Thiago Rocha: de feirante ao sucesso como apresentador de TV

Quem vê Thiago Rocha na TV, não imagina que, quando as câmeras são desligadas, ele segue com a mesma simpatia e humildade que nos mostra em cena.

Nascido na Zona Leste de São Paulo, Thiago já batalhou bastante para conquistar seu espaço como jornalista. Já foi feirante, vendedor, sonhava ser palhaço ou padre. Passou pera redação de OFuxico como um de nossos repórteres de sucesso e agora segue sua carreira com um programa todinho seu nas manhãs da Rede TV!, o Tá Sabendo?.

OFuxico entrevistou esse menino bacana, com um profissionalismo acima de qualquer suspeita, para saber um bocadinho mais de sua vida e de sua nova empreitada. Confira!

OFuxico – O que você já fez antes de batalhar no jornalismo?

Thiago Rocha – Já fui feirante, vendia frutas, fazia temperos. Como na época não tinha seladora, fazia pacotinhos de temperos e selava com vela. Dos 15 aos 18 anos eu fiz isso, depois, entrei na faculdade em Rádio e TV. Meus patrões queriam que eu continuasse trabalhando com eles,  até ofereceram menos horas de trabalho pra mim, mas eu tive de escolher seguir trabalhando no balcão ou batalhar pela minha carreira. Daí, segui para atender telefonemas na Rádio 89FM. De lá, cheguei a allTV como operador de áudio e, depois de passar por um teste, comecei a apresentar um programa com a Amanda Klein.  Dali, segui para a AOL onde fiquei três anos. Saindo de lá, fiquei desempregado e trabalhei no OFuxiuco. Depois que saí do OFuxico, toquei minhas vendas de açaí.

OF – Está comemorando a nova empreitada né?

TR – Estou feliz pra caramba e vejo que a Rede TV! gosta do meu trabalho e me vê como comunicador.

OF – Como surgiu o Tá Sabendo?

TR – Fizemos um piloto em agosto do ano passado. Em setembro foi aprovado e eu nem sabia.  Quando foi em março deste ano, o Elias Abrão assumiu a superintendência artística da emissora. Ele viu o projeto, falou que tinha sido aprovado e queria tirar do papel. Uma semana depois começamos a montar tudo e eu nem acreditei. Aí a gente somou forças e a atração entrou no ar.

OF – A ficha já caiu?

TR – Olha, tenho gravado outros programas em outras emissoras. A ficha não caiu ainda de que soou um apresentador de TV. Tudo aconteceu de uma forma tão simples, que ainda não senti o peso de tudo. É muito louco tudo isso.

OF – Apresentar um programa de TV era um sonho seu?

TR – Na verdade, sempre quis ser palhaço ou padre e só hoje entendo qual a ligação dessas duas personalidades com o jornalismo pra mim. Na época em que eu era criança, tinha os apresentadores de TV eram palhaços, tipo o Bozo, o Atchim e Espirro. E na igreja, via o padre falando com microfone para muitas pessoas, então, queria fazer aquilo, porque achava que aquele era o trabalho. Daí pra frente percebi que meu lance na comunicação ficou mais forte com tudo isso.

OF – Com 15 anos de batalha no jornalismo… agora um programa só seu. Como sente isso?

TR – Estou agradecendo a todo instante.  Mas o bacana, por exemplo , é que me vejo em programas de outras emissoras, dos quais sempre falo algo, um comentário do que acho que não funcionou, enfim. E a abertura que a Rede TV! Me dá para isso é bacana, é credibilidade. Já os apresentadores e famosos dos quais eu falo ou faço um comentário de algo que não achei legal, entendem que esse é o meu trabalho e não levam nada para o lado pessoal.

OF – Você disse que a Rede TV! Te dá muita abertura…

TR – Sim, a casa é de uma generosidade muito grande. A Rede TV! Me deixa transitar pelas outras emissoras e também me dá abertura para falar as coisas. Tudo que falo não é por achismo, mas sim, algo pelo qual tenho uma base para poder comentar. As pessoas das quais falo nos programas de TV sabem que nada é pessoal, é tudo em cima de um conteúdo.

OF – O estúdio virtual ajuda ou ainda é estranho pra você?

TR – Agora me acostumei. Mas a primeira semana era muito maluco, tudo no virtual  é inverso, parece um espelho: se você aponta para a direita, a imagem vai para a esquerda.  Não gosto teleprompter. O virtual te limita e tem marcações muito certinhas e a câmera não fecha o foco do cenário do programa se estiver algo errado. Foi a maior dificuldade. Tudo que fiz foram cenários físicos e essa é a primeira.

OF – Quais os próximos passos?

TR – Quero voltar a fazer matérias externas. Temos reportagens externas, mas não quero perder nem deixar de fazer essas reportagens,  contar essas historias. Thiago não é só um fofoqueiro, mas sim, um profissional que gosta de fazer boas matérias. Ë mais difícil agora, fazer muitas coisas fora, mas não vou deixar de fazer isso. 

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