Vitor Facchinetti quis ser lutador ou psicólogo antes da carreira de ator

Por - 17/03/13 às 09:00

Jorge Rodrigues Jorge/ Carta Z Notícias

O medo de deixar o conforto de morar com a família pode assustar muitos jovens. Mas não segurou Vitor Facchinetti, o Rafael de Balacobaco, em Salvador. Mesmo sem nunca ter pensado em ser ator, saiu de debaixo das "asas" dos pais e foi para São Paulo tentar a vida como modelo.

"Antes de cogitar trabalhar na tevê, pensava em ser lutador, psicólogo, piloto de avião…", enumera.

Motivado por sua beleza e vontade de ser independente para arcar com os próprios gastos, Vitor começou a fazer comerciais para a tevê. E foi lá, acredita ele, que deixou o sotaque da Bahia para trás.

"Era uma necessidade profissional. Então, fiz disso um exercício diário. E consegui suavizar", pontua.

Após diversos cursos livres e trabalhos como modelo, decidiu que precisava conquistar outros territórios e foi para o Rio de Janeiro.

A partir do sucesso feito com os comerciais na capital paulista, Vitor foi chamado para fazer um teste para Malhação, em 2007.

"Fui selecionado. Mas, em cima da hora, optaram por outro ator", lamenta.

Como "prêmio de consolação", como ele mesmo costuma definir, foi encaminhado para a Oficina de Atores da Globo.

"Aprendi muito. É muito mais do que apenas uma escola", comemora.

Depois de se aperfeiçoar, o ator participou de duas produções na Globo, Capitu e Som & Fria. Em 2010, assinou contrato com a Record, onde participou de Ribeirão do Tempo e, agora, da trama de Gisele Joras.

Para compor Rafael, um estudante de Cinema, Vitor se inspirou em amigos que almejam ter a mesma profissão que o personagem.

"Eles têm um jeito próprio de falar, andar e se comunicar. Observei muito e acabei usando isso como referência", revela.

Ao contrário do filho de Celina e Vicente, interpretados respectivamente por Ingra Liberato e Rafael Calomeni, Vitor nunca teve vergonha de ser quem é. Na trama, Rafael finge ser pobre, pois não se sente confortável sendo herdeiro de um grande empresário. Apesar das diferenças, ator e personagem têm semelhanças que acabam aproximando-os.

"Além da ligação com a família, nós dois temos um jeito de ser de bem com a vida e a determinação parecidos", compara.

Devido à forte ligação com a família, a cena que mais o marcou em Balacobaco foi em uma situação de drama familiar. Vitor conta que a construção da sequência em que Rafael descobre que sua mãe está traindo seu pai foi muito delicada.

"É uma emoção complicada de expor. Mas gostei do resultado final", comemora. 

Praticante de kickboxing desde criança, o ator vê no esporte uma fuga do estresse.

"Além de fazer bem para a saúde, malhar me ajuda a relaxar", conta.

Grande parte do estresse de Vitor vem da preocupação com sua atuação.

"Meu perfeccionismo chega a ser obsessivo", preocupa-se.

Para ter certeza de que seu trabalho está de acordo com o que espera, não deixa de assistir a um único capítulo da novela.

"Quando não dá para ver, assim que chego em casa, vejo na internet", explica.

A novela, dirigida por Edson Spinello e Leonardo Miranda, entra agora em sua reta final. E deve ter o ltimo episódio exibido em maio. Para o encerramento da trama, Vitor garante que os espectadores podem esperar mais confusões familiares para o núcleo de Rafael.

"Um pouco de romance também vai rolar", adianta.  

No ar em Balacobaco, Vitor Facchinetti revela próximos passos do personagem

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