Tuca Andrada sobre final de Belizário em Amor de Mãe: ‘Muita maldade’

Pernambucano, Tuca Andrada é conhecido do grande público por conta de seus trabalhos na Globo e Record TV.  Entre bondades e maldades, o público se recorda mesmo é dos vilões.  Em Da Cor do Pecado fez uma bela parceria com Giovanna Antonelli como Kaíque. Se destacou também em Lado a Lado com cenas de comédia, já em A Lei do Amor foi Misael, um rapaz trabalhador e humilde.  

Agora, na reta final de Amor de Mãe, o intérprete do policial corrupto e assassino Belizário acredita que a trama faz um alerta à sociedade, pois é o retrato dos telejornais. A frieza do personagem é um dos destaques apontados pelo pelos telespectadores que irão ver mais maldades do agente, que desde o começo da história se mostrou cruel com que atravessava seu caminho.

Ao OFuxico, Tuca fala da infância, a escolha em seguir como artista e como o trabalho de época ou não pode provocar reflexões. Crítico da gestão do presidente Jair Bolsonaro, ele sonha com um “País que priorize a educação”. 

Confira!

OFuxico: São mais de 30 anos de carreira. Se recorda da primeira vez que entrou num set, focado mais TV? Primeiro teste?
Tuca Andrada: Sim, a primeira vez que entrei num set foi num especial para a TV Globo, que não lembro o nome, dirigido por Paulo Afonso Grizoli. Era uma participação mínima com o Nuno Leal Maia; eu dizia meu nome , ele atirava e eu morria.  (risos)

OFuxico: Por que escolheu ser artista?
Tuca Andrada: Não tenho a menor ideia; o palco, o cinema e a TV sempre me atraíram desde criança, mas, não tenho nenhum parente próximo ou distante que pudesse ter me influenciado.

OFuxico: Como foi a sua infância em Pernambuco? Acesso à arte, etc…

Foi uma infância muito feliz, fui criado solto na rua, brincando com outros garotos da minha idade, fazendo as traquinagens pertinentes à idade. Morava num lugar muito sossegado, perto da praia e os meus pais ficavam tranquilos, pois não existiam os problemas que vemos hoje nas grandes cidades.

OFuxico: Qual personagem mais marcou a sua carreira?
Tuca Andrada: É difícil responder essa pergunta porque, para mim, é impossível escolher um só. Porém, é óbvio que os que fizeram mais sucessos com o público lembro com carinho: Ladislau, Barromeu, Pedro, Caique, Zoio Furado, Belizário etc.

OFuxico: Tramas de época como Anos Rebeldes nos ajudam a olhar para o passado e pensar no futuro que queremos? Provocam reflexões?
Tuca Andrada: Qualquer boa trama provoca reflexão, sendo ela de época ou não.

OFuxico: Como lida com as críticas?
Tuca Andrada: É lógico que você sempre quer ouvir boas críticas ao seu trabalho e quando elas não acontecem chateia um pouco, mas ter humildade para ouvir uma crítica bem estruturada sobre o seu trabalho é fundamental para todo artista. 

OFuxico: Amor de Mãe é um marco na história da TV. Sua personagem representa muito da corrupção e da maldade que estão atrelados à nossa sociedade. Em algum momento se sente mal por interpretar tantas maldades?
Tuca Andrada: Não, hora nenhuma. É um personagem, não sou eu. Um ator tem que ser treinado para não deixar um personagem atrapalhar sua vida e para sua vida não atrapalhar na interpretação deste personagem.

OFuxico: Ele é um alerta à sociedade?
Tuca Andrada: Ele é um personagem que vemos todos os dias em todas as cidades brasileiras, mas, sim, é também um alerta.

OFuxico: O que o público mais comenta sobre ele?
Tuca Andrada: A frieza dele em cometer os piores atos.

OFuxico: Cena mais pesada que fez na trama?
Tuca Andrada: Acredito que todas as cenas de assassinato que o personagem cometeu são bem pesadas.

OFuxico: O que podemos esperar do Belizário na reta final da novela?
Tuca Andrada: Muita maldade, claro, mas não vou dar spoiler. (risos)

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