Veja o desabafo emocionante de Casagrande sobre drogas. Vídeo!

Por - 11/07/11 às 15:11

Reprodução

Walter Casagrande, um dos maiores jogadores de futebol do país e atualmente comentarista esportivo da Globo, participou do programa Domingão do Faustão, no domingo (10), e emocionou ao público com suas declarações e com seu histórico de sofrimento com as drogas. Na entrevista, ele contou que um atleta, quando sai dos campos e para de jogar bola, fica com um vazio inexplicável.

“Me faltava alguma coisa. Eu não percebia se era felicidade ou infelicidade. Eu não sabia identificar, mas faltava alguma coisa. Eu não conseguia preencher por dentro, eu não tinha prazer em fazer as coisas”.

Faustão questionou ao ex-jogador se é este vazio que leva uma pessoa às drogas. Ele respondeu que embarcou nesta ‘viagem’ por pura curiosidade e com o tempo fora dos campos, ele encontrou um falso prazer nos entorpecentes.

“Ela realmente conseguia anular o vazio que eu tinha. Mas é muito falso! Quando eu usava, eu me sentia bem aparentemente e quando passava o efeito, o vazio estava maior. Não é um alívio. Ela encobre e deixa frio. Um dos efeitos da droga é o congelamento dos sentimentos”.

Casagrande relembrou que ficou um ano internado em uma clínica de reabilitação, em tratamento em desintoxicação, e que nos primeiros quatro meses não aceitava o fato de estar viciado.

“Minha ficha começou a cair depois deste quatro meses que eu percebi o dano que eu estava causando para mim. Nunca prejudiquei ninguém, só a mim mesmo. Depois começou a passar pela minha cabeça  o que meu comportamento estava acarretando para outras pessoas. Eu estava sendo muito egoísta! O usuário não tem esta visão crítica”.

Os filhos e os pais de Walter Casagrande deram declarações falando sobre o auge de sua dependência com as drogas, o que emocionou o comentarista. Mas o que mais chamou a atenção do público foi as declarações de seu filho, Symon, de 18 anos, que disse que seu pai era seu melhor amigo até o acidente de carro que marcou o início do tratamento para o combate ao vício.

“Fui visitá-lo no hospital, não consegui entender, e foi quando foram ter a reunião com o médico. Eu não quis ouvir porque não queria ouvir coisa ruim do meu pai. Como eu tinha maior contato com meu pai, minha família quis me blindar sobre o que acontecia. Senti raiva porque ele fazia algo que falava para gente não fazer. Hoje eu não tenho um melhor amigo, se tenho, é minha mãe. Este problema dele me ajudou a me aproximar da minha mãe. Quero que ele volte a ser o meu melhor amigo, mas quero que ele prove isso para mim”.

Casagrande afirmou que o ínicio do depoimento deu uma tristeza grande e com o decorrer ele começou a ver uma luz no fim do túnel.

“Se eu tenho um objetivo de vida hoje, é reconquistar a amizade do meu filho”.

Confira a primeira parte da entrevista:

Segunda parte:

Terceira parte:

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