Zeca Pagodinho canta parabéns, em show da afilhada

Por - 01/11/05 às 14:11

Felipe Panfili

Foi um programa legal e completo para Zeca Pagodinho. Na noite da última segunda-feira, dia 31 de outubro, ele reuniu a família para cantar parabéns para a sua mulher, Mônica, que completou 37 anos, e para apresentar à platéia do Modern Sound, em Copacaba, zona sul do Rio, sua afilhada na vida real, Juliana Diniz, que lançou o CD que leva o nome da cantora. No pôster de apresentação do trabalho, Zeca escreveu:

“Estava faltando uma garota nova no samba e do samba”.

Surpreendente como ele só, Zeca revelou que não estava presenteando Mônica na data em que ela completou nova idade:

“Dou presente para ela todos os dias. Hoje (segunda-feira), fui levar nossos filhos na escola e não tive tempo de comprar nada. A garotada, certamente, passou em algum shopping e comprou o que a mãe gosta”, justificou o sambista.

Sobre a afilhada Juliana Diniz, que é neta de Monarco, um dos integrantes da Velha Guarda portelense e filha de Mauro Diniz, ambos sambistas do primeiro time, Zeca defende que a menina não deve se preocupar com as cobranças:

“A Juliana tem que acreditar nela, no seu potencial, e fazer o que sabe muito bem. Precisa se sentir livre, sem a preocupação de ser perfeita por ser neta e filha de bambas. Ah! E afilhada de um bamba também”, brincou Zeca, que não é muito afeito a entrevistas e fotos.

Estréia nervosa

Depois de tomar a benção do avô Monarco e de chamar Nilo Figueiredo de “meu presidente” (ele é presidente da Portela), Juliana Diniz, que sairá como destaque na escola de Oswaldo Cruz, contou, nos camarins, que estava muito nervosa. Motivo: seria a primeira vez que a jovem de 19 anos se apresentaria sozinha em um palco.

“É muita responsabilidade cantar para uma platéia que tem meu avô, meu pai, meu padrinho e o meu presidente. Sem falar que tem alguns de meus amigos, da minha faixa etária, que não gostam muito de samba e vieram me assistir. Acho que posso ser um veículo de aproximação do samba com a juventude. Sei que minha família me apoiaria se, digamos, quisesse cantar rock ou outro estilo que os jovens da minha idade gostam, mas estar dando seqüência à influência que recebi dentro de casa, deixa todo mundo muito mais feliz”, diz Juliana Diniz, que, em 2007, pretende retomar a carreira de atriz, iniciada em Senhora do Destino, no papel de Larissa.

Avô babão, Monarco confirmou as palavras da neta, dizendo que não deixaria de prestigiar e dar força ao trabalho da garota caso ela tivesse enveredado por outro ramo musical. Mas estar cantando samba, que, segundo ele, Juliana carrega nas veias, o deixa muito orgulhoso.

Mauro Diniz resume numa frase a sua emoção por ver a herdeira no palco:

“Coração de pai só pode ficar feliz. Minha expectativa maior em torno da carreira que minha filha seguiria sempre foi a de cantora. Desde pequena as pessoas pediam para a Juliana cantar essa ou aquela música, que sempre era um samba do meu pai, meu ou do Paulinho da Viola, por exemplo. A experiência como atriz foi uma conseqüência. Ela fez um teste para a novela e foi aprovada. Mas deixo a Juliana fazer o que a cabeça dela determinar”.

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