Wagner Santisteban vai de ingênuo a vingador com personagem

Por - 14/01/13 às 11:36

Pedro Paulo Figueiredo/Carta Z Notícias

Desde cedo, Wagner Santisteban já demonstrava saber exatamente o que queria. Atuando desde os cinco anos de idade, ele já participou de diversas novelas e séries. Agora, aos 29, está no ar como o Lucas, de Balacobaco, sua primeira novela da Record.

"Está sendo totalmente diferente para mim, estou em um lugar novo, conhecendo muita gente, trabalhando com novos diretores", conta, acrescentando que se sente muito bem recebido.

O papel também é diferente dos outros que já encarnou que, em sua maioria, eram mais cômicos.

"O Lucas é um cara mais maduro. Meus outros personagens eram mais moleques", compara.

Na trama, Lucas é irmão por parte de mãe de Vicente, interpretado por Rafael Calomeni, e Eduardo, de Victor Pecoraro, e por parte de pai de Norberto, personagem de Bruno Ferrari. Muito ligado à família, era apaixonado por sua noiva, Betina, vivida por Julianne Trevisol. Até que, no dia do seu casamento, a flagra aos beijos com seu pai, Arthur, interpretado por Luiz Guilherme.

"Isso vira um trauma na vida dele. Ele muda de personalidade, deixa de ser totalmente bonzinho e vira quase um vingador", explica.

Mesmo se recuperando da desilusão amorosa e se apaixonando por Luiza, de Mariah Rocha, ele continua triste porque seu pai não admite que estava errado.

"A única dor dele é o pai e é dessa dor que começa a vir o sentimento de vingança", avalia.

O personagem se empenha em provar para a mãe que o pai é um canalha e em atrapalhar os planos de Norberto contra Eduardo, seu melhor amigo, com quem passou a morar depois de se desentender com Arthur.

Apesar de ter começado muito novo na televisão, Wagner garante que era sua vontade trabalhar.

"Meus pais nunca me forçaram, nunca fizeram isso por dinheiro. É uma coisa que eu pedia, que eu chorava para fazer. E eu faria tudo de novo", declara.

Ele atribui sua carreira às pessoas que acreditaram em seu potencial e a um constante aprendizado. Afinal, para Wagner, quando um ator se considera completo, sem mais nada a aprender, sua carreira chegou ao fim. É que, a cada hora, vive um personagem e uma situação diferente.

"Eu quero, lá com 80 anos, ainda estar aprendendo. Aprendi isso com a Cleyde Yáconis quando fiz uma novela com ela", relata, referindo-se à trama Os Ossos do Barão, exibida pelo SBT em 1997. 

Wagner fez sua primeira novela aos dez anos de idade. A premiada Éramos Seis, também do SBT, contava com grandes atores, como Irene Ravache, Marcos Caruso e Osmar Prado.

"Para mim, foi muito marcante porque foi quando percebi que realmente queria atuar", revela ele, que também considera todos os seus outros trabalhos importantes.

Além disso, ser ator permite ter experiências únicas, já que é possível vivenciar um pouco de qualquer outra profissão, ainda que na ficção.

"Tenho saudade de todos os personagens que eu fiz, todas as coisas que vivi e anseio por todas que ainda posso viver", diz.

O ator está em cartaz nos cinemas com De Pernas Pro Ar 2, dirigido por Roberto Santucci e protagonizado por Ingrid Guimarães. No ano passado, Wagner também participou do longa independente

"Eu Não Faço a Menor Ideia do que Eu Tô Fazendo da Minha Vida", dirigido por Matheus Souza, pelo qual não recebeu cachê.

"Meu sonho era fazer muito cinema porque acho que, da obra de um ator, é como se fosse a obra-prima", confessa.

Mas Wagner não pretende deixar de fazer televisão. Para ele, o principal atrativo do meio é o inesperado, já que a cada dia surge uma história nova e ele mesmo não sabe o que vai acontecer com seu personagem.

"Eu amo fazer televisão por causa do dia a dia do trabalho. Tenho muito mais liberdade de rotina do que em um escritório. É um prazer trabalhar com tevê", garante.  

Wagner Santisteban confere show de Luiz Melodia, em Salvador

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