluminense. A atriz não queria mais falar sobre o assunto, estava fora do país outra vez.

Passados três meses do rebuliço causado pelo momento de fé compartilhado, ela se sente mais à vontade para falar de sua busca espiritual, sem que isso se torne um chamariz. Aos 17 anos, a atriz passou por um momento delicado com o suicídio do pai.

"Ele se matou por problemas que a falta de dinheiro causou", contou ela ao jornal Extra..

Durante um tempo, Thaila não conseguia falar sobre a morte dele. Fez e faz terapia há anos e procurou respostas em diversas religiões, do budismo ao hinduismo, do catolicismo à cabala.

"Precisava saber que ele não tinha ido para o inferno, que a gente iria se reencontrar".

A atriz fez primeira comunhão, crisma, ia à igreja. Mas foi num culto cristão que ela viveu sua experiência mais significativa.

"Tinha preconceito com o evangélico, achava que era aquele que vendia espaço no céu. Até que uma amiga insistiu para eu ir com ela. Estava precisando e fui. Nem sabia que igreja era. Não sei dizer o que aconteceu lá, mas me senti tão emocionada. E quando fizeram uma oração para mim, caí no chão, completamente tocada pelo Espírito Santo. Nunca vivi algo tão forte. Eu dava risadinha dos meus amigos crentes quando contavam isso. Mas eu vivi!".

Ela descreveu detalhes ao jornal Extra.

"Quando me batizei, queria ser uma pessoa melhor e caminhar ao lado de Deus mesmo. Eu acordo todo dia e tento entender o Deus em que acredito e é muito difícil essa busca. Ainda não me sinto 100% ligada à uma religião. Acho até que muitas vezes a religião separa as pessoas".

A atriz lê a Bíblia, às vezes se confunde, liga para sua orientadora, quer entender o que o livro diz. Se vê mudada não só pela religiosidade, mas mas pela chegada dos 30 anos, além de se mostrar menos impulsiva, mais racional e muito focada

"Não tive crise, estou muito mais madura, tem algo libertador nessa idade. Fiz seis filmes esse ano. Se em 2017 estrearem estes e outros que já foram rodados antes, as pessoas vão dizer: 'ai , meu Deus, essa mulher de novo!'", brinca ela.

Ao jornal, ela garante que não correu atrás de uma carreira internacional.

"Fui passar três meses fora do Brasil quando me separei do Paulo (Vilhena, com quem foi casada cinco anos). Precisava me encontrar, passar por essa dor sozinha, num lugar onde pudesse me sentir livre. Tinha paparazzo na minha porta o dia todo no Rio. Não dava. Precisava me reorganizar".

Mais uma vez está solteira, após terminar o namoro com o modelo francês Adam Senn, há três meses, ela afirmou estar bem.

"Estou numa fase em que preciso estar comigo mesma. Ele é sensacional, mas eu não estava totalmente dedicada à nossa relação".

Os dias de Thaila, porém, não são solitários. Se tem algo que ela sabe fazer é amizade. Sua agenda tem contatos preciosos que a colocam nas melhores festas do planeta, por exemplo. Num destes eventos, acabou cruzando com o ator James Franco, de quem havia ficado próxima por conta de uma campanha da Gucci que fizeram.

Mas seus dias nem sempre foram de glamour. Nascida em Presidente Prudente, interior de São Paulo, Thaila viu os pais se separarem ainda criança e a grana ser muito curta. Caçula de três irmãs, estudou em escola pública e sonhava dar uma vida melhor para a mãe, empregada doméstica.

"Meus colegas me sacaneavam porque eu não tinha dinheiro para a merenda e adorava aquele macarrão com salsicha do recreio".

Hoje ela é o chefe da família.

"Pago algumas contas, dou conselho para as minhas irmãs criarem minhas sobrinhas. Chego junto mesmo".

Uma das redescobertas que a maturidade proporcionou foi a de que ela deseja ser mãe, após um bom período em negação. A amiga, a atriz Sophie Charlotte, teve muito a ver com isso.

"Quando a vi com o filho, Otto, nos braços, aquela leoa, uma mulher ainda mais incrível do que ela já era, e peguei aquele menino no colo, pensei: quero passar por isso".

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