Virada Cultural celebra a paz sem ocorrências, em São Paulo

São Paulo teve seu primeiro fim de semana de paz, depois da explosão de violência que ocorreu há uma semana. E nada mais propício para espantar os fantasmas, do que uma boa dose de cultura.

Na segunda edição da Virada Cultural, que teve em torno de 600 atrações vistas por 1,5 milhão de pessoas, segundo a Polícia Militar, não houve nenhum registro de ocorrência.

Nos palcos, a palavra de ordem era pela paz, harmonia e contra a violência. Marcelo Yuka, fundador da banda O Rappa, se apresentando com sua nova banda F.U.R.T.O, na Praça da Sé, na madrugada de domingo, dia 21, disse:

“Na periferia, são apenas alguns poucos que vão pro lado do crime, e, sua grande maioria, é gente trabalhadora”, já prevendo possíveis discursos generalistas sobre os periféricos.

O atual prefeito da cidade, Gilberto Kassab, manteve a postura e passou segurança, dizendo que “demos um exemplo para o país de que São Paulo é uma cidade que não vai ser render”.

E Zé Ramalho, em seu show no Sesc Itaquera, foi gentil, ao inflar o ego dos paulistanos, dizendo que “São Paulo é maior que tudo, maior que o medo. São Paulo é a pilastra do Brasil”.

Saldo positivo, a capital respira fundo e tenta voltar ao normal.