Turma da Mônica homenageia Ingrid Silva no Dia da Consciência Negra
Por Redação - 20/11/21 às 18:00
No Dia da Consciência Negra, a Turma da Mônica homenageia a bailarina Ingrid Silva, que passa a fazer parte da galeria de Donas da Rua da História. Ingrid Silva revolucionou o mundo da dança contra o racismo ao tingir, com maquiagem do tom de sua pele, as tradicionais sapatilhas cor-de-rosa. Onze anos depois, em 2019, ela ganhou a primeira sapatilha no tom de sua pele, repercutindo sua força, voz e luta por todo o mundo.
A carioca iniciou no balé aos oito anos de idade no Projeto Dançando Para Não Dançar, na Mangueira. Depois do ensino médio, aos 18 anos, Ingrid recebeu um convite que mudou ainda mais sua vida. Em 2007, ela ganhou uma bolsa de estudos para o Dance Theatre of Harlem School, companhia de dança conhecida mundialmente, da qual é a primeira bailarina. Mostrando que sua dedicação não tem fronteiras, foi embaixadora cultural para os Estados Unidos ao dar workshops na Jamaica, Honduras e em Israel.
Ingrid é fundadora da EmpowHer NY, entidade sem fins lucrativos criada em 2017 que atua como um catalisador social e tem como objetivo estimular o diálogo entre mulheres para que rompam os paradigmas impostos pela sociedade e vivam de acordo com a própria verdade. Em 2020, durante as discussões do movimento Black Lives Matter, ela cofundou o Blacks In Ballet, uma rede digital que funciona como uma biblioteca, cujo objetivo é destacar bailarinos negros no mundo da dança e compartilhar suas histórias.
Em janeiro deste ano, Ingrid entrou em foco, mais uma vez, ao participar da Conferência Latina de Empoderamento e Desenvolvimento da Universidade de Harvard e ser reconhecida com o Prêmio Latina Trailblazer (pioneira latina) por suas realizações. A bailarina, que conseguiu seu espaço, tanto na dança quanto na luta por seus ideais, hoje está entre as 20 Mulheres de Sucesso no Brasil, segundo a Forbes.
A homenagem marca a data em que é celebrada a consciência negra, dia do assassinato de Zumbi dos Palmares, liderança quilombola que foi perseguida pelas autoridades portuguesas no final do século XVII. “Essa tomada de consciência não diz respeito apenas às pessoas negras, mas é importante para toda a sociedade. É muito importante que todas as meninas conheçam mulheres negras que as inspirem e que possam se enxergar em todos os espaços”, diz a diretora executiva da Mauricio de Sousa Produções, Mônica Sousa.
Criado em 2016, o Donas da Rua tem como um de seus objetivos trazer visibilidade às mulheres notáveis para que se tornem exemplo, incentivem e conscientizem outras meninas e mulheres de que todas são capazes de marcar a história da humanidade. Essa proposta da MSP demonstra seu compromisso como signatária dos Princípios de Empoderamento das Mulheres, plataforma da ONU Mulheres e Pacto Global.
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