Um ano sem Amy Winehouse

Era algo previsto, uma morte anunciada. Após uma vida desregrada e marcada por excessos de drogas e álcool, em 23 de julho de 2011, Amy Winehouse foi encontrada morta em seu quarto, na casa onde vivia no bairro de Camdem, no centro de Londres. Ao seu lado, caídas no chão, três garrafas de vodca. Ela tinha apenas 27 anos.

Acabava naquele momento uma história de sucesso iniciada com o lançamento do álbum Back To Black, em 2006, quando sua voz incomparável foi descoberta em todo o mundo.

Desde os primeiros tempos Amy já dava pistas que queria viver uma vida de exageros, marcada pelo vício em drogas ilegais e álcool. Mas isso não impediu que músicas como Rehab e You Know I'm No Good, se transformassem em grandes sucessos.

Em contrapartida, os seis anos de glória foram marcados por constantes imagens de uma jovem se entregando ao vício, sempre propagada pelos tabloides e sites ao redor do mundo.

Amy escreveu uma história que pode ser encarada como um exemplo a não ser seguido. Mas após a sua morte seus pais investem em uma ONG empenhada em criar um capítulo diferente. A Amy Winehouse Foundation trabalha para apoiar jovens desfavorecidos e viciados, dispostos a se verem livres das drogas.

Sucesso após a morte

Em dezembro de 2011, meses após sua morte, foi lançado Lioness: Hidden Treasures, o primeiro álbum póstumo, reunindo covers, versões alternativas e alguas canções inéditas. Em pouco tempo o CD liderou a lista dos discos mais vendidos no Reino Unido, chegou ao quarto lugar no top norte-americano com uma venda de mais de 144 mil unidades nos Estados Unidos, em apenas uma semana.

Na sequência, Tony Bennett lancou seu álbum Duets II e revelou Body and Soul, onde dividiu os vocais com Amy. A gravação entrou para a história como a última feita  por Amy Winehouse, e faturou o Grammy de Melhor Performance Pop.

No início de julho de 2012, uma nova parceria foi revelada. Desta vez o rapper Nas lançou seu álbum Life is Good, que traz uma nova parceria com Amy, com quem ele divide os vocais na música Cherry Wine.

Amy na Moda

O badalado Jean-Paul Gaultier inspirou-se nos vestidos e penteados de Amy para criar uma coleção apresentada em Paris no início de 2012.

Para arrecadar fundos para a Amy Winehouse Foundation, o vestido usado pela cantora na capa do álbum Back To Black foi leiloado e arrematado por  67 mil dólares ( o equivalente a RS 134 mil)

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Dionne Bromfield, afilhada

Após a morte da madrinha, a jovem Dionne Bromfield, 16 anos, que contou com o apoio da cantora para lançar sua carreira, seguir firme em seu propósito e realizou seus primeiros shows e chegou até a cantar no Brasil, durante o festival Summer Soul.

Livro: Amy, milha filha

Em junho passado, Mitch Winehouse lançou  o livro Amy, My Daughter, onde ele relembra a vida da cantora desde a infância, a luta para vencer a dependência das drogas e do álcool, além de passagens singelas vividas entre pai e filha.

Sabíamos que ela caminhava em direção à abstinência e tínhamos essa esperança. Ela não bebia daquela maneira há muitos meses”, escreveu o pai em um dos trechos do livro.

Uma romaria de fãs é esperada diante da casa onde Amy viveu e morreu, em Camdem. O imóvel foi colocado à venda pelos familiares, mas segue desocupado.

Recentemente, Janis Winehouse, mãe de Amy, fez uma declaração surpreendente ao The Sun. Ela disse que que sua filha reencarnou como uma borboleta: “Eu tenho certeza que ela voltou como uma borboleta porque ela teria amado a liberdade de voar".

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