Zezé Motta fala sobre discriminação no Superbonita
Por Redação - 12/09/17 às 14:00
Zezé Motta recebeu Karol Conka em seu apartamento, no Leme, no Rio de Janeiro, o mesmo local onde viveu a escritora Clarice Lispector, para gravação do programa Superbonita, do canal por assinatura GNT.
Quando Karol perguntou pra Zezé, que foi símbolo sexual nos anos 70, como era ter hoje mais de setenta anos, a eterna Xica da Silva respondeu:
"Eu nunca escondi a idade. Estou achando legal ter 73… Quer dizer, se a gente pudesse escolher, não passaria dos 30, né?. Mas existem algumas vantagens, por exemplo: eu tive a crise dos 30, dos 40, dos 50 e dos 60. E de repente aos 70 não, desencanei".
Zezé também falou sobre discriminação e preconceito.
“Na minha adolescência, eu me achava muito feia porque minhas colegas me diziam que meu nariz era chato, meu cabelo era ruim e minha bunda era grande. Sofria com isso. Passei por um processo de tentativa de embranquecimento, comecei a alisar o cabelo e usava peruca chanel. Meu sonho era juntar dinheiro para fazer uma cirurgia no nariz e afiná-lo. Pensei em diminuir o bumbum para ser aceita. Só comecei a me aceitar em 1969, quando tinha 25 anos e viajei para os Estados Unidos com Augusto Boal. Via negros lindos na rua, com cabelos black power lindíssimos. Essa viagem foi muito importante para mim. Cheguei lá a primeira coisa que fiz foi me enfiar embaixo do chuveiro e parei de alisar o cabelo. Não é nenhuma crítica a quem prefere cabelo liso, o ruim é a negação das características” disse a artista.
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