Whindersson Nunes não quer trabalhar na TV. Saiba o motivo!

Por - 26/11/17 às 11:36

Reprodução/Instagram/@whinderssonnunes

Aos 22 anos Whindersson Nunes é hoje o youtuber mais acessado do país, com 25 milhões de inscritos em seu canal, e o segundo maior influenciador digital do mundo. No próximo sábado (02), se apresenta na Jeunesse Arena, na Zona Oeste carioca, onde já passaram astros teen como Ariana Grande, com casa lotada.

Há dois meses, o piauiense de Palmeira do Piauí comprou o primeiro jatinho. Mas diz que tem certo pudor em afirmar que está rico. 

"O que é ser rico? O jatinho eu comprei para facilitar a minha vida e a da minha equipe. Tanto que só quis que tivesse oito lugares. E ofereceram vários modelos, de diferentes tamanhos e luxos. Mas eu precisava que coubesse todo mundo para agilizar nossos shows", explica ele ao jornal Extra, quase pedindo desculpas por já ter faturado alguns milhões.

Acostumado a fazer rir com esquetes e paródias na internet e nos palcos, Whindersson já chorou. Bastante. Apesar de dizer que a infância com os três irmãos no mesmo quarto foi bem feliz, desde cedo, o moleque aprendeu que não existe almoço grátis. 

A veia artística começou aos 8 anos quando acompanhava o pai no interiorzão do Piauí para vender remédios que não chegavam à população mais distante. 

"Dava meio dia, a gente estava em alguma casa, eu começava a falar pro meu pai que estava com fome. A dona sempre ficava com pena e arrumava dois pratos pra gente. Muitas vezes eu nem estava com fome", contou ao jornal.

Foi observando o pai trabalhar como fotógrafo lambe-lambe, dublê de contador e vendedor de tudo o que podia que aprendeu a dar valor a cada centavo que ganha. Antes disso, Hidelbrando estava envolvido na política. 

"Quando a oposição ganhou, fomos praticamente expulsos da cidade. Meu pai vendeu tudo e recomeçou do zero em outra cidade. As pessoas me pedem para fazer vídeos analisando a política no Brasil. Tenho tanta raiva de política que não falo sobre isso de jeito nenhum". 

Ele também não fala de religião.

"Fui evangélico até os 18 anos, por escolha minha. Me sentia bem. Não acho bacana fazer piada com a fé de ninguém".

O Whindersson que aparece nos vídeos, na maioria das vezes sem camisa, numa versão tosca de si mesmo, é tímido. Aos 15 anos começou a gravar para a web a contragosto da família.

"Meu pai me chamou de vagabundo várias vezes, jogava a câmera no chão, dizia que eu tinha que trabalhar".

Em 2013, ele foi morar em Teresina após um teste numa emissora local. Passou e atuou numa série. Para complementar o cachê de R$ 100 mensais, trabalhou como garçom, o que dava a ele R$ 50 em noite de bom faturamento. Os vídeos na internet continuavam e ele passou a bombar. Um belo dia ele viu que havia R$ 600 para receber do Google. 

"Nem imaginei que se ganhava dinheiro com o que eu fazia. Eu era um aspirante a técnico de informática. Quando vi que podia rentabilizar o que eu amava fazer, pensei: 'agora vou fazer isso ficar sério'.

No mês seguinte caiu na conta R$ 2 mil. 

"Peguei o dinheiro e comprei uma TV de 50 polegadas e dei para o meu pai. Provei que aquilo era para valer. A TV está lá em casa até hoje". 

Hoje, são muitos milhares que caem em sua conta. Cifras que o fizeram esnobar alguns convites para ter seu próprio programa na televisão.

"A TV só paga bem quem é renomado. Ganho com um vídeo o que pagariam num mês".

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