Walcyr Carrasco elogia Erika Januzza: ‘Uma protagonista’

Por - 11/05/18 às 10:12

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Walcyr Carrasco se despede de O Outro Lado do Paraíso nesta sexta-feira (11) comemorando o sucesso de audiência da sua trama. No último capítulo, o público verá o casamento de Clara (Bianca Bin) e Patrick (Thiago Fragoso) e o sofrimento da vilã Sophia (Marieta Severo). Presa num hospício, ela prova o mesmo veneno que fez a heroína experimentar logo no início da história.

"O maior acerto de O Outro Lado do Paraíso foi apostar num estilo de novela que andava em desuso, o melodrama absoluto, com temas atuais e marcantes para a sociedade, como a violência contra a mulher, o abuso sexual e a doação de órgãos", disse Walcyr Carrasco ao jornal Extra.

Personificação da luta contra o racismo, outra bandeira levantada na trama, Erika Januza caiu nas graças do autor.

"Não faço a avaliação dos que mais se destacaram, mas Erika foi realmente uma protagonista, belíssima e sensível". 

Fazendo um balanço final da novela, Carrasco disse que não entende o motivo das críticas sobre Lívia (Grazi Massafera), anunciada como vilã, não ter praticado maldades em série.

"Nunca disse que Grazi seria a vilã da novela. Esse era o papel de Marieta. Lívia pode ter ajudado a mãe no início da história, mas fez isso por amor a Tomaz (Vitor Figueiredo)".

Ele também avaliou Renato (Rafael Cardoso), que começou como bonzinho e chega ao fim morto após se revelar uma pessoa capaz de atitudes monstruosas. 

"Já com Renato vivi várias possibilidades. Era um psicopata que se transformava para alcançar seus objetivos",  resumiu o novelista

Destaques da trama

Clara pisou na cara da sociedade de Palmas ao voltar poderosa para se vingar de todos que lhe fizeram mal. Ponto também para a ambientação da história em Tocantins, com destaque para imagens lindas do Jalapão.

Indiscutível, indispensável e totalmente louvável a presença de Fernanda Montenegro, Juca de Oliveira, Laura Cardoso, Lima Duarte e Nathalia Timberg.

A sequência do julgamento de Vinícius (Flávio Tolezani), o delegado abusador da novela, foi outra fase emocionante. Destaque para a dor estampada no rosto de Bella Piero, perfeita no papel da vítima, Laura.

Foi um acerto apresentar Renato como mocinho para só revelar na segunda metade da história a sua identidade perversa. 

O núcleo do bordel funcionou ao levar leveza, beleza e sensualidade à trama sem se ausentar dos momentos dramáticos. As histórias de amor das meninas foram um charme à parte.

Gloria Pires reinou absoluta na pele de uma personagem inverossímil. Desgraças aconteceram com Elizabeth de forma sucessiva sem que a atriz perdesse a naturalidade.

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