Vera Gimenez luta contra mais um câncer e incentiva Gianecchinni

Por - 22/08/11 às 13:05

Ag.News

Desde setembro passado, Vera Gimenez enfrenta mais uma batalha contra o câncer. Ao repetir exames anuais, ela descobriu uma mancha no pulmão, que foi diagnosticada como câncer na 7ª vértebra da coluna.

Sem se deixar abater, Gimenez aceitou ser tratada com um medicamento anti-hormonal, que a fez inchar, perder muito cabelo e alterou seu humor. Cinco meses depois, a atriz gritou: "Chega! Não dá mais." Ao contrário do que muitos imaginavam, ela não estava desistindo de lutar. Vera pesquisou novos tratamentos e encontrou uma opção, que acredita ser o melhor método para vencer a guerra: radioterapia cirúrgica não invasiva.

Em entrevista a O Fuxico, a atriz, que já enfrentou um câncer (no seio), em 1994, conta que acalmou os filhos, o ator Marco Antônio e a apresentadora Luciana Gimenez, por ter certeza de que irá se recuperar definitivamente. Confira!

O Fuxico: Como descobriu que a doença voltou após sete anos?

Vera Gimenez: Em setembro passado, realizei exames como normalmente faço desde que tive um câncer no seio em 1994. Procuro estar alerta sempre. A cintilografia detectou uma mancha na sétima vértebra. Não acreditei que fosse câncer. Mas aceitei fazer o tratamento com anti-hormônio, que me deixa muito mal…

OF: Como os seus filhos reagiram com a notícia?

VG: Ficaram muito tensos, claro. Mas eu disse que sairia bem dessa. Tomei o remédio por cinco meses e não suportei. Inchava demais, meu cabelo caía… Falei para o médico: chega!  Comecei a pesquisar o assunto e descobri um tratamento inovador que vem sendo chamado de radioterapia cirúrgica não invasiva, que pode ser feita em pontos do corpo com movimento, ao contrário da tradicional… Na quarta-feira, eu vou ao médico conversar marcar o início do tratamento e devo ficar ótima após umas cinco sessões. Já estou por dentro de tudo. Eu vou à luta. Procuro me informar muito.

OF: Dizem que o câncer é de fundo emocional. Acredita nisso?

VG: Sei que muitos médicos não acreditam nisso… Descobri meu câncer seis meses depois da morte do meu marido. Foi uma perda muito significativa e mexeu demais comigo… No entanto, em nenhum momento, eu imaginei que fosse morrer de câncer.

OF: E essa certeza a ajudou a superar os momentos críticos?

VG: A coragem, a determinação, a fé não me deixaram fraquejar. O câncer é arrasador e não te dá chance de fraquejar. Ou você o encara ou morre. Por isso, eu  sempre procurei falar sobre essa doença e alertar as pessoas. Preciso estar sempre atenta, fazer todos os exames possíveis como mamografia e ultrassonografia.  Tem que correr atrás.  Meus filhos já fizeram exames. Não gostaria que ninguém passasse por esse drama.

OF: Em 1994, quando descobriu o câncer, você participou da novela A Próxima Vítima. O trabalho ajudou a enfrentar o problema?

VG: Demais. Sou extremamente grata ao Silvio de Abreu e ao Jorge Fernando que permitiram minha participação. O trabalho me ajudou a permanecer focada e não cair em depressão. Nessa época, ainda fazia teatro… Não tive tempo para ficar pensando em morte.

OF: Indicaria ao Reynaldo Gianecchini voltar ao trabalho?

VG: Se ele conseguir é uma ótima opção. Ele não pode dar espaço para a dor, para o choro. Sei que o caso dele é sério e que a quimio pode deixá-lo mal… Mas é preciso ser firme para vencer essa batalha. No 11º começa a cair a imunidade, pois o tratamento destrói tanto as células boas como as ruins e o doente fica muito cansado. Se o Giane for tinhoso como eu era, dá para trabalhar, seguir em frente. Sei que algumas pessoas não aguentam… Eu fazia ginástica em casa com personal e até desfilei no carnaval. É preciso acreditar de verdade.

OF: Qual foi o momento mais difícil em seu tratamento?

VG: Quando tirei o seio. Foi doloroso demais. Só um ano e meio depois, fiz reconstrução. Entre ficar sem peito e viva, preferi a segunda opção.

OF: Que lição tirou desse momento dramático?

VG: Que é preciso, acima de tudo, acreditar na vida. E valorizá-la, cuidando do seu corpo da melhor forma possível. Nunca escondi minha doença. Ela voltou, não por descuido. Pelo contrário! Pago R$ 2.500 de mensalidade de um plano de saúde e faço questão de usá-lo bastante. Já que o Governo não investe em saúde, não previne esse tipo de doença, é preciso que cada um de nós lute por sua vida. 

 

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