Wagner Moura revela seu lado sensível e inconsequente

Wagner Moura, astro de Tropa de Elite 2, é capa da edição de aniversário da revista Rolling Stone, que completa 4 anos em outubro. O ator protagonizou um ensaio especial para a publicação, posando com ursinho de pelúcia e uma pistola de brinquedo, além de dar uma entrevista exclusiva.

Casado com Sandra e pai de dois meninos, Bem e Salvador, Wagner disse que atualmente só o amor é capaz de fazer duas pessoas viverem juntas. "Nada obriga duas pessoas a estarem juntas como era antigamente. Não existe outra razão para você morar com uma pessoa que não seja o amor", comentou.

Sobre a idade, o ator de 34 anos declarou não ter medo de envelhecer. “Mas não quero perder um entusiasmo e uma inconsequência de garoto que são tão caros ao meu trabalho", ressaltou.

O sucesso de Capitão Nascimento – personagem que explodiu no cinema em 2007, com Tropa de Elite, e agora volta às telonas no segundo filme da franquia – também entrou em pauta. Wagner confessou que apesar de toda euforia em cima do seu trabalho, no longa de José Padilha, ele não considera seu principal papel como ator.

"Eu ouvia muito essa pergunta na época: 'Este é o seu ano?' e tal. Tinha consciência disso, mas não conseguia mesmo enxergar dessa maneira. Como artista, o processo de fazer Hamlet em 2008, dizer aquelas palavras, juntar aquelas pessoas todas no teatro e fazer Shakespeare no Brasil, foi uma coisa que me impactou mais”, declarou Wagner, que também classifica Capitão Nascimento: "Ele é o clássico personagem da tragédia grega, ele caminha inexoravelmente para um final trágico."

Assim como em Tropa 2, a política é um assunto que faz parte do cotidiano do ator. Wagner faz questão de acompanhar todas as decisões do atual governo.

"Simplesmente porque vejo nele um governo que combateu o óbvio: a desigualdade social. Diminuiu a diferença entre quem tem muito e quem tem pouco”, falou o ator, que fez algumas ressalvas. “Mas é evidente que o PT tem um projeto de poder e não de governo. Isso fica claro pela forma como o partido aparelhou o Estado e distribuiu cargos importantes por merecimento político e não técnico."

Assista o making of do ensaio:

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