Tóquio 2020: Saudação a orixá, Marta cantora, baile de favela, veja o resumo

Quinta-feira, 22 de julho. Oficialmente os Jogos Olímpicos de Tóquio começam na sexta-feira, 23 de julho, mas os agitos não param de acontecer. Inclusive, competições, como a promissora estreia da seleção de futebol feminino do Brasil, com goleada de 5 x 0 na seleção chinesa, e a vitória do futebol masculino nesta quinta, 22, dando olé de 4 x 2 nos alemães. Mesmo em meio a pandemia, os acontecimentos não param e com isso OFuxico trará um resumo diário para vocês, com os principais destaques do evento esportivo.

VOO DO POMBO

A manhã competitiva teve nome e apelido nas quatro linhas: Richarlison, o Pombo. No primeiro tempo, o camisa 10 da seleção brasileira fez três dos quatro gols marcados sobre a Alemanha e já disparou na artilharia olímpica.

Enquanto o Brasil venceu (e que assim seja até o ouro, gente!), teve zebra e sofrimento em outras equipes. A Espanha ficou 0 a 0 com o Egito. A Argentina perdeu para a Austrália por 2 a 0. E a surpresa veio do México. O país medalhista de ouro em 2012 goleou a França pelo placar de 4 a 1 e disparou na liderança do Grupo A.

Veja+: Vem saber como será a abertura dos Jogos amanhã

SARAVÁ!

O gol de Paulinho, o quarto da seleção brasileira olímpica contra a Alemanha teve uma comemoração muito significativa para os praticantes de religiões de matrizes africanas. O atacante simulou atirar uma flecha em homenagem ao orixá Oxóssi, do candomblé. Dentro da crença, Paulinho é filho dos orixás Oxóssi e Iemanjá.

Um dia antes, em um texto publicado no site “The Players Tribune”, Paulinho falou de sua ligação com o culto brasileiro que ele considera como filosofia de vida.

“Minha família tem ligação forte com o candomblé e a umbanda. Minha avó, minha mãe, minha tia… É algo que passa de geração para geração. Tenho muito orgulho da minha religião.”

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SOLTA O SOM, MARTA!

Depois de golear a seleção da China, Marta soltou a voz e mostrou que é poliglota arretada! A camisa10 se arriscou numa versão em japonês da música “Brasil Chegou”. Confira o vídeo:

BAILE DE FAVELA TÁ ON

Teve treino de pódio, um tradicional aquecimento para das competições de ginástica artística. Nele, a paulista de Guarulhos Rebeca Andrade, de 22 anos, apresentou pela primeira vez aos juízes um trecho da apresentação solo, que será embalada pelo funk “Baile de Favela”.

A ginasta carioca Flávia Saraiva, de 21 anos, também participou da atividade, mas a presença da americana Simone Biles, de 24 anos candidata ao posto de grande estrela de todo os Jogos Olímpicos de Tóquio, roubou todos os holofotes. A ginasta é tão poderosa que trocou a vila olímpica por um hotel depois que outras duas ginastas Norte-Americanas, Kara Eaker e Leanne Wong, que estão isoladas do restante da equipe e não devem participar da competição, testaram positivo para a Covid-19.

E mais, Simoninha ganhou um emoji no Twitter,pode isso, Arnaldo? Primeira atleta com essa moral toda! O ícone na rede social representa uma cabra com uniforme de ginástica artística e uma medalha de ouro, uma referência ao título de melhor ginasta da história (Greatest Of All Time, GOAT, palavra que significa cabra em inglês).

 Mas vem cá, será que ela faz quadradinho de oito? Vamos, Rebeca!

DOIS DOS NOSSOS

O Comitê Olímpico Brasileiro definiu que somente quatro representantes estarão na Cerimônia de Abertura dos Jogos Olímpicos, marcada para às 8h, horário de Brasília, na sexta-feira, dia 23 de julho. Isso por conta dos riscos da pandemia, uma vez que os casos voltaram a ser registrados no Japão desde a chegada das delegações.

Dos 310 atletas brasileiros, apenas Bruninho, do vôlei, e Ketleyn Quadros, do judô, estarão presentes. Os porta-bandeiras do Time Brasil serão acompanhados por Marco La Porta, chefe de missão, e mais um oficial administrativo. Vale destacar que será a primeira vez que uma mulher negra, Ketleyn, vai carregar a bandeira do Brasil numa Olimpíada.

DEMISSÃO

Em plena véspera da Cerimônia de Abertura no Estádio Nacional da capital japonesa, o diretor artístico do evento, Kentaro Kobayashi, foi demitido. Nas primeiras horas desta quinta-feira, dia 22 de julho, ele foi desligado devido a um vídeo antigo em que o profissional faz piadas sobre o Holocausto, o genocídio de cerca de seis milhões de durante a Segunda Guerra Mundial.

O vídeo foi divulgado na madrugada e rapidamente causou grande polêmica e uma resposta dos organizadores, com a demissão. A cena foi gravada em 1998 e mostra Kobayashi e outro ator interpretando comediantes infantis famosos na televisão japonesa. Em um certo momento, ele se refere a alguns bonecos de papel como “aqueles que você disse da última vez: ‘Vamos brincar de Holocausto!’”. A plateia ri, e a dupla faz outra piada sobre a raiva que essa referência ao Holocausto provocaria em seu produtor de televisão.

COVID-19

Durante um encontro com autoridades do comitê olímpico, o imperador do Japão, Nahurito, afirmou que evitar o contágio do coronavírus durante os Jogos Olímpicos de Tóquio será uma tarefa difícil.

“Gerenciar os Jogos e ao mesmo tempo tomar todas as medidas possíveis contra a Covid-19 não é nem de longe uma tarefa fácil”, afirmou Naruhito.

O imperador será a pessoa a declarar a abertura dos Jogos. O líder do COI garantiu que os organizadores fazem tudo que é possível para não aumentar a quantidade de casos no país sede.

Na quarta-feira, dia 21 de junho, a lutadora chilena de taewkond Fernanda Aguirre, a skatista holandesa Candy Jacobs e o tenista tcheco Pavel Sirucek testaram positivo para o coronavírus.

Nesta quinta-feira, a Guiné confirmou que sua delegação de cinco atletas desistiu de viajar por causa do vírus.

Os números de novos casos em Tóquio atingiram os maiores índices desde janeiro. De acordo com as pesquisas, a maioria dos japoneses preferia o cancelamento as Olimpíadas para evitar riscos relacionados à propagação da Covid-19.

AINDA HOJE TEM

Lucas Verthein, do remo, abre a categoria single skiff às 20h30 desta quinta-feira, dia 22 de julho. O brasileiro está na primeira bateria do dia ao lado de Bendeguz Petervari-Molnar (Hungria), Mohammed Al Khafaji (Egito), Kjetil Borch (Noruega), Abdulrahman Alfadhel (Kuwait) e Jan Fleissner (República Tcheca).

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