Trechos da biografia da banda Restart

Por - 07/05/11 às 10:20

Reprodução

Depois ter sua marca estampada em cadernos, chicletes, mochilas, álbum de figurinhas, relógios e até roupas de cama e banho, a banda Restart, que faz grande sucesso entre os adolescentes, lança sua biografia Restart – Coração Na Mão, escrito pelas mãos da jornalista Fátima Gigliotti e publicado pela Benvirá. Na obra, Pe Lanza, Pe Lu, Koba e Thomas narram sua saga desde o início, quando se conheceram na escola, até os dias de hoje depois do grande sucesso que os meninos da capital paulista tiveram.

O livro, escrito em linguagem simples, é dividido em cinco partes – sendo o primeiro capítulo sobre a banda e os outros quatro sobre os integrantes – e um pequeno álbum de fotografia com fotos inéditas de shows e até mesmo pessoais. Em uma das passagens, a autora conta que os ‘moleques’ (como eles se chamam entre si) seguem um ritual antes de subir ao palco e nunca esquecem de cumpri-lo.

Grito de Guerra

“Na hora em que o Marcos [Ascena] avisa que está tudo pronto para começar, os quatro moleques dão as mãos e rezam, concentrados, o Pai-Nosso. Dizem cada palavra da oração devagar, de olhos fechados. Após o ‘Amém’, eles se abraçam e, alguns segundos depois, soltam: ‘Tum pa tum, pizza’, o grito de guerra da banda antes de deixar o camarim”.

Desentendimentos

Mas nem tudo foram flores na vida destes meninos. Ainda no início da carreira, logo ao final da banda Morning Glory – um dos primeiros nomes do grupo com os integrantes da atual formação –, quando Pe Lanza, Pe Lu, Thomas e Koba tocavam na casa de show Outs, na badalada Rua Augusta, em São Paulo, tiveram um grande desentendimento entre si, o que causou o rompimento da parceria.

“Houve um desentendimento entre o Pe Lanza e o Thomas, ‘por várias razões’. Os dois, inclusive, ficaram sem se falar por mais de um ano. Outro mal-estar envolvia o Pe Lu, que também não se entendia muito com o Pe Lanza, porque achava que o Pedrinho – como os meninos o chamam – tinha sido o responsável por ele cair fora da banda, na passagem da Páncaros [nome anterior] para a Morning Glory. Eram coisas de meninos muito novos, mas a verdade é que a banda acabou”.

Surra

O destino já estava traçado e os integrantes voltaram a se falar tempos depois e resolveram montar a banda C4, que teve sucesso, mas a carreira não alavancava e então colocaram um ponto final para recomeçar com a mesma formação. Numa partida de videogame, Pe Lanza estava perdendo no jogo e esbravejou para os amigos “Veio, dá um restart aí pra ver se rola”. Foi neste momento em que o nome da banda surgiu. Mais tarde, com o sucesso crescendo pela internet e com o aumento do número de shows, em uma apresentação em Santos, houve um mal entendido entre Thomas e um integrante de outra banda que o acusava de paquerar sua namorada.

“Não foi o que aconteceu, mas o cara juntou vários amigos e ameaçou agredir os meninos. O Duds e o Willy [produtores], que na época também faziam papel de seguranças, conseguiram tirar os meninos a salvo do lugar, mas como no carro só cabiam cinco, um teve de ficar para trás. Resultado: o Duds levou uma surra e tanto”.

Restart – Coração Na Mão também conta segredos e um pouco da intimidade dos meninos que, em pouco tempo, conquistaram o país. A família de Koba, por exemplo, quando ele tinha apenas 13 anos percebeu que o menino sofria de TOC (Transtorno Obsessivo Compulsivo).

“Desde pequeno ele sempre foi muito organizado, a ponto de chamar a atenção de Rita [mãe] a maneira como ele tirava a roupa, dobrava e guardava na gaveta, tudo arrumado demais, até combinando as cores. (…) Se as coisas não estava do jeito que ele queria, o Koba tinha ataques de choro. (…) Mas um dia a situação ficou insustentável e (…) durante uma viagem (…) arrumou milimetricamente a mochila (…) mas o xampu vazou e, quando ele percebeu, teve um ataque incontrolável. Aí a família decidiu buscar ajuda profissional”.

Dramas familiares

Já Pe Lanza viveu uma tragédia familiar com apenas 11 meses de idade. Seu irmão Marco, com 12 anos, saiu com o primo, Fabio, para tomar sorvete e não voltou mais.

“Quando eles estavam voltando para casa, o farol fechou, o Fabio atravessou a rua e o Marco ficou no acostamento, esperando um carro passar, mas foi atropelado. O acidente foi muito grave, o Marco sofreu politraumatismo craniano, teve o pulmão perfurado e não resitiu”.

Da família de Pe Lanza, quem conta a história é Genai, a irmã mais velha do músico, que diz que o irmãozinho era uma criança comportada, mas com alguns gostos estranhos.

“Ele, às vezes, preferia brincar com caixas, rolos de papel, potes de cremes vazios do que com brinquedos. Se você quisesse ter algum tempo de sossego, era só deixá-lo tirar todos os potes de plástico do armário da cozinha, ele ficava horas separando as tampas pra encaixar e devolver no armário, quietinho”.

Thomas já sofreu problemas logo que nasceu: por medo da criança nascer com problemas genéticos de saúde, vindos da família materna, o pai biológico não aceitou a gravidez e deixou a mãe do músico sozinha. Elaine, que criou o filho praticamente sozinha, foi diagnosticada, anos depois – já quando o filho integrava o Restart –, com complicações da diabetes e do funcionamento da tireoide o que provocou sua internação no hospital em estado grave.

“Às vezes, ele subia no palco sabendo que a mãe estava em risco na UTI, mas nunca deixou que a situação interferisse em seu desempenho. E, quando o show terminava, voltava imediatamente para São Paulo para visitá-la, às vezes, até de madrugada, logo após chegar da viagem”.

 A mãe de Thomas melhorou e o músico pôde voltar a dar mais foco para o Restart que, a esta altura, já estava fazendo o grande sucesso que vem fazendo até hoje.

Os quatro meninos precoces já estão gravando as cenas do primeiro longa-metragem que contará a vida deles através do cinema. O livro, de 200 páginas, está em todas as livrarias do país e sai o valor é de R$ 34,90.

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