Tuca Andrada foge dos vilões na pele do romântico Frederico de Lado a Lado
Por Redação - 07/12/12 às 15:05
Apesar de sua simpatia, Tuca Andrada acostumou o público a vê-lo com uma fisionomia carrancuda. Tudo por causa dos vários vilões e personagens densos que teve ao longo de seus mais de 20 anos de carreira na televisão. Só em seus últimos dois trabalhos na Globo, interpretou dois malvados: o cangaceiro Zóio Furado, de Cordel Encantado, e o jornalista sem escrpulos Augusto Duarte, de Dercy de Verdade. Agora, porém, ele dá vida ao bem-humorado e romântico Frederico, de Lado a Lado. Na trama, ele é um ator de teatro cheio de intensidade.
"Tudo nele é dramático. As falas do Frederico são cheias de frases de efeito. Ele é teatral no trabalho e na vida também", opina.
Saber explorar o tom excessivo do personagem foi a maior dificuldade de Tuca. O ator teve medo de acabar tornando-o caricato porque, apesar dos trejeitos exagerados, as emoções demonstradas por Frederico são sinceras. Principalmente quando o assunto é a sua paixão por Diva Celeste, vivida por Maria Padilha.
"É um limite muito tênue", avalia o ator, que comemora o bom entrosamento entre o seu ncleo.
"São todos atores de teatro interpretando atores de teatro. Criamos uma química bacana", celebra.
Nas últimas duas décadas, além da Globo, Tuca passou pelo SBT, pela Record e pela TV Cultura. Apesar de reconhecer a superioridade de estrutura das produções dramatúrgicas da atual emissora, ele tem observado uma expansão e mudanças significativas no mercado televisivo.
"Hoje há uma gama muito maior de produções independentes e daquelas exibidas nos canais fechados de televisão. O mercado esquentou muito e isso é bom para todo mundo", opina.
O Fuxico: Você já fez muitos bandidos, delegados e outros personagens brutos na tevê. Mas o seu papel atual é o contrário disso tudo. Interpretar perfis mais leves foi um objetivo na sua carreira?
Tuca Andrada: Eu não gosto de ser enquadrado em nenhum aspecto da minha vida profissional ou pessoal. Sempre busco trabalhos que me tragam alguma novidade. Isso me exercita como ator e é o que mantém a profissão viva em mim. É muito bom poder fugir um pouco de personagens machões e do gênero policial. Não sei se tenho conseguido reverter essa imagem ou se as próprias pessoas estão me vendo de uma forma diferente e apostando mais em mim. Mas o personagem de agora, realmente, não tem nada a ver com isso. O Frederico tem um perfil até muito ingênuo. Esse foi um dos motivos que me fizeram querer fazer essa novela.
OF: O seu contrato atual com a Globo é por obra, assim como muitos ao longo da sua carreira. Esse tipo de acordo é uma preferência sua?
TA: Eu sempre preferi por obra porque acho que isso me dá mais liberdade. Como eu faço muita coisa além de televisão – eu produzo, dirijo peça, faço cinema – não quero ficar preso a um só meio. Se a emissora tem exclusividade sobre mim, eu preciso pedir autorização para qualquer outro trabalho, o que, às vezes, é complicado. Além disso, pode acontecer algum desencontro entre o que eu quero e o que a emissora quer que eu faça. Por outro lado, um contrato longo dá uma segurança muito grande. Mas essa escolha não é uma regra. Pode acontecer de mais para frente eu conversar com a Globo e isso mudar.
OF: O mercado teatral no Brasil é muito difícil para a maioria dos atores. Você sente que trabalhar há muito tempo com televisão facilita a sua carreira no teatro?
TA: Sem dúvida. Estar exposto na mídia e fazer parte de um projeto na televisão abre muito mais portas no teatro. Você consegue ser recebido pelas empresas e a própria mídia se abre mais para você. Às vezes, os próprios órgãos de imprensa procuram ,espontaneamente, saber sobre os seus projetos no teatro. E eu sei que é porque eu sou um ator que já tem uma carreira na televisão. Isso ajuda bastante na divulgação das minhas peças.
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