Valéria Monteiro deixa de lado o jornalismo e comanda programa musical
Por Redação - 19/05/14 às 09:20
Depois do sucesso à frente Fantástico, do Jornal Nacional e do Jornal Hoje entre os anos 80 e 90, Valéria Monteiro está de volta à tevê. A aparência quase não se alterou em 20 anos, mas a disposição para o trabalho mudou. A carreira no jornalismo hard news (nome dado à cobertura de acontecimentos diários) já não enche os olhos da morena, de 49 anos. Por isso, apresentar O Show da Vida é Fantástico, que estreia nesta segunda-feira (19) no Canal Viva, às 23h, é uma chance e tanto.
“Vou receber os cantores para comentarmos. Isso traz uma perspectiva para a cultura pop do Brasil", conta Valéria, que recebe a cantora Marina Lima como a primeira convidada dos 20 programas, cada um de dez minutos, que mostrará clipes que passaram no Fantástico", conta Valéria, que recebe a cantora Marina Lima como a primeira convidada dos 20 programas, cada um de dez minutos, que mostrará clipes que passaram no Fantástico.
O convite formal chegou por e-mail no dia 26 de março, aniversário da apresentadora, enquanto ela estava no que chama de um autoexílio em Arraial D’Ajuda, na Bahia. A oportunidade deu à mãe coruja a chance de ficar mais perto da filha, Vitória, de 24 anos.
“Moro em Campinas, mas queria me mudar para o Rio por causa da minha filha. Ela estuda Cinema em São Paulo, mas fez um estágio no Projac (como assistente de direção da novela Em Família). Quis vir para ela ter a segurança de eu estar perto”.
No tempo em que ficou afastada da televisão, Valéria e a filha passaram nove anos morando em Nova York, nos Estados Unidos.
“Eu precisava andar três casinhas para trás e ver quem eu era. Não fiquei deslumbrada com a fama que tinha, mas me senti tolhida. Você concorda que é natural tomar um porre uma vez? Mas isso não era a cara do jornalismo. Além disso, eu queria passar mais tempo com a minha filha”, explica Valéria, que voltou ao Brasil em 2002, quando o clima era instável nos EUA por causa dos atentados de 11 de setembro de 2001.
A temporada fora rendeu trabalhos nos canais NBC e Bloomberg e numa produtora, que fazia programas para National Geographic e Discovery. De volta ao Brasil, a história foi outra.
“É complicado refazer a carreira. A chance que me deram lá se mostrou difícil no Brasil”, explica a jornalista, que montou a produtora Toda América e se dedicou a projetos independentes.
Longe do comando do Fantástico desde 1991, Valéria vê com bons olhos as mudanças recentes da atração.
“Acho que a inovação é importante sempre, não só a tecnológica. O jornalismo é uma commodity. O conteúdo tem importância. Mesmo que haja erros, é preciso reencontrar os acertos, ou a gente fica para trás”, opina.
Pronta para voltar ao ar, ela afirma que a preocupação exagerada com a aparência chega a ser cruel.
“Há uma pressão de consumo que não acho justa e uma expectativa de que você esteja impecável mesmo fora do ar. A preocupação maior deveria ser com a saúde. Tento não detonar na hora de comer e beber. Luto contra a preguiça e malho todo dia. Batalho com a minha filha também para ela entender isso. Se superamos esse sentimento para ganhar dinheiro, por que não para ter saúde?”
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