Velocista brasileira luta por guarda da filha nas Olimpíadas e web reage: ‘Absurdo’

A velocista brasileira Flávia Maria de Lima viralizou nas redes sociais ao desabafar que durante os jogos olímpicos, lutava pela guarda de sua filha, de 6 anos, nesta quarta-feira, (31).

Ela disse por meio do Instagram que estava em um processo de divórcio e o ex-marido pedia a guarda da menina toda vez que competia internacionalmente. A atleta explicou que ele levou à Justiça o caso toda vez que ela viajava para competir, dizendo que estaria “abandonando” a criança.

Para conseguir a classificação e mater os seus patrocínos, Flávia precisava viajar. Ela irá disputar a prova de 800 metros nas Olimpídas. “Toda competição que eu estava participando, ele estava protocolando um processo na tentativa de tirar a guarda da minha filha, tentando me desestabilizar. E utilizando os Jogos Olímpicos como algo para tentar tirar minha filha de mim. Como se fosse um crime uma mulher ter profissão, e se fosse crime uma mãe ter que viajar para trabalhar”, disse.

Comentários na web sobre velocista:

O assunto repercutiu na internet e alguns influenciadores se posicionaram, como a jornalista Pati Pontalti, que relatou as dificuldades vividas pela velocista. “Você já viu algum atleta acusado de abandono parental ao viajar para disputar as Olimpíadas? E jogador de futebol para a Copa do Mundo?”, questionou.

“É um absurdo! Mulher não tem sossego nem quando é uma atleta de elite, que compete em uma Olimpíada. Ao contrário, usam a própria profissão como argumento de um processo judicial. A velocista Flávia Maria de Lima está passando por violência processual, o que só confirma que a mãe que corre atrás de um sonho, que se diverte, que trabalha, que vive, muitas vezes, é acusada de irresponsável, enquanto o homem sempre é esforçado, batalhador, obstinado, sonhador. Ahã!”, declarou.

A jornalista declarou torcida para a atleta, que competirá na próxima sexta-feira, (2). “Pais e mães têm os mesmos direitos. Direitos a sonhos, a realizações, a trabalho, a férias, a amor, a tudo. Pai não é bonzinho quando faz o mínimo de seu papel e não pode usar os direitos da mãe como argumento de irresponsabilidade, incapacidade ou qualquer coisa do gênero. Na sua TV sexta (2/8), às 14h45, torcida pela Flávia na prova dos 800 m. E que a Justiça seja feita de verdade”, finalizou.

O perfil PEITA também se posicionou diante da situação da atleta. “Quem ousaria acusar um ‘herói nacional’ do esporte? Flávia Maria de Lima está passando por violência processual: a demora intencionalmente excessiva dos processos; a utilização de linguagem abusiva em escritos processuais; ou a interposição de recursos de má-fé com o objetivo de intimidar ou desgastar psicologicamente a outra parte. Mãe correndo atrás do seu sonho: irresponsável. Pai: guerreiro, batalhador, obstinado, sonhador”, opinou o perfil.

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