Thammy Miranda: “Me tratem da forma como me enxergarem”

Por - 12/08/15 às 12:42

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São 33 anos de vida é um renascimento. Para uns, aberração. Outros dizem ser um ato de coragem. Mas para Thammy Miranda, trata-se do caminho para a felicidade. No próximo dia 7 o ator expõe definitivamente sua vida com a biografia Nadando Contra a Corrente, escrita por Marcia Zanelatto, que será lançada na Bienal.
 
"Vou lançar o livro com o intuito de ajudar outras pessoas que passam por tudo o que eu passei. Desejo que os que estão na mesma situação que eu não se sintam sozinhos nesse mundo", disse.
 
Em entrevista ao jornal Extra, Thammy disse que as pessoas podem se referir como masculino ou feminino.
 
"Me tratem da forma como me enxergarem. Eu, por exemplo, me enxergo como um transhomem (pessoa que nasceu com a genitália feminina, mas se identifica com o gênero masculino). Nunca serei um homem".

Thammy contou ao jornal como é chamado pela família. 

"Minha mãe, em alguns momentos, me chama no masculino. Meu pai, não. Ele disse que serei sempre a filha dele. De maneira geral, prefiro que me tratem como ele. Mas, para minha família, isso não me importa. Eles podem me chamar do que quiserem".

O artista afirmou que não pretende construir um órgão genital masculino e ressaltou que, quando dançava com a mãe, ainda se questionava sobre o que acontecia com sua sexualidade, mas o que queria mesmo era estar perto de Gretchen.

"Eu não sabia que existia o nome transgênero e me questionava sobre o que estava acontecendo. Eu banquei a Thammy mulherão porque queria estar mais próximo da minha mãe. Depois, era a forma que tinha de ganhar grana. Fui levando, mas chegou uma hora que ficou insuportável. Era uma agressão. Passei a não ter vontade de subir no palco".

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