The Weeknd: Do Canadá ao arrebatador estrelato mundial com o show no Super Bowl
Por Redação - 16/02/21 às 08:00 - Última Atualização: 6 abril 2021
Se eu fosse você, prestava atenção no The Weeknd, viu?! Mas peraí… Quem é esse tal de “final de semana”? Tem que deixar tudo certinho, tim-tim por tim-tim, né! Então vamos ao que interessa, porque esse nome artístico tem tudo para ser gigante mundialmente ao estilo Michael Jackson – sem substituição ou comparação, hein?! Rei é rei!
Show de The Weeknd no SuperBowl vira documentário
Nascido Abel Makkonen Tesfaye em Toronto, no Canadá, o rapaz de 31 anos recém-completados (o aniversário dele é nesta terça-feira, 16 de fevereiro), The Weeknd fazia a sua tentativa de estreia no mainstream com o EP/Mixtape House Of Balloons há 10 anos. Em um momento no qual Adele e Lady Gaga pipocavam nas paradas musicais com Rolling In The Deep e Born This Way, respectivamente, o canadense chegava sem timidez, ainda rodeado por mistérios, ao som de música eletrônica com R&B independente. Nada muito comum para a época.
Então, no domingo (7), ele, ainda misterioso, mas com a criatividade nada retraída, entrou para a lista de cantores, cantoras e bandas que se apresentaram no desejado e famoso show do intervalo do Super Bowl, a final de proporções exorbitantes do futebol americano.
Com as regras de segurança em relação ao coronavírus, The Weeknd ainda precisou adaptar algumas coisas e pensar em outros modos para transformar o gramado do Raymond James Stadium, casa do Tampa Bay Buccaneers em Tampa, Flórida, em um verdadeiro espetáculo. Objetivo atingido com sucesso.
Sem a possibilidade de público dentro das marcações das jardas e dos “gols”, Abel conseguiu não deixar o local vazio e mantendo o seu contato visual intenso para com as câmeras desde o início da cantoria, ele surgiu entre os dançarinos para viver o seu momento de estrela ao som do estrondoso hit oitentista Blinding Lights, fechando a apresentação com maestria.
Os dançarinos, vestidos com o figurino adotado pelo cantor desde as promoções do álbum After Hours (lançado em março de 2020), sincronizaram e deram o toque especial ao show em seus ternos vermelhos e bandagens nos rostos em alusão ao visual dele no American Music Awards (AMA) do ano passado. A escolha dessa caracterização ainda foi certeira para “esconder” as máscaras de proteção dos profissionais.
Pirotecnias, jogos de câmeras, coral e uma banda afinada também, claro, foram importantes ao conjunto da obra. Era o momento de The Weeknd mostrar para o que veio e ele conseguiu, mesmo com um número reduzido de pessoas no estádio. A intenção era entreter a todos, principalmente quem estava em casa. O artista soube contornar a situação da pandemia da Covid-19, colocando todos os espectadores fixados em cada passo que dava.
Determinado a isso, ele não hesitou em gastar dinheiro do próprio bolso para ter o que projetava em sua mente. Segundo The Weeknd, em entrevista à revista Billboard, ele desembolsou 7 milhões de dólares (cerca de 38 milhões de reais na cotação atual) além do valor disponibilizado pela NFL para a estrutura da sua atuação.
“Estamos realmente focados em atingir os fãs que estarão em casa e fazer da nossa performance uma experiência cinematográfica. Queremos fazer isso com o Super Bowl”, afirmou.
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Rosto de The Weeknd vira assunto novamente
O empresário do rapaz, Amir 'Cash' Esmailia, enfatizou que sempre foi um sonho do ex de Selena Gomez estar como atração do Super Bowl.
“Sempre esteve em nossa lista de objetivos, mas veio mais rápido do que o esperado”, falou.
Isso que é vontade de concluir um desejo!
De maneira nada sutil, The Weeknd acabou até mandando um recadinho ao Grammy, premiação da Academia de Gravação dos Estados Unidos. Sentindo-se esnobado pelo evento – nenhuma de suas inscrições foram aceitas e, consequentemente, não recebeu nenhuma indicação -, ele deixou claro a força e o talento que perderam. À época, Abel compartilhou a revolta sentida por meio do Twitter e do Instagram, chamando a organização de “corrupta” e apontando o dedo mesmo, dizendo que ele e os fãs mereciam uma justificativa, explicação.
Aí veio à tona uma teoria já até antiga de que a Academia gosta de boicotar artistas que “trocam” a apresentação no Grammy pelo show do Super Bowl. Sendo real ou não, a verdade é que o evento perdeu a chance de tê-lo no palco e ainda enfrentou acusações de racismo por parte do público. Se arrependimento matasse…
É notório que The Weeknd veio para ficar. Depois de 10 indicações ao Grammy e três categorias vencidas, inclusive com o aclamado disco Beauty Behind the Madness (2015), sua importância e competência não serão diminuídas a um gramofone.
O jovem de 17 anos que largou a escola, saiu da casa da mãe de repente em um final de semana, morou com amigos (até mesmo pulou de casa em casa em um cenário com drogas, como contado por ele ao The New York Times em 2015) estaria muito orgulhoso de onde chegou e do que tem para conquistar mais e mais.
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No ano passado, para a revista tmrw magazine, o cantor apontou o After Hours como o melhor trabalho que fez na última década: "Sinto que passei os últimos 10 anos criando um som e na maior parte da minha carreira, ou fugi dele ou o dupliquei. After Hours foi a obra de arte perfeita para mostrar a minha passagem pela indústria". Mesmo assim, com uma rápida menção, ele abriu espaço para o que vem adiante, inspirado em pautas de extrema importância em 2020.
"Fiquei mais inspirado e criativo durante a pandemia do que normalmente na estrada", explicou. "A pandemia, o movimento Black Lives Matter e as tensões da eleição [nos EUA] criaram principalmente um sentimento de gratidão pelo que tenho e proximidade com as pessoas perto de mim", concluiu.
Assim, o aguardo
será inevitável. É difícil imaginar assuntos sociais inseridos no universo musical do artista regado a composições críticas à fama somadas a sexo e drogas. Entretanto, tudo pode ser esperado quando se trata de The Weeknd, dono do hit Bliding Lights, canção mais ouvida do Spotify em 2020, fechando a contagem com 1,6 bilhões de reproduções.
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