Viviane Araújo se esbalda no Cacique de Ramos
Por Redação - 27/02/20 às 09:50
Uma legião de foliões se reuniu no Centro do Rio de Janeiro para ver um dos mais tradicionais blocos do Brasil, o Cacique de Ramos. Em sua 59ª saída encerrando o carnaval carioca, o bloco arrastou uma multidão que se aglomerava pelas ruas.
Símbolo do bloco, a escultura de um grande índio era manuseado de maneira que conseguisse para passar por baixo das pontes e passarelas, levando o povão ao delírio. Ao longo do desfile, houve a fogueira com pedidos e para espantar os "espíritos ruins", o desemprego, a violência, a intransigência e tudo que segregue o ser humano de sua cidadania.
Ao som de Vou Caciquear, entre tantas outras pérolas do grupo Fundo de Quintal e de outros bambas, os foliões puderam se divertir e lembrar da saudosa Beth Carvalho.
"A gente trabalha duro, é muita garra e ajuda dos amigos. Tem que ter coragem e amor para por o bloco na rua. O Cacique traz a essência do samba, do carnaval. E ver essa multidão nos esperando e aplaudindo, faz valer meus anos de vida", contou Bira Presidente, responsável pelo Bloco e líder do Fundo de Quintal.
Foliã dedicada
Entre os componentes do Cacique estava Viviane Araújo. Mesmo com o cansaço de ter desfilado em Santos, na União Imperial, em São Paulo, na Mancha Verde, e no Rio de Janeiro, pelo Salgueiro, a rainha de bateria, incansável, marcou presença efetiva.
Acompanhada pelo namorado, Guilherme Militão, a rainha das rainhas atuais do samba, sambou, pulou, sorriu e sua felicidade contagiava enquanto o bloco passava. As pessoas gritavam seu nome, aplaudiam e quem conseguia chegar perto, ganhava beijo e foto.
Desfile ameaçado
Atacado nas redes sociais por causa de suas fantasias de índio – internautas chegaram a pedir o seu "cancelamento" na web, termo que se assemelha a um boicote a pessoas que agem de forma ofensiva ou considerada politicamente incorreta -, o Cacique de Ramos respondeu às ofensas com o sucesso de reunir o maior público dos últimos dez anos, segundo o diretor Tuninho Cabral.
Só na terça-feira (25), mais de 20 mil pessoas foram ao bloco. Pelo menos seis mil delas usavam fantasia de índio ou a camisa do grupo.
Rumo a 2021
No próximo ano o Cacique de Ramos completa 60 anos e já iniciou a contagem regressiva. Várias atividades serão realizadas para celebrara a data, em janeiro do ano que vem.
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