Zezé Di Camargo & Luciano falam sobre o referendo

Zezé Di Camargo & Luciano são irmãos, mas têm opiniões diferentes sobre o referendo contra ou a favor do comércio de armas no país, que convoca o povo às urnas no próximo dia 23. Ao jornal Folha de S. Paulo deste domingo, dia 9, Zezé disse que votará  não e Luciano disse que votará no sim. Cada um deu sua explicação à publicação.

“Votarei não. As pessoas dizem que é perigoso ter uma arma em casa, que ela pode causar um acidente. Ora, se você for tirar tudo o que tem na sua casa e pode causar um acidente!… Cuidado você deve ter, e não é só com arma. Uma frigideira quente, uma tesoura, a piscina em que as crianças brincam. Poucas celebridades estão se posicionando contra a proibição do comércio de armas, porque têm medo de ser discriminadas, ser tachadas de ignorantes ou violentas. Sabe qual a impressão que me dá? Como o governo está sujo e não faz parte dele para garantir a segurança, quer responsabilizar o cidadão comum pela criminalidade. Mas, e os bandidos? Os bandidos estão a parte dessa discussão. A culpa é do cidadão do bem, que compra uma arma na loja e ainda a registra”, disse Zezé.

“Votarei sim, porque não gosto de armas, sei que muita gente morreu estupidamente, só porque havia uma arma perto de alguém em um momento de raiva, porque existem dados provando que a maioria dos revólveres apreendidos com criminosos foi roubada de compradores legais. A violência não vai acabar por causa do referendo. Não vamos viver em paz, caso o sim ganhe. Mas, se uma pessoa deixar de morrer porque um louco foi desarmado, já terá valido a pena. Me chamaram para participar da campanha (na TV), mas eu disse que me recusava a vender as ilusões que eles estão vendendo. O governo não deu ao povo nenhuma garantia de que, uma vez proibido o comércio de armas, tomará providências sérias no sentido de desarmar também os bandidos”, disse Luciano.