Xuxa sobre seu programa: “Temos um horário difícil no sábado”
Por Redação - 08/06/13 às 10:04
O passar do tempo amadurece as pessoas. E é nessa onda que Xuxa Meneghel encara seus 50 anos de idade, completados no final de março. Considerada a Rainha dos Baixinhos pelos anos dedicados à programação infantil, a loura continua com a ideia de agradar todas as faixas etárias com seu TV Xuxa.
"Tudo depende do que a gente tem para oferecer. É claro que, em alguns momentos, podemos tratar de um assunto que seja mais indicado para mulheres ou para crianças, por exemplo. Mas o foco é conquistar a família inteira", explica.
A apresentadora passou para o núcleo do diretor Boninho em fevereiro. A mudança ocorreu em função dos problemas de saúde de Roberto Talma, com quem Xuxa trabalhava antes. Apesar de lamentar a ausência de Talma em sua equipe, ela aproveita essa transição para dar novo frescor ao programa. Com direito à carta branca ao novo "big boss".
"O que ele fala, a gente faz. Se ele pirar, vamos pirar juntos", avisa a Rainha dos Baixinhos.
O Fuxico: A Globo renova sua grade sempre entre o final de março e o início de abril, mas o TV Xuxa não chegou a passar por uma mudança ou apresentar novidades nesse período. Por quê?
Xuxa: O nosso programa fica no ar durante o ano inteiro. Então, tem de estar mudando o tempo todo. Vamos exibindo essas transformações aos poucos. Estamos sempre preparando coisas diferentes. Temos um quadro novo que é bem bacana. Na verdade, é um formato de um programa estrangeiro que vamos transformar em quadro aqui. É uma brincadeira em que os pais apostam nos seus filhos, eles dizem o que as crianças vão fazer em determinadas situações. Mas não é infantil, vamos trabalhar o emocional dos pais.
OF: Atualmente, qual é o seu público alvo com o TV Xuxa?
X: A gente pensa em família. E, quando falamos isso, é em criança, que eu adoro, mas também nos pais – que já cresceram comigo –, nos avós, em todo mundo. E acho que pegamos todos com os assuntos que escolhemos. Tentamos fazer com que os parentes que estão sentados ao redor da sala naquele horário possam ter interesse em ver o que temos a oferecer. Nosso foco não está em uma única faixa etária, é geral mesmo. E eu sei que isso é complicado, mas podemos oferecer algo em um sábado e, no seguinte, fazer completamente diferente. Como se fosse uma revista em que você muda a página e, com isso, troca de assunto. A capa é sempre eu. Mas o que está dentro muda a cada virada de página.
OF: Mas você já disse que não quer perder o título de Rainha dos Baixinhos…
X: – Sim. E nunca deixei de trabalhar para crianças. Meus DVDs, filmes e vários outros produtos são todos direcionados para elas. Sendo que, na televisão, olho para família inteira. Não quer dizer que eu não possa ter um quadro mais próximo ao universo infantil ou mais distante, porque a família é constituída de gente de todas as idades. A gente pode se dar ao direto de usar linguagens diferentes. Mas não é meu propósito, hoje, ter um foco específico em um público que seja só feminino ou só adulto ou só adolescente.
OF: Seu programa passou para o núcleo do Boninho. Como tem sido essa nova etapa?
X: A gente está muito afim de seguir o bonde do Boninho. O que ele fala, a gente faz. Se ele pirar, vamos pirar juntos. Estamos bem dispostos a realizar mudanças no programa. Temos um horário difícil no sábado. É uma hora em que as pessoas podem acordar mais tarde ou querer aproveitar para sair, para curtir o sol. Se a gente não apresenta coisas bem legais, o programa fica morno.
OF: Você falou de horário difícil. Vocês estudam a possibilidade de tentar mudar de faixa na grade da emissora?
X: O que estamos tentando agora é trabalhar o horário que temos. Até pelo desenho de grade da emissora, não dá para pensar nisso. Essa, aliás, é a última coisa que vamos pensar agora.
OF: Você trabalha para crianças há muitos anos e acabou de chegar aos 50. Passou por alguma crise?
X: Eu passei por uma grande crise de idade quando tinha 25 anos. Achava que estava velha para a tevê e ainda mais para fazer programa para crianças. Pensava que ia parar de trabalhar. Depois, fiquei com medo dos 30. Então, acho que já enfrentei a crise dos 50 quando estava ainda com 25 e, depois, aos 30. Com isso, agora estou relaxada. Só quero curtir o que a vida tem para me oferecer. E torço para que seja muita coisa ainda.
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